espeito, o profissional pode garantir <strong>ao</strong> cliente o sentimento de vínculo e suporte,fun<strong>da</strong>mentais para o processo de <strong>adesão</strong>. (SANTOS, 2001)Alguns aspectos podem influenciar no processo de <strong>adesão</strong> à TARV como: omedo de sofrer estigma, preconceito ou discriminação; complexi<strong>da</strong>de do regimeterapêutico; a precarie<strong>da</strong>de ou ausência de suporte social afetivo e/oumaterial/instrumental; baixa escolari<strong>da</strong>de, habili<strong>da</strong>des cognitivas insuficientes parali<strong>da</strong>r com as dificul<strong>da</strong>des e as exigências do tratamento; não aceitação <strong>da</strong>soropositivi<strong>da</strong>de; presença de transtornos mentais, como depressão e ansie<strong>da</strong>de;efeitos colaterais <strong>da</strong> medicação antirretroviral; relação insatisfatória do usuário coma equipe de saúde e com os serviços prestados; crenças negativas e informaçõesinadequa<strong>da</strong>s sobre a enfermi<strong>da</strong>de e o tratamento; dificul<strong>da</strong>des de organização paraadequar as exigências do tratamento às rotinas diárias, como horários de acor<strong>da</strong>r,<strong>da</strong>s refeições, do trabalho e de ingestão <strong>da</strong> medicação; e abuso de álcool e outrasdrogas. (BRASIL, 2008)Esse fato nos leva a pensar que há a necessi<strong>da</strong>de de avaliarmos as questõesreferentes <strong>ao</strong> planejamento <strong>da</strong>s ações volta<strong>da</strong>s para os recursos materiais ehumanos, sendo eles: a distribuição e acesso às medicações, o acompanhamentoclínico-laboratorial e psicológico dos clientes, o controle <strong>da</strong> <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong> tratamento eos <strong>custo</strong>s relacionados a esse processo. A ausência dessas questões pode gerardiminuição <strong>da</strong> <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong> tratamento, bem como uma baixa sobrevi<strong>da</strong> desse cliente,impactando enormemente nos <strong>custo</strong>s gerais do tratamento.Pensando nessas questões, o Governo Federal passou a direcionar orepasse de suas verbas para programas mais específicos como o programa deincentivo financeiro a Estados, Distrito Federal e municípios para ações deprevenção e qualificação <strong>da</strong> atenção em HIV/AIDS e outras DSTs em funcionamento26
desde 2007. Segundo os <strong>da</strong>dos, o repasse de verbas do Governo Federal para oGoverno Estadual vem diminuindo, <strong>ao</strong> longo dos anos, porém a verba para esseprograma que vinha se mantendo numa redução desacelera<strong>da</strong> até 2009, sendo em2007 (Repasse total para saúde - R$ 767.277.092,97 e para o Programa – R$5.118.488,11 ), em 2008 (R$ 910.755.228,65 e R$ 3.779.746,33 ),em 2009 (R$ 947.665.219,38 e R$ 3.825.694,29 ), passou a apresentar umaumento proporcional a partir de 2010 (R$ 682.399.505,90 e R$ 3.412.760,89) e em 2011 (R$ 533.484.612,82 e R$ 3.182.400,50 ). (BRASIL,2012. Disponível em: , 05 de março de2012)Para NITA,o “<strong>custo</strong> é o elemento comum <strong>da</strong>s análises econômicas, sendocategorizados em <strong>custo</strong>s diretos, indiretos e intangíveis.” (2000, p. 27)Os <strong>custo</strong>s diretos representam o valor dos recursos utilizados no tratamento,no cui<strong>da</strong>do e na reabilitação dos indivíduos, podendo ser médicos ou não-médicos.Nos indiretos, figuram o valor de recursos econômicos perdidos devido à per<strong>da</strong> <strong>da</strong>produtivi<strong>da</strong>de, incapaci<strong>da</strong>de ou morte prematura relaciona<strong>da</strong> à doença do cliente oumesmo de familiares/cui<strong>da</strong>dores. Os <strong>custo</strong>s intangíveis (<strong>custo</strong> <strong>da</strong> dor, sofrimento,tristeza), em geral, na forma de quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>, sua mensuração é muito difícil.(COSTA, A.M.N. et. al, 2010).Diante do exposto, utilizaremos, neste trabalho, apenas os <strong>custo</strong>s diretos eindiretos para mensurar os <strong>custo</strong>s <strong>da</strong> <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong> tratamento <strong>da</strong> aids. (NITA, et. al,2010)Desta forma, definimos como objeto de estudo: os <strong>custo</strong>s diretos e indiretos<strong>da</strong> <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong> tratamento <strong>da</strong> AIDS a nível ambulatorial na perspectiva do SUS.27
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