COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
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IKIGAI 105
Como somos seres contraditórios, não compreendemos bem o envelhecimento:
se, por um lado, não queremos envelhecer, por outro,
sonhamos com uma vida longa e feliz!
Existem cinco lugares no mundo onde o número de centenários é
elevado: a ilha de Okinawa, no Japão, Sardenha, na Itália, Loma Linda
na Califórnia, a península de Nicoya, na Costa Rica e Icária, na
Grécia. Em comum, seus habitantes centenários têm boas condições
de saúde o que lhes permite continuar trabalhando ao longo de toda a
vida; alimentação saudável, com o consumo diário de vegetais, frutas
e cereais, azeite, alimentos antioxidantes (tofu, missô, cenoura, batata-
-doce, repolho), pouquíssimo açúcar, além da prática de exercícios físicos
regulares como caminhadas, bem distante de práticas exageradas
em academias ultramodernas.
Mas o principal: o sentimento de pertencimento à sua comunidade e
poder contar com uma rede de ajuda mútua, dando sustentação emocional
à vida longa e produtiva! Tudo isso parece tão distante da vida
nas grandes cidades! Vivemos estressados, correndo de um lado para
o outro, reféns de muita tecnologia, de contatos virtuais e ilusórios e,
continuamente, preocupados com o que virá... E o que virá? Nem eu,
nem você e, de verdade, ninguém saberá dizer com certeza!
Entrevistando pessoas centenárias sobre como chegaram a essa altura
da vida, os autores receberam respostas do tipo: coma e durma – é
preciso aprender a relaxar / não coma carne / vejo pouco, escuto mal, não posso
sentir nada, mas está tudo bem / se mantiver sua mente e seu corpo ocupados,
ficará aqui por bastante tempo ou simplesmente, não morri antes.
Há muitos anos, li um artigo cujo foco principal era saber o que permitiu
que algumas pessoas sobrevivessem a campos de concentração.
Viviam em condições sub-humanas, sob estresse emocional e físico extremos,
passavam fome....não tinham com o que sonhar.
Mas uma grande parte dos sobreviventes foram justamente aqueles
que conseguiram vislumbrar alguma vida após o horror da guerra, que
sonharam com um propósito para quando saíssem do campo, que criaram
uma realidade particular como ponto de apoio na luta desesperada
pela sobrevivência. Certamente, as condições físicas e nutricionais influíram.
Mas, sem dúvida, a estrutura emocional foi decisiva na superação
daquela situação desesperadora.