Percebemos que, quando avaliamos os sujeitos, quanto <strong>ao</strong>s examesrealizados, do total de <strong>custo</strong>s (R$ 9.662,28), a maioria 22,73% é direciona<strong>da</strong> à cargaviral, 19,35% à CD4+ e 19,35% à CD8.De acordo com os <strong>da</strong>dos expostos, percebemos que, dentro do grupoanalisado, em que a <strong>adesão</strong> <strong>ao</strong> tratamento era constante, a necessi<strong>da</strong>de deavaliação de outras complicações ficou reduzi<strong>da</strong>, sendo solicitados, em grande parte(61,43%), exames que transparecessem o nível de apresentação do vírus no sanguee o número de células de defesa afeta<strong>da</strong>s. Esses <strong>da</strong>dos, certamente, demonstram ainfluência e importância <strong>da</strong> <strong>adesão</strong> nos <strong>custo</strong>s do processo, pois, além deapresentar a redução dos <strong>custo</strong>s com a realização de exames relacionados a outraspatologias oportunistas, também reforça a ideia de que a <strong>adesão</strong> favorece a reduçãodos <strong>custo</strong>s com outras medicações, para tratamento <strong>da</strong>s doenças oportunistas ouprovenientes <strong>da</strong> baixa imuni<strong>da</strong>de.Esses <strong>da</strong>dos, se comparados com os obtidos na avaliação <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> familiar,nos permitem concluir que os sujeitos participantes dessa pesquisa nãoconseguiriam arcar com os <strong>custo</strong>s do tratamento. Esses <strong>da</strong>dos reforçam anecessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> continui<strong>da</strong>de do PN-DST/AIDS.De acordo com <strong>da</strong>dos do Ministério <strong>da</strong> Saúde, o Governo Federaldisponibiliza para saúde um valor correspondente a R$ 2.123.317.369,53 <strong>ao</strong> ano.Desse valor, R$ 1.048.355.764,00 são destinados <strong>ao</strong> PN-DST/AIDS. (BRASIL, 2012)No ano de 2009, o repasse do Governo Federal para o Governo do Estado doRio de Janeiro foi <strong>da</strong> ordem de R$ 2.318.669.071,46, sendo R$ 1.009.976.602,30para saúde. Desse total, foi destinado R$ 2.526.614,34 (0,25%) para o ProgramaEstadual de DST/AIDS. (BRASIL, 2012)94
No Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA), cenário desse estudo einstituição referência para tratamento do HIV/AIDS, o <strong>custo</strong> direto (Medicação,Exames e Honorários dos profissionais) foi <strong>da</strong> ordem de R$ 170.989,06, durante osegundo semestre do ano de 2009 (Julho a Dezembro). Se considerarmos 1 (um)ano de tratamento, utilizando as mesmas medicações e doses utiliza<strong>da</strong>s nosemestre utilizado na coleta <strong>da</strong> pesquisa, poderíamos duplicar o valor semestralmencionado, anteriormente, assumindo um total de R$ 341.978,12. Esse valorcorresponderia a 13,53% do orçamento destinado <strong>ao</strong> tratamento do HIV/AIDS, noEstado do Rio de Janeiro.Na tabela 5, distribuímos os <strong>custo</strong>s diretos em três partes: a medicação, oshonorários dos profissionais (Enfermeiros, Médicos, Psicólogo, Nutricionista eServiço Social) e os <strong>custo</strong>s com a realização de exames.Tabela 5 – Distribuição dos <strong>custo</strong>s diretos. Rio de Janeiro. Julho a Dezembrode 2009.Uni<strong>da</strong>des de Custos Custo R$ Porcentagem (%)Medicação 107.784,40 63,04%Honorários de Profissionais 53.542,38 31,31%Exames 9.662,28 5,65%Total 170.989,06 100%Segundo uma pesquisa sobre avaliação de <strong>custo</strong> em saúde na esfera deatenção local à saúde (SANCHO, L.G; VARGENS, J.M.C, 2009), no que concerne ànecessi<strong>da</strong>de de identificação do <strong>custo</strong> do Programa de atenção à Saúde à luz <strong>da</strong>reali<strong>da</strong>de, os <strong>da</strong>dos e/ou informações requeri<strong>da</strong>s, foram o ca<strong>da</strong>stro do cliente, odiagnóstico (morbimortali<strong>da</strong>de), as intervenções terapêuticas realiza<strong>da</strong>s (tendo comobase protocolos de atenção) e o valor de ca<strong>da</strong> ação presta<strong>da</strong>, o tempo decorrido95
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