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Mensagem do Graal - Na luz da verdade vol 2

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212 35. O mistério Lúcifer

vítimas de seu princípio, pois Lúcifer é eterno. Origina-se duma

parte do divino-enteal. A discórdia iniciou-se depois do começo

da formação de tudo que é matéria. Enviado para amparar o

espírito-enteal na matéria e favorecer no desenvolvimento, não

cumpriu essa sua incumbência no sentido da vontade criadora de

Deus-Pai, ao contrário, escolheu outros caminhos do que os que

lhe foram indicados por essa vontade criadora, devido a um

querer que lhe veio durante sua atuação na matéria.

Abusando da força que lhe foi outorgada, introduziu entre

outras coisas o princípio das tentações, em lugar do princípio

do auxílio amparador, que equivale ao amor prestimoso. Amor

prestimoso na acepção divina, que nada tem em comum com

o servir do escravo, mas tão-somente visa à ascensão espiritual

e com isso à felicidade eterna do próximo, atuando correspondentemente.

O princípio da tentação, porém, equivale à colocação de

armadilhas nas quais as criaturas humanas não suficientemente

firmes tropeçam logo, caem e se extraviam, ao passo que outras,

pelo contrário, se fortificam com isso em vigilância e vigor, para

então florescer poderosamente em direção às alturas espirituais.

Mas tudo o que é fraco é de antemão entregue inexoravelmente

à destruição. O princípio não conhece nem bondade,

nem misericórdia; falta-lhe o amor de Deus-Pai e com isso,

portanto, também a mais poderosa força propulsora e o mais

forte apoio que existe.

A tentação no Paraíso, narrada na Bíblia, mostra o efeito da

introdução do princípio de Lúcifer, ao descrever figuradamente

como este, mediante tentação, procura verificar a força e a perseverança

do casal humano, a fim de logo lançá-lo impiedosamente

no caminho da destruição, ante a menor vacilação.

A perseverança teria sido equivalente ao alinhar-se jubilosamente

à vontade divina, que está nas leis singelas da natureza ou

da Criação. E essa vontade, o mandamento divino, era de pleno

conhecimento do casal humano. Não vacilar seria ao mesmo

tempo uma obediência a essas leis, com o que o ser humano

somente pode beneficiar-se, de modo certo e irrestrito, tornando-se

assim o “senhor da Criação” de fato, porque “segue com

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