estu<strong>da</strong>ntes são indivíduos em constante transformação e com experiências diversase singulares. Por isso, o processo educativo deve acompanhar e se a<strong>da</strong>ptar a essasmu<strong>da</strong>nças, para obter êxito.Concluímos que o estudo construído estimula a busca de novas reflexões enovos horizontes, com o objetivo de aperfeiçoar a metodologia dos projetos quesirvam <strong>ao</strong> programa e de gerar questionamentos, discussões e novos estudos sobrea sustentabili<strong>da</strong>de do mesmo, visto que os <strong>custo</strong>s do Governo Federal aumentam aca<strong>da</strong> ano.Como a minha experiência concentra-se na área do ensino e gestão, surgiugrande interesse pela área de avaliação de <strong>custo</strong>s, a qual foi aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> comdedicação às disciplinas/cursos de aperfeiçoamento, na condição de aluno especialdo doutorado, o que possibilitou refletir sobre a gestão financeira do programa, os<strong>custo</strong>s com a prevenção, com tratamento, enfim, a sustentabili<strong>da</strong>de do processocomo um todo.A partir dessas reflexões, do estudo do Manual de Diretrizes para ofortalecimento <strong>da</strong>s ações de <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong> tratamento para pessoas que vivem comHIV/AIDS (BRASIL, 2007) e do livro Avaliação econômica em saúde: desafios para agestão do SUS (BRASIL, 2008), inclinamos nossa busca para avaliação de <strong>custo</strong>s<strong>da</strong> <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong> tratamento <strong>da</strong> AIDS.De acordo com o Ministério <strong>da</strong> Saúde, um dos principais pontos a serdiscutido quando se abor<strong>da</strong> a sustentabili<strong>da</strong>de do programa de DST/AIDS é a<strong>adesão</strong> <strong>ao</strong> mesmo, visto que os <strong>custo</strong>s para recuperar o indivíduo são maiores doque a sua manutenção diária. (BRASIL, 2008)Diante disso, iniciamos a busca por mais informações para fun<strong>da</strong>mentarnossos questionamentos, através <strong>da</strong>s bases de <strong>da</strong>dos Scielo, Medline e Biblioteca20
Virtual de Saúde. Para nortear nossa busca, utilizamos inicialmente os descritores<strong>custo</strong>s, AIDS e enfermagem, por entendermos que os mesmos representavam aideia principal de nossa inquietação. Porém, não encontramos estudos quereproduzissem a participação do enfermeiro na avaliação dos <strong>custo</strong>s do tratamentoou prevenção <strong>da</strong> AIDS.Sendo assim, alteramos os descritores para <strong>custo</strong>s, AIDS, <strong>adesão</strong> àmedicação, o que nos permitiu acessar 37 artigos entre os anos de 2000 e 2011,com maior concentração entre os anos 2006 e 2009, fato possivelmente ocasionadopelo reflexo <strong>da</strong> introdução de outros medicamentos no tratamento <strong>da</strong> doença emanos anteriores. Essa introdução gerou uma resistência natural (efeitos adversos,colaterais, intolerância) do corpo dos indivíduos que fazem uso <strong>da</strong> TerapiaAntirretroviral (TARV), estimulando o Governo a criar estratégias que auxiliassem osindivíduos a se a<strong>da</strong>ptarem a essa terapêutica, desde a combinação demedicamentos até a capacitação de profissionais <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saúde para oatendimento especializado a essa clientela.Ain<strong>da</strong> em relação <strong>ao</strong>s artigos encontrados, a maioria (48,6%) versava sobreos fatores de risco que interferem na <strong>adesão</strong> à Terapia Antiretroviral (TARV), 18,9%abor<strong>da</strong>ram assuntos sobre avaliação dos <strong>custo</strong>s (utili<strong>da</strong>de e efetivi<strong>da</strong>de) para<strong>adesão</strong> à TARV; 16,2% sobre a correlação <strong>da</strong> <strong>adesão</strong> à TARV com outraspatologias, como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), diabetes, hanseníase,tuberculose e acesso <strong>ao</strong>s fármacos; 10,8% avaliaram a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> assistênciapresta<strong>da</strong> pelos profissionais <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saúde e sua importância no processo de<strong>adesão</strong> à TARV e 5,4% discutiram a autoeficácia do indivíduo em relação <strong>ao</strong> referidotratamento.21
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