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edição de 27 de janeiro de 2020

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MERCADO<br />

do’ é um mercado estagnado,<br />

que não se renova, que não esteja<br />

sempre em busca <strong>de</strong> novida<strong>de</strong>s”,<br />

opina Silvana Torres,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Mark Up, agência<br />

<strong>de</strong> Live Marketing.<br />

Opinião parecida com a <strong>de</strong><br />

Teda Leite, media director da<br />

iProspect: “eu gostaria <strong>de</strong> ganhar<br />

uma comunicação transparente<br />

e respeitosa com os<br />

anunciantes e parceiros e evitar<br />

um mercado munido e regido<br />

<strong>de</strong> ‘sim’ sempre”.<br />

Edu Lima <strong>de</strong>finiu os presentes<br />

com frases. Ganhar: “‘gosto<br />

muito das campanhas que<br />

vocês estão colocando na rua.<br />

Confio no critério e na qualida<strong>de</strong><br />

do trabalho <strong>de</strong> vocês. Vou<br />

entregar a minha conta para<br />

vocês sem concorrência’”. Não<br />

ganhar: “’o compliance é quem<br />

vai <strong>de</strong>cidir essa concorrência’”.<br />

Aliás, a concorrência também<br />

entrou na lista <strong>de</strong> “presentes”<br />

<strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros. “O fim <strong>de</strong><br />

concorrências. Seria um presente<br />

não só para os publicitários,<br />

mas especialmente para<br />

os anunciantes. Os clientes<br />

<strong>de</strong>veriam escolher seus parceiros<br />

não por um vestibular, mas<br />

pelo histórico escolar”, afirma.<br />

Já Melina Romariz enumerou<br />

o que gostaria <strong>de</strong> ganhar:<br />

mais mulheres em cargos <strong>de</strong><br />

chefia e li<strong>de</strong>rança; marcas<br />

mais diversas e com propósito<br />

transformador; relacionamento<br />

mais saudável entre agências e<br />

clientes; clientes mais abertos<br />

à inovação, ao risco, às novas<br />

i<strong>de</strong>ias e ambiente das agências<br />

com mais qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,<br />

respeito e inovação real. Obviamente,<br />

a chief strategy officer<br />

da Propeg também elencou o<br />

que não ganhar: práticas, atitu<strong>de</strong>s,<br />

li<strong>de</strong>ranças, formas <strong>de</strong><br />

trabalho e i<strong>de</strong>ias antiquadas,<br />

acomodadas, medrosas e preconceituosas.<br />

Andréa Barrios também revelou<br />

qual seria o presente i<strong>de</strong>al<br />

para o Dia do Publicitário.<br />

“Ter empresas mais homogêneas<br />

on<strong>de</strong> a diversida<strong>de</strong> seja<br />

algo natural e não apenas um<br />

programa a ser estampado nas<br />

re<strong>de</strong>s sociais”. Já o presente<br />

que a diretora <strong>de</strong> atendimento<br />

não quer ver nem pintado:<br />

“oportunismo e privilégios sem<br />

merecimento”.<br />

PubliCiDADE?<br />

“Se uma criança <strong>de</strong> 8 anos<br />

pedisse para você explicar o<br />

que faz um publicitário, o que<br />

Santoro: “Todas as profissões estão mais preocupadas com a saú<strong>de</strong> física e mental”<br />

“clientes <strong>de</strong>veriam<br />

escOlher seus<br />

parceirOs nãO pOr<br />

um vestibular,<br />

mas pelO históricO<br />

escOlar”<br />

Silvana Torres acredita que mercado mais justo só virá com equida<strong>de</strong> <strong>de</strong> salários<br />

Divulgação<br />

você diria?”: o PROPMARK<br />

questionou os entrevistados<br />

com esta questão e as respostas<br />

misturam objetivida<strong>de</strong>, humor<br />

e paixão. “Diria que é uma tarefa<br />

muito divertida e que eu<br />

pensava em fazer algo parecido<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tinha aquela ida<strong>de</strong>”,<br />

diz Me<strong>de</strong>iros.<br />

“Eu acho que tem duas formas<br />

<strong>de</strong> ver essa profissão: copo<br />

meio cheio e meio vazio. Tem<br />

muita gente que acaba <strong>de</strong>monizando<br />

porque fala que a gente<br />

ven<strong>de</strong> o que não precisa. A<br />

gente estimula o capitalismo, a<br />

compra, necessida<strong>de</strong>s que muitas<br />

vezes as pessoas não têm.<br />

Essa seria a forma negativa <strong>de</strong><br />

olhar o trabalho do publicitário.<br />

Mas eu gosto <strong>de</strong> olhar pelo copo<br />

meio cheio [...]. Acredito que a<br />

publicida<strong>de</strong> tem um papel muito<br />

maior, infinitamente maior.<br />

De mudar o mindset das pessoas,<br />

<strong>de</strong> ajudar a conscientizar<br />

a população”, esclarece Renata<br />

Hilario.<br />

Andréa Barrios respon<strong>de</strong>ria<br />

da seguinte maneira: “‘sabe<br />

todos aqueles vi<strong>de</strong>ozinhos e<br />

mensagens que aparecem nos<br />

seus joguinhos, no YouTube,<br />

no Facebook? Pois é, são os publicitários<br />

que fazem tudo isso<br />

acontecer’. Mas, do jeito que<br />

essas crianças são espertas,<br />

provavelmente respon<strong>de</strong>riam:<br />

‘Eu sei, inclusive tenho umas<br />

i<strong>de</strong>ias pra dar para esses caras’”,<br />

brinca.<br />

Sem falsa modéstia, Edu<br />

Lima afirma que não diria nada.<br />

“Eu mostraria os trabalhos que<br />

temos feito aqui na W+K. Acho<br />

que eles encantam e se explicam<br />

por si só”.<br />

Já Marcia Man<strong>de</strong>tta, chief<br />

business officer da agência <strong>de</strong><br />

live marketing Hands, explicaria<br />

da mesma maneira que fala<br />

para sua mãe. “Uma dificulda<strong>de</strong><br />

que tenho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que iniciei<br />

nesse mercado [risos]. O que<br />

fazemos é levar para as pessoas<br />

uma experiência ao vivo, sobre<br />

aquilo que as marcas contam<br />

nas propagandas”.<br />

Alguns teriam mais dificulda<strong>de</strong>.<br />

“Não sou capaz. Até hoje<br />

minha família não enten<strong>de</strong>”,<br />

graceja Priscilla Ceruti.<br />

Brinca<strong>de</strong>iras à parte, o publicitário<br />

segue como um profissional<br />

indispensável para o<br />

sucesso do país, isso é inegável.<br />

Porém, como bem refletiu Teda<br />

Leite, da iProspect, é preciso<br />

que haja algumas mudanças<br />

para que a ativida<strong>de</strong> siga <strong>de</strong> maneira<br />

sadia.<br />

Esse novo mindset <strong>de</strong>ve começar<br />

com lí<strong>de</strong>res e gestores,<br />

pois, enquanto o celular for<br />

uma forma <strong>de</strong> comunicação<br />

para acessar as pessoas fora<br />

do horário comercial, os prazos<br />

forem irreais, o negócio for<br />

movido na base do lucro a todo<br />

custo, “dificilmente o nosso<br />

mercado vai ser sustentável”.<br />

36 <strong>27</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong> - jornal propmark

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