COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
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64 Karla Armani Medeiros
Na parte de declamações, os poemas eram de autores brasileiros,
tais como Guilherme de Almeida, Suzana de Campos, Cassiano
Ricardo, Jonny Doin, Bastos Tigre, Oliveira Ribeiro Netto, Ricardo
Gonçalves, Belmiro Braga, Júlio Tinton e Margarida Lopes de
Almeida. As temáticas desses poemas também revelam o momento
da busca pela brasilidade, pelo florescimento do Brasil regional –
muitas vezes traduzido na (re)construção da identidade paulista,
do bandeirantismo 24 ; afinal, a maioria destes poetas era paulista.
Inclusive, era este o tema recorrente nas críticas de jornais sobre os
concertos de Haydée e das repercussões da IAB. São longas, bem
escritas e até poeticamente relatadas as opiniões sobre Haydée em
suas apresentações, visto que, em praticamente todas as 49 cidades
visitadas por ela, os jornais publicaram algo a seu respeito. Na
generalidade, as críticas se referiam ao aspecto técnico, como a
boa pedalização, seu senso interpretativo, a clareza na execução,
a sonoridade agradável, suas linhas melódicas e a personalidade
como solista. Ademais, eram sempre delicadamente citadas as
características físicas e pessoais de Haydée, como sua beleza, simpatia
e jovialidade. Sendo justamente o fato de ser jovem o aparato usado
nas poucas críticas desfavoráveis que sofreu 25 , como uma pianista
que ainda estava em construção, prevendo seu futuro promissor
e comparando-a, neste futuro, a nomes de pianistas consagradas
como Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro e Antonieta Rudge.
Nas reportagens das múltiplas cidades, Haydée era qualificada
e apresentada como “virtuose”, “peregrina artista”, “consagrada
pianista”, “pianista de escol”, “festejada pianista bandeirante” e “grande
embaixatriz” 26 . Vocábulos crônicos.
Palmas dos mais diversos públicos recebeu Haydée durante
as viagens, de Norte a Sul no Brasil, que empreendeu pela IAB,
oportunidade na qual conheceu capitais e cidades do Norte e
Nordeste do Brasil Central e do interior de São Paulo. Destas
viagens, destacam-se três excursões principais, sob a organização
da presidente Helena de Magalhães Castro: a primeira foi a
excursão ao Norte/Nordeste, em 1938, com o violinista Antonio
Ferrer 27 , onde conheceram Manaus, Belém, Ceará, Natal e Recife;
aportaram depois em Vitória (ES) e na capital Rio de Janeiro.