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COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

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Poemas 27

EU, VOCÊ, NÓS

Eu, que sem permissão

Nem sinal entrei na tua vida,

Comecei a fazer parte dela.

Eu, que te fiz meu,

Sem poder te possuir.

Fiz ser tudo, menos homem.

Eu, que gemia, corria, sofria

E por ti tudo fazia.

Eu, que cheguei sorrindo

E saí chorando.

Que deixei de tudo

Para ser só sua.

Anulei a vida

Para viver você.

Fui deixando-me ao tempo

Para viver tormentos.

Você que, sem dó, atirou-me ao destino.

Que me amou uma só vez

E me fez amar sem direção.

Possuiu-me sem dar tempo...

Você, que fervilhou -me os nervos

Ditando intenções.

Joguei-me inteira;

Da mesma forma, fui jogada.

Vivemos o tudo,

Conhecemos o amor fatigado, o nada...

Choramos, sorrimos, vivemos

E nos desprezamos.

Saímos dos limites

Sem regras, nem leis

Lutamos, perdemos, sofremos e esquecemos.

Nós, que ao darmos as mãos

Numa união traiçoeira

Morremos...

Nós...

Nos acabamos.

Eu, você, nós...

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