COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
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40 Fátima Abon Ali Simamura
que trouxe da cozinha entre os dentes de Linda, impedindo-a de gritar.
Já não enxergava a filha: ali estava sua Leila. Com toda volúpia beija as
costas da filha começando pela nuca e, depois, vai descendo até onde
alcançasse sem correr o risco de que ela se soltasse.
Linda se debate desesperada e, em vão, Mário continua acariciando
as suas costas com seus lábios e os ralos e espinhosos fios do bigode,
enquanto a prende sob suas pernas.
Mario não pensava mais em vingança: simplesmente, voltara no
tempo que tivera Leila pela primeira vez. Coloca Linda de barriga para
cima e extasiado, com toda força, comprime o tórax nos seios da filha
e em seus mamilos descobertos.
Dizendo obscenidades, chamando-a de Leila, com toda força rasga
sua ultima peça deixando-a inteiramente nua. Linda, sufocada pelo
corpo do pai, não tem mais forças para resistir. Desesperado de tanto
desejo, esfregando-se todo no corpo da filha, morde seus seios, suga-lhe
os mamilos como uma criança faminta, até que abaixa sua bermuda
e encosta seu membro entre as coxas da filha pronto para deflorar sua
virginal libido.
Mas Gabriel, como um anjo enviado por Deus, retorna a casa chamando
pelo patrãozinho e, pela porta dos fundos, chega rapidamente
na cozinha.
Mário não se dera conta. Estava com a apavorada Linda, há pelo
menos vinte minutos. Esquecera-se totalmente do vendedor de polpas.
Linda se aproveita do momento de surpresa e distração do pai, que fica
sem resguardo: num reflexo desesperado, acerta-lhe o joelho direito no
seu membro retesado. Mario, contorcendo-se de dor, perde o equilíbrio
e cai da cama — para sorte de Linda, ao lado oposto à porta. Ela, rapidamente,
foge, agarrando apenas a toalha que usara depois do banho,
antes de experimentar o vestido. Vai até a cozinha e pede socorro para
Gabriel. Tem tempo apenas de dizer que o pai estava louco, quando
ouvem um estampido vindo do quarto.
Mario, como que voltando de um transe, se dá conta de que seu plano
falhara. Depois que se deliciasse do corpo de Linda, pretendia matá-la
e, em seguida, se suicidar, numa louca e completa vingança. Mas o
desgraçado daquele maldito moleque, interessado em Linda, colocara tudo
a perder. Rapidamente vai até o guarda roupa e procura a arma que