COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
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Mulher, Seja! 109
membros da família e que mais de 80% destes são do sexo feminino.
A literatura científica também revela que as mulheres não atuam
apenas como principais cuidadoras junto à idosos adoecidos; elas
também são as principais cuidadoras quando as crianças da família,
seus filhos, adoecem, .
Mas a mulher que antes se responsabiliza apenas por sua família
e fazia “tudo sempre igual”... que esperava o marido, no portão, para
o jantar... e falava para ele se cuidar além das outras coisas “que diz
toda mulher” 8 , agora faz mais. Muito mais! E fala o que quiser!
Segundo o IGBE 4 , a participação da mulher no mercado de
trabalho aumentou de modo significativo, assim como o seu tempo
dedicado aos estudos. Os dados do IBGE 4 também evidenciam q
ue a mulher tem conquistado seu espaço em cargos administrativos
de empresas privadas e no governo. Aquela que até 1934 não podia
votar, agora pode (e deve, quando achar conveniente) assumir cargos
políticos e ser, em qualquer espaço, a mulher que deseja ser!
Assim temos, ao longo da história, uma mudança no ser mulher.
Aquela que antes era apenas a responsável pelos cuidados com a
família e a casa, agora pode ser responsável pelo que quiser, pode
exercer as funções que mais lhe agrada e pode definir-se como
quiser. Neste sentido, Borsa e Feil afirmam que até meados do
séculos XX, a mulher tinha como atividade principal a maternidade,
que consistia nos cuidados com os filhos e no dever de ser uma
boa mãe; contudo, a partir dos anos sessenta a mulher passou a
questionar o dever da maternidade e consequentemente pode fazer
novas escolhas. Abriu-se a possibilidade do não ser mãe, do finalizar
um casamento, do trabalhar fora de casa, de ser quem quisesse ser.
Abriu-se a possibilidade de ter diversas facetas e não apenas uma.
A mulher que antes foi obrigada por uma sociedade a ser a
“Amélia, que não tinha a menor vaidade”, agora “vira a mesa, assume o
jogo” e entende que “Não precisa ser Amélia pra ser de verdade”.
Bia Ferreira, na música “Não Precisa Ser Amélia”, canta para todas
as mulheres (e homens também, para que fiquem cientes!) “Cê tem a
liberdade pra ser quem você quiser. Seja preta, indígena, trans, nordestina.
Não se nasce feminina, torna-se mulher.”.
A mulher que antes era apenas “a mãe e a esposa” pode agora