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Beatriz Basilio: aquecimento atrelado<br />
Daniel Soro: mais acostumados à situação<br />
Ingrid Raszl: muitos orçamentos<br />
Marcelo Altschuler: <strong>de</strong>manda reprimida<br />
nhas locais, regionais e globais, já havíamos<br />
percebido uma retomada econômica real na<br />
Europa, Ásia e Estados Unidos. Agora, vemos<br />
projetos globais voltando a ser produzidos no<br />
Brasil. Neste momento, por exemplo, estamos<br />
em um projeto com a Inglaterra”.<br />
Marcella Feo, produtora-executiva da Boiler,<br />
também fala que estão aos poucos retomando<br />
as produções, mas sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> seguir<br />
os protocolos <strong>de</strong> segurança. “A produção<br />
nessa fase é <strong>de</strong>safiadora, poucas pessoas no<br />
set e poucas horas <strong>de</strong> diária, mas ainda assim<br />
sinto que as produções estão voltando”.<br />
Marianna afirma que tem observado um<br />
aumento no volume <strong>de</strong> orçamentos, muito<br />
impulsionado por datas comemorativas,<br />
como a Páscoa e o Dia das Mães. “Essas datas<br />
servem sempre <strong>de</strong> estímulo para um incremento<br />
nas produções”.<br />
Altschuler, no entanto, <strong>de</strong>clara não saber<br />
se po<strong>de</strong> dizer que houve aumento, “já que<br />
durante o primeiro trimestre inteiro quase<br />
não houve produções”. “Parece que havia<br />
uma <strong>de</strong>manda reprimida por vários fatores e,<br />
agora, estão sendo contempladas para valer.<br />
A insegurança permanece na medida em que<br />
ainda não está claro como a pan<strong>de</strong>mia vai se<br />
comportar por aqui. Pelo jeito, infelizmente, é<br />
possível que essa intermitência persista ainda<br />
por um tempo, enquanto a pan<strong>de</strong>mia não for<br />
controlada <strong>de</strong> acordo”, arrisca.<br />
A executiva da Stink acredita que “houve<br />
rápida recuperação”. “Muitos filmes que não<br />
podiam ser feitos remotamente estavam represados<br />
e aguardando a flexibilização para<br />
po<strong>de</strong>rem ser realizados”, relata.<br />
Marianna fala ainda da rigi<strong>de</strong>z com os protocolos<br />
<strong>de</strong> segurança. “O ano passado nos<br />
mostrou que os protocolos funcionam. O set<br />
<strong>de</strong> filmagem se mostrou um lugar <strong>de</strong> pouco<br />
contágio e <strong>de</strong> muita rigi<strong>de</strong>z com os protocolos.<br />
Então, entendo que se queremos continuar<br />
filmando e sem contaminação o único caminho<br />
é seguir o protocolo com rigi<strong>de</strong>z. Não<br />
é fácil! Produções são necessariamente uma<br />
ativida<strong>de</strong> que inclui muita gente e muitas horas<br />
<strong>de</strong> trabalho”, analisa. Mas, segundo ela,<br />
aos poucos vão <strong>de</strong>scobrindo outras formas <strong>de</strong><br />
fazer e otimizando nossas necessida<strong>de</strong>s.<br />
Altschuler agra<strong>de</strong>ce aos céus os protocolos<br />
do setor, “chancelados pelas principais<br />
entida<strong>de</strong>s que o representam, pois se mostrou<br />
superseguro e eficiente, cumprindo-se<br />
<strong>de</strong> maneira correta, o que refletiu no baixíssimo<br />
número <strong>de</strong> casos ao longo dos últimos<br />
nove meses”. “Quanto à rigi<strong>de</strong>z, acredito<br />
que ela permanece, pelo menos aqui na Saigon,<br />
o que mudou foram alguns critérios, que<br />
permitiram que a <strong>maio</strong>r parte das produções<br />
inviáveis até o momento pu<strong>de</strong>ssem ser retomadas”,<br />
argumenta. Ele cita como exemplo,<br />
autorizações para filmar em lugares públicos,<br />
durante o dia, com algumas pessoas no set,<br />
pouco ainda, mas o suficiente para que o mercado<br />
acordasse <strong>de</strong> um período no qual se orçou<br />
muito, se negociou bastante, mas que na<br />
hora h não iam adiante. “E agora estão indo”.<br />
A executiva da Stink Films também fala do<br />
protocolo, que continua rígido. Segundo ela,<br />
é o mesmo com relação aos cuidados, higienização,<br />
testes a cada quatro dias, controle sanitário,<br />
porém “ao sair da fase remota <strong>de</strong>vem<br />
ter uma equipe <strong>maio</strong>r envolvida no set <strong>de</strong> filmagem<br />
e presencialmente”.<br />
Soro fala que agora, durante a flexibilização<br />
em São Paulo, as produções foram retomadas<br />
com um “protocolo ainda mais rígido<br />
do que antes”. “Sabemos que os números da<br />
pan<strong>de</strong>mia parecem estar melhorando, mas<br />
ainda vivemos num patamar que exige todo<br />
o cuidado das produtoras e <strong>de</strong> todo o setor”.<br />
“Mesmo com a mudança da fase em São<br />
Paulo, a situação continua bastante crítica e<br />
o mercado <strong>de</strong> produção publicitária tem se<br />
organizado <strong>de</strong> maneira bastante séria em relação<br />
à mitigação <strong>de</strong> riscos, o que faz <strong>de</strong> nós<br />
um dos segmentos com os menores níveis <strong>de</strong><br />
contaminação”, cita Cris Almeida.<br />
E Beatriz Basilio acrescenta: “Ao mesmo<br />
tempo, po<strong>de</strong> existir uma percepção <strong>de</strong> que<br />
os protocolos estão menos rígidos pela varieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> estilos das campanhas publicitárias.<br />
Mérito das produtoras, que encontraram novas<br />
formas <strong>de</strong> filmar e <strong>de</strong> cocriar com os clientes,<br />
respeitando os protocolos. Tivemos <strong>de</strong><br />
nos reinventar”.<br />
jornal propmark - 3 <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2021</strong> 31