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COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

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118 Quando o amor é mais forte

tusiasmada, sonhando com sua primeira escola e queria conhecê-la.

Como todos trabalhavam, esperou sábado para Paulo, seu irmão, levá-

-la até a fazenda. Saíram cedo. Sua mãe, Paulo e Ana.

Apenas alguns quilômetros e lá estavam na entrada da fazenda. Não

era uma qualquer. A entrada principal era cercada por uma guarita,

onde um guarda uniformizado tomava conta. No interfone, Paulo falou

o motivo da visita. Após alguns minutos, o grande portão se abriu e

o guarda mostrou onde ficava a escola, no interior do pátio da fazenda.

Infelizmente, estava fechada e o administrador da fazenda não estava

em casa. Foram até a casa principal e a senhora que os atendeu

não tinha como ajudar, pois não possuía a chave. Um pouco ansiosa e

decepcionada Ana falou para sua mãe e irmão:

Tudo bem. Voltaremos outro dia... pelo menos sabemos o caminho e onde

está localizada a escola da fazenda Boa Vista.

Não desistiu nem esperou. No dia seguinte, após o almoço, Ana e

sua mãe se dirigiram até a fazenda. Agora sim! Localizaram o administrador

que, gentilmente, mostrou a elas a escola. Havia mais uma

professora na fazenda e Ana lecionaria para a primeira série, enquanto

a outra professora ficaria com a segunda. As crianças das duas séries

seguintes estudavam na cidade. Logo que saíram da escola com o administrador,

depararam-se com um rapaz muito elegante, em um lindo

cavalo preto. Era o dono da fazenda.

Haroldo era o seu nome. Desceu do cavalo para cumprimentá-las.

Rapaz de boa aparência, educado, com um lindo sorriso. Ana se encantou

por ele — e o olhar com que ele lhe retribuiu fez tremer suas pernas.

Dois dias antes do início do ano letivo, foi abrir a escola e ver se estava

em condições de ser usada. Encontrou-a impecável, limpa e organizada.

Ainda estava olhando alguns quadros da professora da segunda

série quando sentiu alguém a suas costas.

Quando se virou levou um grande susto. Era Haroldo.

- Oi, tudo bem? Sou Haroldo! Você se assustou?

- Não, respondi. Eu estava distraída...

Haroldo, rapaz acostumado a ser paquerado pelas jovens, tentou,

pela primeira vez, tomar a iniciativa e mostrar sua lábia para ela. Ana

contou que o tratou com distância e elegância.

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