cirurgiões-gerais. Os testes de contagem de TCD4 + e TCD8 + e o teste <strong>da</strong> carga viral,bem como exames laboratoriais simples e raios-X estavam disponíveis em mais de95% dos serviços, havendo maior dificul<strong>da</strong>de no acesso a exames mais complexos,especialmente os de imagem. A disponibili<strong>da</strong>de dos antirretrovirais foihomogeneamente alta, contrastando com problemas na disponibili<strong>da</strong>de de outrosmedicamentos voltados para a profilaxia e tratamento de doenças oportunistas, cujadistribuição fica a cargo dos Governos Estaduais e Municipais.Na reali<strong>da</strong>de de oferta de serviços, devemos atentar não só para adistribuição e acesso <strong>ao</strong>s medicamentos, como também para a <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong>tratamento disponível.A <strong>adesão</strong> é um processo colaborativo que facilita a aceitação e a integraçãode determinado regime terapêutico, no cotidiano <strong>da</strong>s pessoas em tratamento,pressupondo sua participação nas decisões sobre o mesmo. (BRASIL, 2007)O Ministério <strong>da</strong> Saúde publicou, em 2008, um “Manual de Adesão <strong>ao</strong>tratamento para pessoas vivendo com HIV/AIDS”, com o intuito de eluci<strong>da</strong>r asprincipais dúvi<strong>da</strong>s sobre o assunto. Na sua composição, a <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong> tratamento éconsidera<strong>da</strong> um processo dinâmico e multifatorial, que inclui aspectos físicos,psicológicos, sociais, culturais e comportamentais, que requer decisõescompartilha<strong>da</strong>s e co-responsabiliza<strong>da</strong>s entre as pessoas que vivem com HIV, aequipe e a rede social. Além disso, deve ser entendi<strong>da</strong> como um processo denegociação entre o usuário e os profissionais de saúde, no qual são reconheci<strong>da</strong>s asresponsabili<strong>da</strong>des específicas de ca<strong>da</strong> um, que visa a fortalecer a autonomia para oautocui<strong>da</strong>do. (BRASIL, 2007)A não-<strong>adesão</strong> <strong>ao</strong>s novos medicamentos para a aids (Antiretrovirais – ARV,em geral, e inibidores de protease – IP, em particular) é considera<strong>da</strong> como uma <strong>da</strong>s24
maiores ameaças para a efetivi<strong>da</strong>de do tratamento, no plano individual, e para adisseminação de vírus-resistência, no plano coletivo. Isto, porque os novos regimesterapêuticos parecem exigir do individuo, que adere <strong>ao</strong> tratamento, integraçãocomplexa entre conhecimentos, habili<strong>da</strong>des e aceitação, além de outros importantesfatores ligados <strong>ao</strong> ambiente e <strong>ao</strong> cui<strong>da</strong>do à saúde.Como em outras doenças crônicas, na aids é fun<strong>da</strong>mental haver umainteração entre cliente/cui<strong>da</strong>dos e a equipe multiprofissional, de forma a favorecer acontinui<strong>da</strong>de do tratamento, para que essa possa ser devi<strong>da</strong>mente compartilha<strong>da</strong>.(BONOLO, P.F. et al, 2007). Para isso, deve haver um investimento em atençãobásica (ambulatório), visto que poder-se-á realizar ativi<strong>da</strong>des de promoção,prevenção e acompanhamento do tratamento.Muitos clientes, assim que recebem o diagnóstico <strong>da</strong> infecção pelo HIV,explicitam, direta ou indiretamente, os possíveis obstáculos para a <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong>tratamento. Essas dificul<strong>da</strong>des podem ser minimiza<strong>da</strong>s, ou mesmo evita<strong>da</strong>s, noprocesso de aconselhamento pós-teste. (BRASIL, 1997). Esse processo transcendeà simples ingestão de medicamentos, incluindo o fortalecimento <strong>da</strong> pessoa vivendocom HIV/AIDS, o estabelecimento de vínculo com a equipe de saúde, o acesso àinformação, o acompanhamento clínico-laboratorial, a adequação <strong>ao</strong>s hábitos enecessi<strong>da</strong>des individuais e o compartilhamento <strong>da</strong>s decisões relaciona<strong>da</strong>s à própriasaúde, inclusive para pessoas que não fazem uso de Terapia AntiRRetroViral(TARV). (BRASIL, 2007)É na entrega do resultado que o profissional de saúde pode estabelecer ovínculo com o paciente, levando-o à <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong> tratamento. É no momento doconhecimento do diagnóstico que, se trabalhado com acolhimento, atenção e25
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