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ABL-076 - Sonetos e rimas - L... - Academia Brasileira de Letras

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� Apresentação<br />

JANO VISITA O PARNASO<br />

Gilberto Araújo<br />

E mbora a maioria das histórias da literatura brasileira atribua<br />

às Poesias (1888), <strong>de</strong> Olavo Bilac, o marco zero do parnasianismo<br />

no Brasil, parcela significativa das obras do movimento foi<br />

editada antes <strong>de</strong>ssa data. De fato, na primeira meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong><br />

1880, aparecem livros tanto pre<strong>de</strong>cessores quanto já consolidadores<br />

da estética parnasiana. No âmbito dos precursores, convivem,<br />

pulverizando a “I<strong>de</strong>ia Nova”, diferentes correntes literárias, com<br />

propostas e características diversas,todas,porém,<strong>de</strong>negatóriasdo<br />

romantismo, sobretudo em seus traços <strong>de</strong> sentimentalismo excessivo<br />

e <strong>de</strong> “distração formal”. Alinham-se nesse viés combativo a poesia<br />

científica <strong>de</strong> Martins Júnior, teorizada em A Poesia Científica<br />

(1883) e sofrivelmente praticada em Estilhaços (1885), bem como os<br />

Cantos do Fim do Século (1878), <strong>de</strong> Sílvio Romero; o quinhão socialista<br />

<strong>de</strong> Lúcio <strong>de</strong> Mendonça, estampado em Alvoradas (1875) e Vergastas<br />

(1889), e <strong>de</strong> Fontoura Xavier, em Opalas (1884); a poesia<br />

sensual e realista <strong>de</strong> Carvalho Júnior em Parisina (1879). Ainda na

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