edução <strong>das</strong> estruturas oculares, alongamento <strong>de</strong> apêndices, <strong>de</strong>ntre outras, são utiliza<strong>das</strong>freqüentemente para a maioria dos grupos, uma vez que resultam <strong>de</strong> processosevolutivos ocorrentes após o isolamento <strong>de</strong> populações em cavernas. As características aserem utiliza<strong>das</strong> para estes diagnósticos, no entanto, diferem no caso <strong>de</strong> organismospertencentes à taxa distintos. Certos grupos, por exemplo, possuem espécies sempre<strong>de</strong>spigmenta<strong>das</strong> e anoftálmicas, mesmo no ambiente epígeo (e.g. Palpigradi). Nestescasos, os troglomorfismos são mais específicos (alongamento dos flagelômeros,aumento no número <strong>de</strong> órgãos frontais e laterais, <strong>de</strong>ntre outros). Desta forma, énecessário se conhecer a biologia <strong>de</strong> cada grupo no intuito <strong>de</strong> se diagnosticarefetivamente a existência ou não <strong>de</strong> troglomorfismos. Muitas vezes, entretanto, existe anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consulta a especialista em certos grupos taxonômicos maiscomplicados . Muitos <strong>de</strong>stes especialistas infelizmente não existem no Brasil. Destaforma, a <strong>de</strong>terminação da real categoria a qual pertence certa espécie po<strong>de</strong> <strong>de</strong>mandar umlongo tempo, sendo assim ainda não evi<strong>de</strong>ncia<strong>das</strong> neste trabalho.Com o intuito <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciar centros <strong>de</strong> en<strong>de</strong>mismos <strong>de</strong> invertebradoscavernícolas na Mata Atlântica, foram levanta<strong>das</strong> as espécies troglomórficas relata<strong>das</strong>por outros autores em cavernas distintas a este estudo (e.g. Gnaspini-Neto & Trajano1994, Simone & Moracchioli 1994, Pinto-da-Rocha 1995, Pinto-da-Rocha 1996,Trajano & Pinna 1996, Koenemann & Holsinger 2000, Mauriès & Geoffroy 2000,Trajano 2001, Baptista & Giupponi. 2002, Pérez & Kury 2002, Baptista & Giupponi2003, Bichuette & Trajano 2003, Bichuette & Trajano 2005, Ferreira 2005, Gutierrez2005, Lourenço et al 2005).Análise dos dadosOs valores <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>das</strong> <strong>comuni</strong><strong>da<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> invertebrados associa<strong>das</strong> a cadacaverna foram calculados através do índice Shannon (Magurran 2004). O índice <strong>de</strong>33
dominância <strong>de</strong> Berger-Parker foi utilizado para acessar a importância relativa <strong>de</strong>espécies dominantes nas <strong>comuni</strong><strong>da<strong>de</strong>s</strong> (Magurran 2004). A curva acumulativa <strong>de</strong>espécies, que ilustra a razão com que as espécies são adiciona<strong>das</strong> na amostra, tambémfoi calculada (Magurran 2004, Colwell & Coddington 1994). Para estimar o número <strong>de</strong>espécies espera<strong>das</strong> a partir do observado para as cavernas amostra<strong>das</strong> foi utilizado oíndice <strong>de</strong> Chao 2. Este índice é tido como excelente preditor da riqueza <strong>de</strong> espécies.(Colwell & coddington 1994). O Chao 2 é um estimador <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> que incorpora ariqueza e abundância. A similarida<strong>de</strong> quantitativa da fauna entre as cavernas foi obtidaatravés do índice <strong>de</strong> Jaccard (Magurran 2004). A estabilida<strong>de</strong> ambiental <strong>das</strong> cavernasfoi calculada pelo índice <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> ambiental (Ferreira 2004). A regressão linearfoi utilizada para <strong>de</strong>tectar possíveis relações entre as variáveis bióticas <strong>de</strong> cada cavern<strong>ae</strong> as variáveis abióticas correspon<strong>de</strong>ntes (latitu<strong>de</strong>, longitu<strong>de</strong>, altitu<strong>de</strong>, estabilida<strong>de</strong>ambiental e <strong>de</strong>senvolvimento linear <strong>das</strong> cavernas) (Zar 1984).RESULTADOSComposição e riqueza <strong>de</strong> invertebrados nas cavernas amostra<strong>das</strong>.Foi observado, nas 103 cavernas amostra<strong>das</strong>, um total <strong>de</strong> 106.741 invertebradosdistribuídos em 1.938 morfo-espécies pertencentes a 191 famílias dos seguintes taxa:Protozoa (Granuloreticulosa), Cnidaria: Anthozoa (Actiniaria), Platyhelminthes(Dugesiid<strong>ae</strong> e Geoplanid<strong>ae</strong>), Acantocephala, Nematomorpha, Annelida (Oligoch<strong>ae</strong>t<strong>ae</strong> Hirudinea), Arthropoda: Crustacea: Cirripedia, Decapoda (Brachyura e Natantia),Amphipoda, Ostracoda, Isopoda (Armadillidid<strong>ae</strong>, Cubaris sp, Venezillo sp.,Philosciid<strong>ae</strong>, Ligiid<strong>ae</strong>, Platyarthrid<strong>ae</strong>, Trichorhina sp.), Arachnida: Acari (Acarid<strong>ae</strong>,Anoetid<strong>ae</strong>, Anystid<strong>ae</strong>, Ologamasid<strong>ae</strong>, Argasid<strong>ae</strong>, Antricola <strong>de</strong>lacruzi, Antricolaguglielmonei, Antricola sp., Carios sp. Ascid<strong>ae</strong>, B<strong>de</strong>llid<strong>ae</strong>, Calyptostomatid<strong>ae</strong>,Cheyletid<strong>ae</strong>, Cheyletus sp., Cunaxid<strong>ae</strong>, Erythr<strong>ae</strong>id<strong>ae</strong>, Speleognathus sp. Galunmid<strong>ae</strong>,34
- Page 1 and 2: UNINERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAI
- Page 3 and 4: DEDICATÓRIA2
- Page 5 and 6: RJ que nos forneceu a senha para a
- Page 7 and 8: SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO ............
- Page 9 and 10: APRESENTAÇÃOMuitas áreas em vár
- Page 11 and 12: arenitos) e ferruginosas (inseridas
- Page 13 and 14: ecentes, 20 mil anos (Silva & Caste
- Page 15 and 16: No Brasil há aproximadamente 5000
- Page 17 and 18: esponsáveis pela importação de r
- Page 19 and 20: Paraná (Trajano 1987, Gnaspini-Net
- Page 21 and 22: Culver & Sket 2000, Sessegolo et al
- Page 23 and 24: Figura 1. Regiões cársticas carbo
- Page 25 and 26: Figura 3 - Corredores de Biodiversi
- Page 27 and 28: Resumo - A fauna cavernícola brasi
- Page 29 and 30: INTRODUÇÃOCaracterísticas ecoló
- Page 31 and 32: fauna cavernícola na Mata Atlânti
- Page 33: possível. Cada táxon foi separado
- Page 37 and 38: Cyphoderidae, Entomobryiidae), Dipl
- Page 39 and 40: (1sp.), Anthozoa (1 sp.), Cirripedi
- Page 41 and 42: estudadas), a Chapada Diamantina, n
- Page 43 and 44: Tabela 1. Lista das espécies que a
- Page 45 and 46: Trechini sp3 1 +Trechini spe 1 +Col
- Page 47 and 48: Figura 3. Curva acumulativa de morf
- Page 49 and 50: Figura 5. Variações na diversidad
- Page 51 and 52: 1201201001008080Riqueza60Riqueza604
- Page 53 and 54: predadores generalistas, possibilit
- Page 55 and 56: onde a autora coletou intensamente
- Page 57 and 58: equívocos podem ser desastrosos, j
- Page 59 and 60: quando não há troca de genes com
- Page 61 and 62: se abrigarem, durante o dia, em mic
- Page 63 and 64: cavernas quartzíticas nas montanha
- Page 65 and 66: A relação de aumento da riqueza c
- Page 67 and 68: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAndrade
- Page 69 and 70: Galindo, L. C. & Câmara, I. G. 200
- Page 71 and 72: Sharratt, N. J., M. Picker & M. Sam
- Page 73 and 74: Resumo - No Brasil, somente caverna
- Page 75 and 76: INTRODUÇÃORochas base e a formaç
- Page 77 and 78: grânulos de material desabado do t
- Page 79 and 80: megadiversidade e em um hotspot de
- Page 81 and 82: Figura 1 - Domínios da Mata Atlân
- Page 83 and 84: hidrologia e vegetação no entorno
- Page 85 and 86:
2,62,42,22,01,8Riqueza Relativa1,61
- Page 87 and 88:
Estrutura das comunidades de invert
- Page 89 and 90:
1,4Riqueza relativa (ferruginosa)1,
- Page 91 and 92:
Figura 7. Variações na ocorrênci
- Page 93 and 94:
600Abundância relativa (carbonáti
- Page 95 and 96:
3,0Riqueza relativa (carbonática)2
- Page 97 and 98:
litologias. A singularidade da estr
- Page 99 and 100:
invertebrados. Entretanto, outro fa
- Page 101 and 102:
claramente distintas, tendo em vist
- Page 103 and 104:
mesmo aos ventos mais intensos que
- Page 105 and 106:
icas estarem associadas a riachos m
- Page 107 and 108:
Maiores riquezas, abundâncias e di
- Page 109 and 110:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASArechav
- Page 111 and 112:
Romero A. & M. Green 2005. The end
- Page 113 and 114:
Resumo - A Mata Atlântica ocupa gr
- Page 115 and 116:
INTRODUÇÃOBiodiversidade em ambie
- Page 117 and 118:
mostrado altamente heterogênea ent
- Page 119 and 120:
Área de estudoMETODOLOGIAPara real
- Page 121 and 122:
Ubajara) e São Paulo (gruta do qua
- Page 123 and 124:
Cavernas com riqueza total alta rec
- Page 125 and 126:
tênue (e.g. os recursos tróficos
- Page 127 and 128:
(baixo grau de impactos); 6-10 pont
- Page 129 and 130:
insuficiência de conhecimento e gr
- Page 131 and 132:
fauna foram realizadas em cavernas
- Page 133 and 134:
Alterações antrópicas nas cavern
- Page 135 and 136:
Ferruginosas% de cavernas40%35%30%2
- Page 137 and 138:
Relevâncias biológicas, impactos
- Page 139 and 140:
Figura 8. Mapa representando o grau
- Page 141 and 142:
Figura 10. Vulnerabilidade das comu
- Page 143 and 144:
A região da Chapada de Ibiapada, N
- Page 145 and 146:
endemismos e impactos do turismo ne
- Page 147 and 148:
Ouro Preto/Luminárias/Carrancas/Li
- Page 149 and 150:
Cavernas cadastradas pelo CECAV/IBA
- Page 151 and 152:
Cavernas cadastradas pelo CECAV/IBA
- Page 153 and 154:
cavernas. Além disto, a quantidade
- Page 155 and 156:
principal componente dos ecótones
- Page 157 and 158:
Alterações antrópicas nas cavern
- Page 159 and 160:
Tal fato pode ser visualizado nas r
- Page 161 and 162:
Por outro lado, as cavernas em roch
- Page 163 and 164:
principalmente aquelas turísticas;
- Page 165 and 166:
A alta vulnerabilidade encontrada p
- Page 167 and 168:
de cavernas presentes na Mata Atlâ
- Page 169 and 170:
desmatamento do entorno, retirada d
- Page 171 and 172:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICASAuler A.
- Page 173 and 174:
Lourenço, Wilson R., R.L.C. Baptis
- Page 175 and 176:
CAPÍTULO IVA AVENTURA DA VIDA NAS
- Page 177 and 178:
Neste contexto, é apresentado abai
- Page 179 and 180:
171
- Page 181 and 182:
173
- Page 183 and 184:
175
- Page 185 and 186:
177
- Page 187 and 188:
179
- Page 189 and 190:
181
- Page 191 and 192:
183
- Page 193 and 194:
185
- Page 195 and 196:
187
- Page 197 and 198:
189
- Page 199 and 200:
191
- Page 201 and 202:
193
- Page 203 and 204:
195
- Page 205 and 206:
197
- Page 207 and 208:
Bichuette, M. E.; Trajano, E. 2003.
- Page 209 and 210:
Ferreira, R.L. & Horta, L.C.S. 2001
- Page 211 and 212:
Lobo, H. A. S. 2008. Ecoturismo e p
- Page 213 and 214:
Samways, M. J. 2005. Insect diversi
- Page 215 and 216:
ANEXOSAnexo I. Ficha de caracteriza
- Page 217 and 218:
ES Casa Branca Itaimbe- itaguaçu 1
- Page 219 and 220:
MG Gruta do Rio Suaçui Santa Maria
- Page 221 and 222:
PR-132 Abismo do Leão Adrianópoli
- Page 223 and 224:
SP-260 Gruta do Floido Iporanga Sim
- Page 225 and 226:
217