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DIGItaL<br />
Fotos: Divulgação<br />
Cultura <strong>de</strong> dados<br />
a<strong>de</strong>quação à LGPD na DPZ&T é missão<br />
pessoal do CEO Eduardo Simon.<br />
A<br />
“Nós já estávamos <strong>de</strong>vidamente adaptados<br />
ao GDPR europeu quando a Lei Geral<br />
<strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Dados foi sancionada, em<br />
2018”, disse o executivo. Ele conce<strong>de</strong>u a<br />
seguinte entrevista:<br />
Divulgação<br />
Isaias Lernes é diretor e cofundador da Match<br />
PREPaRaÇÃO<br />
Devemos estar sempre um pouco à<br />
frente e, por isso, nos antecipamos nesse<br />
assunto no primeiro semestre <strong>de</strong> 2019,<br />
consultando especialistas, principalmente<br />
<strong>de</strong> países como a Alemanha, on<strong>de</strong> a lei<br />
é ainda mais rigorosa, uma vez que alguns<br />
<strong>de</strong> nossos clientes, por serem multinacionais,<br />
como a Nescafé, já tinham essa<br />
necessida<strong>de</strong> no Brasil. Compartilhamos e<br />
<strong>de</strong>senvolvemos internamente a cultura<br />
do uso correto <strong>de</strong> dados. Temos um programa<br />
<strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados global e<br />
também um local.<br />
Marina Barros é executiva da consultoria Cosin<br />
Oliveira, da R/GA: “Não é ruim como alguns insistem”<br />
aÇÃO<br />
Criamos um comitê para disseminar<br />
a cultura do uso correto dos dados. Com<br />
plano <strong>de</strong> ação efetivo; homologando fornecedores<br />
para enten<strong>de</strong>r como tratam<br />
esse assunto; revisitando todos os contratos;<br />
a<strong>de</strong>quando a forma como enviamos as<br />
informações internamente e para nossos<br />
clientes (utilizamos, por exemplo, uma<br />
re<strong>de</strong> segura nas nuvens para compartilhar<br />
os dados); criando regras para o manuseio<br />
dos bancos <strong>de</strong> dados e treinamento.<br />
PRIvaCIDaDE<br />
Com a LGPD, <strong>de</strong>verão se a<strong>de</strong>quar aqueles<br />
que ainda usam informações <strong>de</strong> empresas<br />
que trabalhem dados coletados ou<br />
utilizados sem a <strong>de</strong>vida transparência.<br />
Ou com <strong>de</strong>svio da finalida<strong>de</strong> ou, como<br />
exemplo prático, empresas que ven<strong>de</strong>m<br />
o total do uso <strong>de</strong> dados, incluindo aqueles<br />
que permitam i<strong>de</strong>ntificar indivíduos.<br />
É preciso diferenciar o uso inteligente<br />
<strong>de</strong> dados e sua indiscutível contribuição<br />
para a socieda<strong>de</strong> com o uso <strong>de</strong> dados pessoais.<br />
Agências e anunciantes que não<br />
cumprem os parâmetros da LGPD/GPDR<br />
terão consequências, assim como muitas<br />
vão progredir fazendo uso correto dos dados<br />
e da tecnologia por trás disso.<br />
IRREvERsívEL<br />
É uma evolução que será melhor para<br />
todos em termos <strong>de</strong> uma proteção <strong>de</strong> dados<br />
muito mais forte, qualificada e regulamentada.<br />
E isso gera mais segurança,<br />
além <strong>de</strong> mais transparência e investimento<br />
em tecnologia.<br />
PM<br />
partes, <strong>de</strong> forma que tenham sua privacida<strong>de</strong><br />
assegurada, possibilitando o acesso<br />
a seus dados, anonimização, bloqueio ou<br />
eliminação <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>snecessários e revogação<br />
do consentimento para utilização<br />
dos dados.”<br />
André Fernan<strong>de</strong>s, gerente <strong>de</strong> engenharia<br />
<strong>de</strong> soluções da Nice, pon<strong>de</strong>ra que o início<br />
<strong>de</strong>ve ser o data mapping. “O passo seguinte<br />
é encontrar ferramentas que tragam o<br />
maior benefício e facilida<strong>de</strong> na execução<br />
<strong>de</strong> tais ativida<strong>de</strong>s. Todo esse processo é<br />
bastante longo e, dado o prazo <strong>de</strong> implementação,<br />
<strong>de</strong>ve ser feito rapidamente e da<br />
maneira mais assertiva possível.”<br />
Por outro lado, o especialista em hi-<br />
persegmentação Isaias Lemes, diretor e<br />
cofundador da Match (spin-off da F.biz),<br />
conta com apoio <strong>de</strong> escritório jurídico para<br />
orientar procedimenros sobre a LGPD.<br />
“Em muitos casos, temos acesso aos dados,<br />
mas não fomos responsáveis por suas<br />
capturas. No momento, estamos revendo<br />
o que precisa ser ajustado na relação entre<br />
a Match e seus clientes. Já em relação aos<br />
nossos clientes e seus consumidores, estamos<br />
estudando tecnologias, como, por<br />
exemplo, as CMPs (Consent Management<br />
Platform), que po<strong>de</strong>m auxiliar na a<strong>de</strong>quação<br />
das plataformas digitais para coleta e<br />
armazenamento <strong>de</strong> consentimento para<br />
uso <strong>de</strong> dados”, justificou Lemes.<br />
Aga Porada, head <strong>de</strong> mídia da<br />
Wie<strong>de</strong>n+Kennedy São Paulo, finaliza:<br />
“Acredito que, para a internet se firmar<br />
como um ambiente e uma ferramenta segura,<br />
a preocupação com a privacida<strong>de</strong> é<br />
mais do que legítima: ela é essencial. Quando<br />
o próprio Tim Berners-Lee, inventor da<br />
Web, vem a público propondo um plano <strong>de</strong><br />
ação global para evitar uma distopia digital,<br />
fica clara a urgência em rediscutir todas<br />
as práticas adotadas até hoje. A LGPD é um<br />
passo muito importante para essa revisão<br />
<strong>de</strong> comportamento da internet, porque diminui<br />
o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s corporações sobre<br />
dados coletados na web e <strong>de</strong>volve para<br />
os indivíduos que <strong>de</strong> fato os geram.”<br />
30 <strong>27</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong> - jornal propmark