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UNIVERSIDADE FEEVALE

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27entender o porquê: em um espaço de apenas uma década, os estúdios Disneyderam ao cinema animado uma evolução não apenas significativa a ponto decomparar-se com os filmes de ação ao vivo, como marcante para as feiçõesculturais da história do século XX (BARBOSA JUNIOR, 2005).Disney tinha uma formação concisa em escolas de arte e conhecia astécnicas de animação, mas logo percebeu que outros artistas tinham umtalento para desenhar melhor do que o seu:Walt Disney reconheceu cedo que para criar uma indústria deanimação, ele teria que parar de desenhar para poder coordenar umaequipe com os melhores artistas buscando pelas melhores histórias epelos personagens mais simpáticos (MATTOS, 2004, p.545).A partir disso, pode dedicar-se mais ao controle do processo deprodução e a direção como um todo (Ibid, 2005). Thomas e Johnston (1995)afirmam que o talento de Disney se concentrava principalmente na suahabilidade de comunicação.Já Solomon (1987) defende que Disney tinha um senso estéticoapurado e um entendimento completo de estrutura da trama, da narrativa e dotempo. Apesar de aceitar as opiniões e ideias de seus artistas, era sua visãoque prevalecia. Visão que privilegiava o entretenimento acima de tudo. No livro“The Ilusion of Life: Disney Animation”, Thomas e Johnston (1995, p.23)utilizam uma frase de Walt Disney sobre sua visão: “Estou interessado emdivertir as pessoas, em dar prazer, particularmente fazê-las sorrir, ao invés deestar preocupado em „expressar-me‟ através de obscuras impressõescriativas”.Quando Disney entrou para o mundo do cinema animado, encontrouuma década de grandes realizações, mas todas simplistas em suas animações.Os personagens pouco se moviam, “faltava animação mesmo” (BARBOSAJUNIOR, 2005, p.99). As realizações de McCay e a fluidez de suas animaçõespareciam ter sido esquecidas após uma década de industrialização. Disneyalmejava atingir com a animação a “ilusão da vida” (THOMAS; JOHNSTON,1995, 25). Para ele, o personagem “tinha que atuar, representarconvincentemente; parecer que pensa, respira; convencer-nos que é portadorde um espírito” (BARBOSA JUNIOR, 2005, p.99).

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