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edição de 10 de julho de 2023

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propaganda”<br />

Alê Oliveira<br />

valor agregado. O <strong>de</strong>safio é se tornar uma nova agência<br />

para o mesmo cliente a cada ano. É por meio da criativida<strong>de</strong><br />

que essa reinvenção ocorre. Temos consistência. Já<br />

ganhamos quatro vezes como Agência do Ano. Do Brasil,<br />

a última Agência do Ano em Cannes foi a AlmapBBDO,<br />

e quando tem Agência da Década no festival, mostra a<br />

nossa consistência e crença no trabalho.<br />

“Acho um erro se<br />

promover à custa<br />

<strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s que<br />

são obrigações<br />

das pessoas”<br />

CrítiCa<br />

O Brasil sempre foi um país <strong>de</strong> misturas, caloroso,<br />

alegre, receptivo, colorido e criativo. Essa criativida<strong>de</strong><br />

vem da diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas. Sempre acreditei nesse<br />

colorido, e Já tínhamos essa crença, na diversida<strong>de</strong> e<br />

inclusão, muito antes disso virar tendência. Mas nunca<br />

usamos isso para fazer autopromoção. Acho um erro se<br />

promover à custa <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s que são obrigações das<br />

pessoas. Tem <strong>de</strong> fazer, e não falar. Colocamos diversida<strong>de</strong><br />

na nossa comunicação há muitos anos. Boticário é<br />

um exemplo. Se somos um país <strong>de</strong> misturas, a comunicação<br />

precisa refletir isso. Devemos incentivar, mas não<br />

necessariamente porque esse é um problema histórico.<br />

Isso leva tempo para equilibrar. Não dá para transformar<br />

o Brasil em um país <strong>de</strong> Primeiro Mundo em uma semana.<br />

Não acredito na autopromoção como forma <strong>de</strong> diferenciação<br />

competitiva.<br />

n da AlmapBBDO, visita escritório brasileirao, na região Sul <strong>de</strong> SP<br />

sentimentos<br />

Não acredito que as pessoas não queiram mais ver<br />

filme. O que impacta é um estímulo em ví<strong>de</strong>o contado <strong>de</strong><br />

forma diferenciada, seja por uma ativação, experimento<br />

ou emocionando as pessoas. Isso é a reinvenção da propaganda,<br />

com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> engajar, tocar o coração, recriar<br />

momentos especiais. Tem o lado do humor também, que<br />

precisa ser resgatado. Tudo ficou muito chato. O fator social<br />

é um dos motivos, com as re<strong>de</strong>s sociais sendo utilizadas<br />

para polarizações. Fala-se tanto em empatia, mas<br />

pouca gente pratica. Qualquer opinião contrária é bombar<strong>de</strong>ada,<br />

não há diálogo. As re<strong>de</strong>s sociais não dialogam.<br />

De uma certa forma, elas abastecem clusters com um<br />

ódio ou uma utopia. As marcas passaram a ter dificulda<strong>de</strong><br />

em transitar nesse ambiente. Aí veio a pan<strong>de</strong>mia,<br />

um momento <strong>de</strong>licado, <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> emocional, e as<br />

marcas ficaram com medo <strong>de</strong> usar o humor. Precisamos<br />

voltar a rir juntos, e não rir do outro. Rir é uma das qualida<strong>de</strong>s<br />

do brasileiro. Está na nossa música, no samba, faz<br />

parte da nossa cultura.<br />

resgate<br />

Marcas <strong>de</strong>vem retomar o protagonismo, ter ousadia e<br />

coragem. Falar com o coração das pessoas. Venda é consequência<br />

<strong>de</strong> construção <strong>de</strong> marca e não <strong>de</strong> trabalhos<br />

imediatistas que temos visto por aí, <strong>de</strong> agências novas.<br />

Tudo que é novo fica velho. Boticário, Volkswagen, Havaianas<br />

são exemplos <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> marca, que tem<br />

jornal propmark - <strong>10</strong> <strong>de</strong> <strong>julho</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 19

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