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COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

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62 Karla Armani Medeiros

Haydée, que inaugurou e reinaugurou a IAB em Barretos, em 1935

e 1940, além da recente capital Goiânia (GO) e Araguari (MG) em

1938 e em Assis (SP) em 1941 14 . Em Barretos, a IAB funcionou

com subvenção da Prefeitura e do Grêmio Literário e Recreativo

de Barretos, clube tradicional e local de recepção e apresentação

de artistas importantes trazidos por Haydée pela IAB, tais como:

Dinorá de Carvalho, Helena de Magalhães Castro, Maria do Carmo

Botelho e Cândido de Arruda Botelho, Corrêa Júnior, Tito Schippa

e outros tantos.

A introspecção e a concentração da pianista em seus concertos

puderam ser vivenciadas pelos barretenses em vários momentos,

pois Haydée executou recitais e audições diversas vezes no Grêmio

Literário e Recreativo de Barretos, inclusive sob o patrocínio da IAB.

Entre os anos de 1935 a 1937, Haydée foi professora particular de

piano em Barretos, realizando recitais com suas alunas, expondo-as

em apresentações em homenagem à Santa Cecília 15 – a padroeira

da Música. Neste ínterim, foi homenageada em variadas ocasiões

na cidade, não só pelo Grêmio, mas por outras instituições, como

o Rotary e a ACIRB 16 . Do mesmo modo, Haydée era promotora

de recitais beneficentes em contribuição à igreja, à Vila dos Pobres,

ao Asilo “Anália Franco”, ao Asilo “Dr. Mariano Dias” e à

Santa Casa 17 , além de realizar recitais em benefício e incentivo a

outros colegas, como foi o caso do recital ao violinista barretense

Spartáco Rigonatti, também estudante do Conservatório, em 1934,

no Grêmio, promovido por Haydée e suas parceiras barretenses,

pianistas conservatorianas Adelaide Galati e Antonia Naves Vieira

Machado 18 . Ainda no Grêmio, Haydée realizou concerto com seu

professor de “Música de Câmara” do Conservatório, Zacarias

Autuori, em 1933, sendo uma apresentação que muito agradou ao

público, mais do que a própria vinda de Villa-Lobos dois anos antes:

“Foi mesmo, pelo encanto, pela atração, pela magia que exerceu sobre a

platéia, a maior festa, no genero, realizada em nossa terra, suplantando,

de muito, a da excursão Villa-Lobos. Villa-Lobos é, inegavelmente, uma

formidável compleição de artista, mas não soube fazer-se compreender pelo

nosso público. Autuori, ao contrário, egualmente grande e egualmente

perfeito, tem a seu favor um sentimento iluminado mercê do qual com

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