11.07.2015 Views

ecologi ae conservação das comuni dades de i ... - ICB - UFMG

ecologi ae conservação das comuni dades de i ... - ICB - UFMG

ecologi ae conservação das comuni dades de i ... - ICB - UFMG

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A alta vulnerabilida<strong>de</strong> encontrada para a maioria <strong>das</strong> cavernas já era esperada.Uma vez que estes ambientes caracterizam-se por possuir uma elevada estabilida<strong>de</strong>,acabam tornando-se altamente susceptíveis a impactos, já que esta condição <strong>de</strong>estabilida<strong>de</strong> muitas vezes po<strong>de</strong> ser facilmente alterada (Ferreira & Horta 2001,Hamilton-Smith 2006, Beynen & Tonwsend 2005, Beynen et al 2007). Por este fato,quaisquer impactos diretos ou indiretos nas cavernas po<strong>de</strong>m causar sérios danos à faun<strong>ae</strong> à integrida<strong>de</strong> física <strong>de</strong>stes ambientes (Ferreira & Martins 2001).Cavernas, durante a sua evolução geológica, passam por alterações naturaisoriun<strong>das</strong> da sua gênese (dissolução da rocha, inundações, abatimentos <strong>de</strong> blocos no tetocom abertura <strong>de</strong> entra<strong>das</strong> verticais e entrada <strong>de</strong> luz), que modificam as condiçõesvigentes em <strong>de</strong>terminados períodos <strong>de</strong>sta evolução. Estas alterações naturais, quandointensas, po<strong>de</strong>m provocar modificações nas <strong>comuni</strong><strong>da<strong>de</strong>s</strong> subterrâneas. O tempo<strong>de</strong>corrido entre estes impactos (em geral extremamente elevado), permite uma rea<strong>de</strong>quação<strong>das</strong> <strong>comuni</strong><strong>da<strong>de</strong>s</strong> às novas condições estabeleci<strong>das</strong> após o impacto (Ferreira& Horta 2001, Calo & Parise 2006). Entretanto, impactos antrópicos são alteraçõesintensas e persistentes no ambiente <strong>de</strong> cavernas, além <strong>de</strong> ocorrerem com uma freqüênciamuitas vezes elevada. A intensida<strong>de</strong> e o tempo <strong>de</strong> permanência <strong>de</strong>stes impactos po<strong>de</strong>mafetar organismos <strong>de</strong> baixa plasticida<strong>de</strong> adaptativa resultando em extinções locais emfunção da não re-a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> muitas populações à nova condição estabelecida após oimpacto. Em geral, impactos que produzem alterações rápi<strong>das</strong>, mas intensas, po<strong>de</strong>mcausar distúrbios mais sérios, inclusive levando à extinção <strong>de</strong> algumas espécies. Aintensida<strong>de</strong> do impacto tem, portanto, maior influência sobre a vulnerabilida<strong>de</strong> e acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reestruturação <strong>de</strong> <strong>comuni</strong><strong>da<strong>de</strong>s</strong> cavernícolas do que o tempo <strong>de</strong>corrido<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a ocorrência <strong>de</strong>sse impacto (Ferreira & Horta, 2001).157

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!