Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
we<br />
Mkt<br />
Umanoi<strong>de</strong>/Unsplash<br />
O Mágico <strong>de</strong> Oz<br />
“Agora sei que tenho um<br />
coração porque está doendo”<br />
Mágico <strong>de</strong> Oz, Lyman Frank Baum<br />
Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />
anos <strong>de</strong>pois, o mega best-seller <strong>de</strong><br />
120 Lyman Frank Baum – mais <strong>de</strong> 100<br />
milhões <strong>de</strong> cópias – continua ven<strong>de</strong>ndo às<br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhares todos os anos. E não<br />
existe a menor perspectiva que vá parar tão<br />
cedo... No original, primeira edição <strong>maio</strong><br />
<strong>de</strong> 1900, The Won<strong>de</strong>rful Wizard Of Oz; em<br />
Portugal, O Maravilhoso Feiticeiro <strong>de</strong> Oz; no<br />
Brasil, O Maravilhoso Mágico <strong>de</strong> Oz; e nos<br />
cinemas O Mágico <strong>de</strong> Oz.<br />
Frank Baum é da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Chittenango,<br />
Nova York, USA, 1856, e morreu na Califórnia,<br />
Hollywood, 1919. Quatro filhos<br />
homens, e casado com Maud Gage Baum.<br />
Sétimo filho <strong>de</strong> nove e Lyman em homenagem<br />
a um tio. Pai rico, com campos <strong>de</strong> petróleo<br />
na Pensilvânia. Estuda na Aca<strong>de</strong>mia<br />
Militar <strong>de</strong> Peekskill, Nova York, e por um<br />
problema no coração volta para casa. Escrevia<br />
o tempo todo. Trabalha com teatro, cria<br />
aves exóticas, e mais adiante cuida <strong>de</strong> uma<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> teatros que pertencia a seu pai.<br />
Em 1888, com Maud mudam-se para<br />
Dakota do Sul, on<strong>de</strong> tinham um bazar.<br />
Mais adiante fixa residência em Chicago,<br />
trabalha como repórter para o The Evening<br />
Post. Em 1900, vive sua epifania, escreve O<br />
Mágico <strong>de</strong> Oz, em parceria com o ilustrador<br />
William Wallace Denslow. Despe<strong>de</strong>-se em<br />
5 <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> 1919, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> um<br />
AVC – Aci<strong>de</strong>nte Vascular Cerebral.<br />
do filme, e na voz <strong>de</strong> Judy Garland, outra<br />
música, periférica, brutal, <strong>de</strong>vastadora,<br />
na voz <strong>de</strong> Billie Holiday, que quase nunca<br />
conseguia chegar ao final <strong>de</strong> tão emocionada<br />
que ficava, Strange Fruit, <strong>de</strong>screvendo<br />
os negros que amanheciam <strong>de</strong>pendurados<br />
nas árvores, faz o contraponto. Over The<br />
Rainbow nas superfícies, nas gran<strong>de</strong>s avenidas,<br />
e Strange Fruit, nos jazz club, becos,<br />
periferias, comunida<strong>de</strong>s, guetos...<br />
De alguma maneira, esses 120 anos que<br />
agora se completam encerram um gran<strong>de</strong><br />
ciclo. Que contemplou crises, recessões,<br />
duas Gran<strong>de</strong>s Guerras, a reunião <strong>de</strong> Bretton<br />
Woods, a conquista do microchip e do<br />
qual <strong>de</strong>correu o 4º ambiente do universo,<br />
a Digisfera, e agora nos encontramos numa<br />
espécie <strong>de</strong> cais do mundo velho, todos os<br />
bilhões <strong>de</strong> habitantes da Terra, esperando<br />
pelo navio que nos levará para o lado <strong>de</strong> lá.<br />
Para o segundo tempo da história da humanida<strong>de</strong>.<br />
Do Admirável Mundo Novo que<br />
está nascendo. E que, e <strong>de</strong> certa forma foi<br />
anunciado na música cantada por Louis Armstrong,<br />
What a Won<strong>de</strong>rful World...<br />
Retoma, na letra, o mesmo Arco-íris <strong>de</strong><br />
Over The Rainbow, mas afirma que as mesmas<br />
e lindas cores do Arco-íris, “The colors<br />
of the rainbow so pretty in <strong>de</strong> the sky”,<br />
também encontram-se presentes, ao nosso<br />
lado, e em todas as pessoas com que cruzamos<br />
pela vida, “Are also on the faces of<br />
people passing by”...<br />
O livro vira filme em 1939. Começa em<br />
preto e branco, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguns minutos<br />
ganha cor. O primeiro registro <strong>de</strong> filmes<br />
coloridos <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> da história do cinema.<br />
Por essa razão, filme escolhido para<br />
a estreia da TV em cores nos Estados Unidos,<br />
por começar PB e, <strong>de</strong> repente, cores. O<br />
casting precisa ser refeito. Um outro filme,<br />
do mesmo ano, 1939, O Vento Levou, rouba<br />
meta<strong>de</strong> do elenco. Poucos meses da estreia<br />
eclo<strong>de</strong> a 2ª Gran<strong>de</strong> Guerra. Além da música<br />
tema do filme, Over The Rainbow, que domina<br />
corações e mentes a partir da estreia<br />
É, isso amigos. Tenho certeza que a pan<strong>de</strong>mia<br />
mexeu com tudo em nossa vida. E<br />
muito especialmente com sentimentos <strong>de</strong>finitivos<br />
e verda<strong>de</strong>iros, provisoriamente<br />
esquecidos ou encolhidos num dos cantos<br />
<strong>de</strong> nossos corações e mentes, diante da balburdia<br />
e alucinação dos tempos mo<strong>de</strong>rnos.<br />
Mas que a pan<strong>de</strong>mia faz por <strong>de</strong>spertar. Mais<br />
que convencido que o verda<strong>de</strong>iro caminho<br />
e sentido <strong>de</strong> nossas vidas, seres humanos, a<br />
partir <strong>de</strong>sta pan<strong>de</strong>mia, voltam a prevalecer.<br />
Como nos ensinou Vinicius <strong>de</strong> Moraes, “para<br />
isso fomos feitos, amar e ser amados...”.<br />
Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />
é consultor <strong>de</strong> marketing<br />
famadia@madiamm.com.br<br />
20 3 <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2021</strong> - jornal propmark