Abstract- Only limestones caves, and a few arenitic caves, caves present in ferruginoussoil, and granitic caves have had their invertebrate communities studied in Brazil. Thepresent study aimed a comparative analysis of structure of invertebrate communitiespresent in carbonatic, magmatic, siliciclastic and ferrugimous caves. Significativedifferences in relative richness were observed when comparing pairs of caves:siliciclastitic and carbonatic, ferruginous and siliciclastic, magmatic and siliciclastic,and magmatic and ferruginous. Significant differences in relative abundance wereobserved between ferruginous and siliciclastic caves, and magmatic and siliciclasticcaves. Richness of troglomorphic species was significantly different when comparing:carbonatic and ferruginos caves, magmatic and carbonatic caves, ferruginous andmagmatic caves, ferruginous and siliciclastic caves. Ferruginous caves presented lowersimilarity and higher richness of troglomorphic species. Total richness of invertebratesrelated significantly and positively with cave extension of siliciclastic (R = 0,52, p =0,02), carbonatic (R = 0,51, p = 0,01) and ferruginous (r 2 = R = 0,67, p = 0,00) caves.Relative richness of invertebrates related significantly and positively with ferruginouscaves latitu<strong>de</strong> (R = 0,54, p = 0,02). Relative richness of invertebrates relatedsignificantly and positively with altitu<strong>de</strong> variation in siliciclastic caves (R = 0,28, p =0,01). Relative diversity of invertebrates also related significantly and positively withaltitu<strong>de</strong> variation in siliciclastic caves (R = 0,34, p = 0,00). Total richness ofinvertebrates related significantly and positively with environmental stability insiliciclastic caves (R = 0,56, p = 0,00). Total abundance of invertebrates relatedsignificantly and positively with environmental stability in carbonatic caves (R = 0,17, p= 0,45). Carbonatic caves presented significant differences in relative richness(secundary forest vs. sandbanks, pasture vs. sandbanks), relative abundance (secondaryforest vs. sandbanks, pasture vs. sandbanks), and relative diversity (secondary forest vs.sandbanks, pasture vs. sandbanks). There were significant differences in relativerichness (ti<strong>de</strong> vs. permenent stream, ti<strong>de</strong> vs. dry cave) and relative abundance (ti<strong>de</strong> vs.dry cave) related to presence of water in carbonatic caves. Cave litology <strong>de</strong>terminesclear diferrences in richness, abundance, and diversity of invertebrate communities.Ferruginous caves present invertebrate communities with high values of richness, andfauna composition different from caves of other litologies. Linear <strong>de</strong>velopment of cavesin different litologies causes difference in quantity of species. Cave size should alwaysbe related to its litology when creating valuation attributes, since caves similar in sizebut presenting different litology, may present <strong>comuni</strong>ties with different values ofrichness.Keywords: Caves, invertebrates, diversity, litology, Atlantic Forest.66
INTRODUÇÃORochas base e a formação <strong>de</strong> cavernasCavernas são ambientes subterrâneos formados em conseqüência da açãoabrasiva química e física da água sobre diversos tipos <strong>de</strong> rochas. A maioria <strong>das</strong> cavernasno mundo localiza-se em rochas carbonáticas (calcários e dolomitos), as mais favoráveisaos processos <strong>de</strong> dissolução (Auler et al 2001, Lino 2001, Auler 2002). A ocorrência <strong>de</strong>cavernas em quartzitos, arenitos, minérios <strong>de</strong> ferro, granito, gnaisse, micaxistos, filitos eaté mesmo solo também são registra<strong>das</strong>, entretanto em escala menor que os carbonatos,(Auler 2006). As <strong>de</strong>scontinui<strong>da<strong>de</strong>s</strong> e porosi<strong>da<strong>de</strong>s</strong> <strong>das</strong> rochas têm um importante papelna penetração, circulação e ação abrasiva <strong>das</strong> águas (Silva 2004).Os carbonatos são rochas sedimentares que apresentam uma alta solubilida<strong>de</strong>quando em contato com águas áci<strong>das</strong>. Como exemplo, temos as águas meteóricas áci<strong>das</strong>forma<strong>das</strong> quando a chuva entra em contato com o dióxido <strong>de</strong> carbônico (CO 2 ) naatmosfera e gera ácido carbônico (H 2 CO 3 ). No solo está água recebe mais ácidocarbônico, oriundo da respiração <strong>de</strong> microorganismos <strong>de</strong>compositores quepotencializam esta aci<strong>de</strong>z (Gillieson 1996). Em contato com a rocha carbonática águasáci<strong>das</strong> iniciam a dissociação química do carbonato e gradualmente originam, modificamo relevo e auxiliam na formação dos espaços subterrâneos (Gillieson 1996).Rochas siliciclásticas (arenitos e quartzitos) são razoavelmente solúveis, sendoque esta solubilida<strong>de</strong> aumenta marcadamente em condições alcalinas (Gillieson 1996,Silva 2004). Rochas silisiclásticas são predominantemente <strong>de</strong>sagrega<strong>das</strong> pelointemperismo físico, entretanto o intemperismo químico também po<strong>de</strong> atuar nesteprocesso (Silva 2004). A dissolução atua inicialmente dissolvendo a borda dos grãos <strong>de</strong>silica até que a rocha <strong>de</strong>sagregue (Silva 2004). A partir do momento que se formamcanalículos a água circula com pressão e promove remoções mecânicas <strong>das</strong> partículas67
- Page 1 and 2:
UNINERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAI
- Page 3 and 4:
DEDICATÓRIA2
- Page 5 and 6:
RJ que nos forneceu a senha para a
- Page 7 and 8:
SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO ............
- Page 9 and 10:
APRESENTAÇÃOMuitas áreas em vár
- Page 11 and 12:
arenitos) e ferruginosas (inseridas
- Page 13 and 14:
ecentes, 20 mil anos (Silva & Caste
- Page 15 and 16:
No Brasil há aproximadamente 5000
- Page 17 and 18:
esponsáveis pela importação de r
- Page 19 and 20:
Paraná (Trajano 1987, Gnaspini-Net
- Page 21 and 22:
Culver & Sket 2000, Sessegolo et al
- Page 23 and 24: Figura 1. Regiões cársticas carbo
- Page 25 and 26: Figura 3 - Corredores de Biodiversi
- Page 27 and 28: Resumo - A fauna cavernícola brasi
- Page 29 and 30: INTRODUÇÃOCaracterísticas ecoló
- Page 31 and 32: fauna cavernícola na Mata Atlânti
- Page 33 and 34: possível. Cada táxon foi separado
- Page 35 and 36: dominância de Berger-Parker foi ut
- Page 37 and 38: Cyphoderidae, Entomobryiidae), Dipl
- Page 39 and 40: (1sp.), Anthozoa (1 sp.), Cirripedi
- Page 41 and 42: estudadas), a Chapada Diamantina, n
- Page 43 and 44: Tabela 1. Lista das espécies que a
- Page 45 and 46: Trechini sp3 1 +Trechini spe 1 +Col
- Page 47 and 48: Figura 3. Curva acumulativa de morf
- Page 49 and 50: Figura 5. Variações na diversidad
- Page 51 and 52: 1201201001008080Riqueza60Riqueza604
- Page 53 and 54: predadores generalistas, possibilit
- Page 55 and 56: onde a autora coletou intensamente
- Page 57 and 58: equívocos podem ser desastrosos, j
- Page 59 and 60: quando não há troca de genes com
- Page 61 and 62: se abrigarem, durante o dia, em mic
- Page 63 and 64: cavernas quartzíticas nas montanha
- Page 65 and 66: A relação de aumento da riqueza c
- Page 67 and 68: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAndrade
- Page 69 and 70: Galindo, L. C. & Câmara, I. G. 200
- Page 71 and 72: Sharratt, N. J., M. Picker & M. Sam
- Page 73: Resumo - No Brasil, somente caverna
- Page 77 and 78: grânulos de material desabado do t
- Page 79 and 80: megadiversidade e em um hotspot de
- Page 81 and 82: Figura 1 - Domínios da Mata Atlân
- Page 83 and 84: hidrologia e vegetação no entorno
- Page 85 and 86: 2,62,42,22,01,8Riqueza Relativa1,61
- Page 87 and 88: Estrutura das comunidades de invert
- Page 89 and 90: 1,4Riqueza relativa (ferruginosa)1,
- Page 91 and 92: Figura 7. Variações na ocorrênci
- Page 93 and 94: 600Abundância relativa (carbonáti
- Page 95 and 96: 3,0Riqueza relativa (carbonática)2
- Page 97 and 98: litologias. A singularidade da estr
- Page 99 and 100: invertebrados. Entretanto, outro fa
- Page 101 and 102: claramente distintas, tendo em vist
- Page 103 and 104: mesmo aos ventos mais intensos que
- Page 105 and 106: icas estarem associadas a riachos m
- Page 107 and 108: Maiores riquezas, abundâncias e di
- Page 109 and 110: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASArechav
- Page 111 and 112: Romero A. & M. Green 2005. The end
- Page 113 and 114: Resumo - A Mata Atlântica ocupa gr
- Page 115 and 116: INTRODUÇÃOBiodiversidade em ambie
- Page 117 and 118: mostrado altamente heterogênea ent
- Page 119 and 120: Área de estudoMETODOLOGIAPara real
- Page 121 and 122: Ubajara) e São Paulo (gruta do qua
- Page 123 and 124: Cavernas com riqueza total alta rec
- Page 125 and 126:
tênue (e.g. os recursos tróficos
- Page 127 and 128:
(baixo grau de impactos); 6-10 pont
- Page 129 and 130:
insuficiência de conhecimento e gr
- Page 131 and 132:
fauna foram realizadas em cavernas
- Page 133 and 134:
Alterações antrópicas nas cavern
- Page 135 and 136:
Ferruginosas% de cavernas40%35%30%2
- Page 137 and 138:
Relevâncias biológicas, impactos
- Page 139 and 140:
Figura 8. Mapa representando o grau
- Page 141 and 142:
Figura 10. Vulnerabilidade das comu
- Page 143 and 144:
A região da Chapada de Ibiapada, N
- Page 145 and 146:
endemismos e impactos do turismo ne
- Page 147 and 148:
Ouro Preto/Luminárias/Carrancas/Li
- Page 149 and 150:
Cavernas cadastradas pelo CECAV/IBA
- Page 151 and 152:
Cavernas cadastradas pelo CECAV/IBA
- Page 153 and 154:
cavernas. Além disto, a quantidade
- Page 155 and 156:
principal componente dos ecótones
- Page 157 and 158:
Alterações antrópicas nas cavern
- Page 159 and 160:
Tal fato pode ser visualizado nas r
- Page 161 and 162:
Por outro lado, as cavernas em roch
- Page 163 and 164:
principalmente aquelas turísticas;
- Page 165 and 166:
A alta vulnerabilidade encontrada p
- Page 167 and 168:
de cavernas presentes na Mata Atlâ
- Page 169 and 170:
desmatamento do entorno, retirada d
- Page 171 and 172:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICASAuler A.
- Page 173 and 174:
Lourenço, Wilson R., R.L.C. Baptis
- Page 175 and 176:
CAPÍTULO IVA AVENTURA DA VIDA NAS
- Page 177 and 178:
Neste contexto, é apresentado abai
- Page 179 and 180:
171
- Page 181 and 182:
173
- Page 183 and 184:
175
- Page 185 and 186:
177
- Page 187 and 188:
179
- Page 189 and 190:
181
- Page 191 and 192:
183
- Page 193 and 194:
185
- Page 195 and 196:
187
- Page 197 and 198:
189
- Page 199 and 200:
191
- Page 201 and 202:
193
- Page 203 and 204:
195
- Page 205 and 206:
197
- Page 207 and 208:
Bichuette, M. E.; Trajano, E. 2003.
- Page 209 and 210:
Ferreira, R.L. & Horta, L.C.S. 2001
- Page 211 and 212:
Lobo, H. A. S. 2008. Ecoturismo e p
- Page 213 and 214:
Samways, M. J. 2005. Insect diversi
- Page 215 and 216:
ANEXOSAnexo I. Ficha de caracteriza
- Page 217 and 218:
ES Casa Branca Itaimbe- itaguaçu 1
- Page 219 and 220:
MG Gruta do Rio Suaçui Santa Maria
- Page 221 and 222:
PR-132 Abismo do Leão Adrianópoli
- Page 223 and 224:
SP-260 Gruta do Floido Iporanga Sim
- Page 225 and 226:
217