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Edição de 3 de maio de 2021

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Beatriz Basilio: aquecimento atrelado<br />

Daniel Soro: mais acostumados à situação<br />

Ingrid Raszl: muitos orçamentos<br />

Marcelo Altschuler: <strong>de</strong>manda reprimida<br />

nhas locais, regionais e globais, já havíamos<br />

percebido uma retomada econômica real na<br />

Europa, Ásia e Estados Unidos. Agora, vemos<br />

projetos globais voltando a ser produzidos no<br />

Brasil. Neste momento, por exemplo, estamos<br />

em um projeto com a Inglaterra”.<br />

Marcella Feo, produtora-executiva da Boiler,<br />

também fala que estão aos poucos retomando<br />

as produções, mas sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> seguir<br />

os protocolos <strong>de</strong> segurança. “A produção<br />

nessa fase é <strong>de</strong>safiadora, poucas pessoas no<br />

set e poucas horas <strong>de</strong> diária, mas ainda assim<br />

sinto que as produções estão voltando”.<br />

Marianna afirma que tem observado um<br />

aumento no volume <strong>de</strong> orçamentos, muito<br />

impulsionado por datas comemorativas,<br />

como a Páscoa e o Dia das Mães. “Essas datas<br />

servem sempre <strong>de</strong> estímulo para um incremento<br />

nas produções”.<br />

Altschuler, no entanto, <strong>de</strong>clara não saber<br />

se po<strong>de</strong> dizer que houve aumento, “já que<br />

durante o primeiro trimestre inteiro quase<br />

não houve produções”. “Parece que havia<br />

uma <strong>de</strong>manda reprimida por vários fatores e,<br />

agora, estão sendo contempladas para valer.<br />

A insegurança permanece na medida em que<br />

ainda não está claro como a pan<strong>de</strong>mia vai se<br />

comportar por aqui. Pelo jeito, infelizmente, é<br />

possível que essa intermitência persista ainda<br />

por um tempo, enquanto a pan<strong>de</strong>mia não for<br />

controlada <strong>de</strong> acordo”, arrisca.<br />

A executiva da Stink acredita que “houve<br />

rápida recuperação”. “Muitos filmes que não<br />

podiam ser feitos remotamente estavam represados<br />

e aguardando a flexibilização para<br />

po<strong>de</strong>rem ser realizados”, relata.<br />

Marianna fala ainda da rigi<strong>de</strong>z com os protocolos<br />

<strong>de</strong> segurança. “O ano passado nos<br />

mostrou que os protocolos funcionam. O set<br />

<strong>de</strong> filmagem se mostrou um lugar <strong>de</strong> pouco<br />

contágio e <strong>de</strong> muita rigi<strong>de</strong>z com os protocolos.<br />

Então, entendo que se queremos continuar<br />

filmando e sem contaminação o único caminho<br />

é seguir o protocolo com rigi<strong>de</strong>z. Não<br />

é fácil! Produções são necessariamente uma<br />

ativida<strong>de</strong> que inclui muita gente e muitas horas<br />

<strong>de</strong> trabalho”, analisa. Mas, segundo ela,<br />

aos poucos vão <strong>de</strong>scobrindo outras formas <strong>de</strong><br />

fazer e otimizando nossas necessida<strong>de</strong>s.<br />

Altschuler agra<strong>de</strong>ce aos céus os protocolos<br />

do setor, “chancelados pelas principais<br />

entida<strong>de</strong>s que o representam, pois se mostrou<br />

superseguro e eficiente, cumprindo-se<br />

<strong>de</strong> maneira correta, o que refletiu no baixíssimo<br />

número <strong>de</strong> casos ao longo dos últimos<br />

nove meses”. “Quanto à rigi<strong>de</strong>z, acredito<br />

que ela permanece, pelo menos aqui na Saigon,<br />

o que mudou foram alguns critérios, que<br />

permitiram que a <strong>maio</strong>r parte das produções<br />

inviáveis até o momento pu<strong>de</strong>ssem ser retomadas”,<br />

argumenta. Ele cita como exemplo,<br />

autorizações para filmar em lugares públicos,<br />

durante o dia, com algumas pessoas no set,<br />

pouco ainda, mas o suficiente para que o mercado<br />

acordasse <strong>de</strong> um período no qual se orçou<br />

muito, se negociou bastante, mas que na<br />

hora h não iam adiante. “E agora estão indo”.<br />

A executiva da Stink Films também fala do<br />

protocolo, que continua rígido. Segundo ela,<br />

é o mesmo com relação aos cuidados, higienização,<br />

testes a cada quatro dias, controle sanitário,<br />

porém “ao sair da fase remota <strong>de</strong>vem<br />

ter uma equipe <strong>maio</strong>r envolvida no set <strong>de</strong> filmagem<br />

e presencialmente”.<br />

Soro fala que agora, durante a flexibilização<br />

em São Paulo, as produções foram retomadas<br />

com um “protocolo ainda mais rígido<br />

do que antes”. “Sabemos que os números da<br />

pan<strong>de</strong>mia parecem estar melhorando, mas<br />

ainda vivemos num patamar que exige todo<br />

o cuidado das produtoras e <strong>de</strong> todo o setor”.<br />

“Mesmo com a mudança da fase em São<br />

Paulo, a situação continua bastante crítica e<br />

o mercado <strong>de</strong> produção publicitária tem se<br />

organizado <strong>de</strong> maneira bastante séria em relação<br />

à mitigação <strong>de</strong> riscos, o que faz <strong>de</strong> nós<br />

um dos segmentos com os menores níveis <strong>de</strong><br />

contaminação”, cita Cris Almeida.<br />

E Beatriz Basilio acrescenta: “Ao mesmo<br />

tempo, po<strong>de</strong> existir uma percepção <strong>de</strong> que<br />

os protocolos estão menos rígidos pela varieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> estilos das campanhas publicitárias.<br />

Mérito das produtoras, que encontraram novas<br />

formas <strong>de</strong> filmar e <strong>de</strong> cocriar com os clientes,<br />

respeitando os protocolos. Tivemos <strong>de</strong><br />

nos reinventar”.<br />

jornal propmark - 3 <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2021</strong> 31

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