17.09.2020 Views

COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Lucimara Leite

Christine de Pizan nasceu em Veneza, em 1364. Seu pai, Thomas

de Pizan, era professor da Universidade de Bolonha; sobre sua

mãe, quase nada se sabe. Com 4 anos de idade, a pequena Christine

muda-se com a família para Paris, pois seu pai havia sido convidado

para trabalhar na corte do rei Charles V.

Em Paris, sob a orientação de seu pai, Christine inicia-se no mundo

das Letras. Graças à sua inclinação para o conhecimento e a posição

exercida por seu pai, teve acesso à grande biblioteca do rei, considerada

uma das melhores na época. Quando completou 15 anos, seu pai escolheu

para ela, como marido, Etienne Castel. Seu pai morreu em 1386 e,

três anos depois, seu marido, após dez anos de casamento feliz, como

ela mesma escreveu. A partir desse momento, sua posição muda. De

filha e esposa, agora dela depende o provimento da família: sua mãe e

seus três filhos.

Nesse momento de desamparo, ela encontrou refúgio nos estudos

para suas aflições. O conhecimento tornou-se também o modo de ganhar

o seu sustento e o da família.

A partir da boa recepção de seus textos, Christine começa a escrever

publicamente e adota o nome Pizan, para homenagear seu pai. Escritora

prolífica, em pouco tempo (1399-1405), produz uma obra com aproximadamente

quinze livros: poemas, tratados de Educação, morais e

políticos, entre outros. Destaca-se a temática do feminino, a apresentação

da ideia de que as diferenças entre homens e mulheres são de

origem social.

O interesse pela temática da igualdade da mulher apresentada por

Christine nos textos Cité des dames (1405) e Trois vertus (1406), nos quais

procura traçar o perfil de uma mulher medieval atuante, ativa, companheira

do marido, aconselhando-o e trabalhando a seu lado ou mesmo

na falta deste, quando assume a administração do reino, ou da fazenda,

ou da empresa de manufatura, do grande ou pequeno comércio, con-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!