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editorial<br />
Armando Ferrentini<br />
aferrentini@editorareferencia.com.br<br />
Um gigante <strong>de</strong>sembarca no Brasil<br />
Depois <strong>de</strong> ter sofrido nos últimos anos os efeitos nefastos da crise<br />
econômica que se abateu sobre o Brasil, fruto <strong>de</strong> políticas equivocadas<br />
- para dizer o mínimo - na área econômica, eis que <strong>2020</strong> se<br />
inicia auspicioso para o mercado da comunicação brasileira com a<br />
chegada do canal <strong>de</strong> notícias CNN Brasil.<br />
Quando o visionário Ted Turner abriu a primeira emissora da marca<br />
nos Estados Unidos, lá se vão quatro décadas, <strong>de</strong>flagrou uma gran<strong>de</strong><br />
revolução na mídia televisiva. Afinal, a CNN foi o primeiro canal a<br />
transmitir notícias 24 horas por dia, mo<strong>de</strong>lo que passou a ser copiado<br />
não só nos EUA, mas no mundo todo.<br />
O sucesso logo fez com que a CNN se expandisse numa re<strong>de</strong> internacional,<br />
com emissoras abertas em sucessão nas principais capitais ao<br />
redor do mundo. Agora, chegou a vez do Brasil.<br />
A CNN já começa gigante entre nós, com cerca <strong>de</strong> 400 profissionais<br />
contratados e três amplas se<strong>de</strong>s que sugerem um ar futurista <strong>de</strong>vido<br />
aos seus equipamentos <strong>de</strong> última geração. O escritório central fica na<br />
Avenida Paulista, em São Paulo. No Rio <strong>de</strong> Janeiro e em Brasília estão<br />
as filiais da emissora.<br />
A iniciativa se <strong>de</strong>ve ao também visionário empresário mineiro Rubens<br />
Menin, fundador e presi<strong>de</strong>nte do conselho da construtora MRV, uma<br />
das maiores do ramo no Brasil. Para comandar a CNN Brasil, foi contratado<br />
o experiente executivo Douglas Tavolaro, vindo da Re<strong>de</strong> Record,<br />
on<strong>de</strong> trabalhou por 17 anos.<br />
A chegada <strong>de</strong>sse po<strong>de</strong>roso veículo ao Brasil, que vai ao ar em março<br />
próximo, terá já no curto prazo o efeito positivo <strong>de</strong> dinamizar o<br />
mercado da comunicação por meio <strong>de</strong> uma “sacudida” nas emissoras<br />
concorrentes.<br />
Porém, mais do que a dinâmica empresarial, a força <strong>de</strong>ssa emissora<br />
reconhecida mundialmente como sinônimo <strong>de</strong> jornalismo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />
reforçará sem dúvida, no Brasil, os princípios da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
imprensa. Princípios esses volta e meia ameaçados por po<strong>de</strong>rosos interesses<br />
contrariados com escândalos que brotam à luz do dia quando<br />
seus atos e atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sonestos são revelados pela imprensa.<br />
pulação reage e faz acontecer. Para sorte nossa, <strong>de</strong>sta feita cabe um<br />
registro sobre o crescimento na circulação impressa <strong>de</strong> três dos cinco<br />
principais jornais do país no ano passado.<br />
Os heróis <strong>de</strong>sse feito são Folha, O Globo e Super Notícias, segundo<br />
dados auditados do IVC.<br />
No caso do Estadão, o tradicional jornal viu crescer o número <strong>de</strong> suas<br />
assinaturas digitais, muito provavelmente pela maior facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
leitura dos seus textos nas re<strong>de</strong>s sociais.<br />
Além disso, o Estadão não para <strong>de</strong> se reinventar, lançando na última<br />
sexta-feira (24) um novo ca<strong>de</strong>rno batizado como Sextou!, juntando<br />
todas as notas e notícias sobre o lazer dos fins <strong>de</strong> semana, antes espalhados<br />
pelos diversos ca<strong>de</strong>rnos do jornal, em um único e muito bem<br />
organizado suplemento.<br />
Sextou! não vai pegar. Já pegou. Incrível como sempre há o que fazer<br />
em termos da melhoria <strong>de</strong> um produto admirado por toda a humanida<strong>de</strong><br />
como o jornal. E o Estadão <strong>de</strong> há muito <strong>de</strong>scobriu essa fórmula<br />
e se reinventa com frequência, agradando seus leitores e atraindo<br />
também um novo público que vê no jornal um esforço permanente <strong>de</strong><br />
atualização.<br />
***<br />
A novela Bom Sucesso, com o <strong>de</strong>sempenho mais que elogiável dos<br />
bons atores da Globo, sobressaindo o fora <strong>de</strong> série Antonio Fagun<strong>de</strong>s,<br />
infelizmente teve o seu último capítulo na última sexta (24).<br />
Além <strong>de</strong> todo o seu contexto, que prendia o telespectador à tela, qualquer<br />
que fosse o aplicativo, há um <strong>de</strong>staque merecedor <strong>de</strong> imenso<br />
registro: a valorização dos livros, feita pelo personagem vivido por<br />
Fagun<strong>de</strong>s, valendo-se da trama do longa Fahrenheit 451, baseado por<br />
sua vez no romance homônimo <strong>de</strong> Ray Bradbury.<br />
Merece um longo crédito também o jovem ator Armando Babaioff,<br />
pelo seu grandioso <strong>de</strong>sempenho como malfeitor, sempre um contraponto<br />
difícil quando há muito talento do lado do bem.<br />
***<br />
Em matéria <strong>de</strong> capa, esta edição do PROPMARK aborda a Lei Geral <strong>de</strong><br />
Proteção <strong>de</strong> Dados, programada para entrar em vigor em agosto <strong>de</strong>ste<br />
ano.<br />
Como falta, porém, ao governo Bolsonaro, apego à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
divulgação – através da publicida<strong>de</strong> – dos atos dos Três Po<strong>de</strong>res <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong> importância para o país, já se teme, neste caso, por um adiamento,<br />
sempre prejudicial quando a medida oficial é da maior importância.<br />
Uma extensa pesquisa da Serasa Experian mostra que 85% do mercado<br />
não está pronto para trabalhar <strong>de</strong>ntro das novas regras. O que acabará<br />
ocorrendo? Prorrogação. Como o país está habituado a prorrogar<br />
quase tudo – o famoso <strong>de</strong>ixa para amanhã –, poucos se importarão<br />
com mais uma.<br />
***<br />
O país não oficial, porém, é diferente. Quando vê necessida<strong>de</strong>, a po-<br />
***<br />
Tendo em vista mudanças no negócio publicitário, que não começaram<br />
agora, mas foram se acumulando com o tempo, agências e anunciantes<br />
<strong>de</strong>cidiram criar um novo cargo em seus quadros: o <strong>de</strong> chief<br />
growth officer, cujos militantes prometem ampliar as linhas <strong>de</strong> negócios<br />
e receitas das empresas.<br />
A tendência <strong>de</strong>ssa nova função profissional no setor é tornar-se imprescindível,<br />
abrangendo inclusive outros setores do vasto e sempre<br />
promissor negócio da comunicação.<br />
***<br />
Poucos sabem, mas finda a última semana <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> comemora-se<br />
em 1º <strong>de</strong> fevereiro no Brasil o Dia do Publicitário. Caso você não seja,<br />
apesar <strong>de</strong> gostar do assunto, porque está nos lendo, dê um caloroso<br />
abraço no seu amigo ou amiga do setor. Se antes eles já foram até chamados<br />
<strong>de</strong> profissionais da esperança, o que não dizer hoje?<br />
jornal propmark - <strong>27</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong> 3