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edição de 10 de julho de 2023

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“O posicionamento da Mastercard<br />

é uma continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

posicionamento <strong>de</strong> 25 anos”<br />

Qual é o posicionamento da marca?<br />

O posicionamento da Mastercard é uma continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um posicionamento <strong>de</strong> 25<br />

anos. A gente continua sendo a marca do que não tem preço. Óbvio, evoluindo ano a<br />

ano. “Priceless” foi lançado 25 anos atrás, quando a socieda<strong>de</strong> era muito mais monetária.<br />

A gente evoluiu para a experiência e <strong>de</strong>pois, na pré-pan<strong>de</strong>mia, colocamos o consumidor<br />

no centro com “Comece o que não tem preço”. E hoje o nosso posicionamento,<br />

ainda na chancela <strong>de</strong> “Priceless”, é enten<strong>de</strong>r o que não tem preço para você. O nosso<br />

olhar <strong>de</strong> marca é enten<strong>de</strong>r as diferenças. Hoje o nosso posicionamento tem como objetivo<br />

olhar o indivíduo. E isso reflete em <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a forma como a marca se comunica até a<br />

forma como trabalhamos as experiências. A plataforma priceless.com tem experiências<br />

em mais <strong>de</strong> 50 países, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma experiência em um restaurante cozinhando com o<br />

chef até <strong>de</strong>sconto em hotel <strong>de</strong> luxo. O não tem preço continua como uma plataforma,<br />

<strong>de</strong> experiências, <strong>de</strong> benefícios, <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos e <strong>de</strong> comunicação também.<br />

Quem criou o “Priceless”?<br />

A McCann global. Aqui no Brasil somos atendimentos pela WMcCann e, globalmente,<br />

continua sendo a McCann. Também trabalhamos com a MRM para CRM e a JeffreyGroup,<br />

<strong>de</strong> comunicação.<br />

O posicionamento da marca está muito atrelado às experiências?<br />

Sim, às experiências e à evolução para uma marca que a gente chama <strong>de</strong> multissensorial.<br />

Nos últimos <strong>de</strong>z anos, houve uma aceleração muito gran<strong>de</strong> da digitalização e cada<br />

vez menos as pessoas usam o cartão físico. E aí pensamos: como garantir que a Mastercard<br />

continue na cabeça e no dia a dia do consumidor <strong>de</strong> outras formas que não seja somente<br />

segurando o nosso cartão a cada transação. Com isso, há cinco anos, começou a<br />

mudar e evoluir alguns elementos da marca. O primeiro foi o logo, que ficou muito mais<br />

simples. Simplificamos os círculos e tiramos a palavra Mastercard. E foi muito positivo<br />

porque o consumidor já tinha um reconhecimento muito alto, a gente não per<strong>de</strong>u recall<br />

<strong>de</strong> marca. Pelo contrário, melhorou a nossa lembrança <strong>de</strong> marca, porque a visualização,<br />

principalmente nos canais digitais, melhorou muito. E, <strong>de</strong>pois, passamos para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> uma marca sonora, a sonic branding. Sonic branding tem uma melodia<br />

<strong>de</strong> aceitação quando passa o cartão. No Brasil, quase 30 milhões <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> venda<br />

têm o sonic branding, entre pontos físicos e carteiras digitais. A Mastercard usa o som<br />

em toda a sua propaganda, nas comunicações. Hoje, temos um repositório com mais <strong>de</strong><br />

<strong>10</strong>0 músicas, criadas a partir <strong>de</strong>ssa melodia. De novo, sempre pensando como a gente<br />

consegue se conectar com o consumidor em todos as esferas. Recentemente, a Mastercard<br />

lançou um perfume globalmente, com o nome Priceless. A fragrância ainda não<br />

chegou ao Brasil. Os círculos são otimismo e paixão. O vermelho é paixão e o amarelo<br />

é otimismo. E, no Brasil, a gran<strong>de</strong> materialização da estratégia <strong>de</strong> multissensorialida<strong>de</strong><br />

é o restaurante Priceless (localizado no rooftop do Shopping Light, no centro <strong>de</strong> São<br />

Paulo), consi<strong>de</strong>rado o melhor restaurante <strong>de</strong> comida brasileira no país.<br />

E em relação aos patrocínios, o que a Mastercard vem fazendo ?<br />

Somos patrocinadores da CBF, <strong>de</strong> todas as seleções brasileiras, da Copa América Feminina,<br />

da Libertadores, masculina e feminina, e UEFA Champions League. Esses são os<br />

nossos principais patrocínios <strong>de</strong> futebol. Também temos League of Legends. A nossa<br />

estratégia <strong>de</strong> patrocínios é movida por paixões. A gente sempre tem esse pensamento<br />

do que não tem preço. O que não tem preço para as pessoas é o que move elas emocionalmente.<br />

Por isso, nossa estratégia <strong>de</strong> patrocínio é construída por pilares <strong>de</strong> paixão,<br />

como esportes, arte, gastronomia e entretenimento. E a gente sempre tenta trazer histórias<br />

que não têm preço ou algo <strong>de</strong> impacto.<br />

Como o que, por exemplo?<br />

No ano passado, por exemplo, para League of Legends a gente trouxe a campanha<br />

chamada “Unknown legends”. Falamos dos heróis <strong>de</strong>sconhecidos <strong>de</strong>ntro do League of<br />

Legends, principalmente dos grupos minoritários, dos players que não têm visibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntro do jogo. A Mastercard tenta fazer esse mix <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> pautas <strong>de</strong> inclusão<br />

com os nossos patrocínios. Também no ano passado, a gente criou o programa<br />

“Elas em campo” para o futebol feminino. Eram duas ações, uma foi uma websérie que<br />

mostrava 11 mulheres que trabalhavam para a seleção, ou seja, quem estava por trás.<br />

E fizemos uma parceria com a CBF Aca<strong>de</strong>my e as mulheres tinham <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> <strong>10</strong>%<br />

nos cursos, porque são cursos bastante caros para a profissionalização no futebol. A<br />

gente dava visibilida<strong>de</strong> para as histórias inspiradoras, mas tinha uma ação para mudar<br />

o ecossistema.<br />

E quais são os principais <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> negócios para a marca?<br />

Acho que o nosso principal <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> marketing é continuar a consistência e a relevância<br />

para o consumidor, e construir uma imagem <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> tecnologia<br />

<strong>de</strong> meios <strong>de</strong> pagamento para o B2B. É mostrar para os tomadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão que a<br />

Mastercard é mais do que cartão. Hoje, a Mastercard se posiciona como uma empresa<br />

<strong>de</strong> tecnologia, <strong>de</strong> serviços e soluções <strong>de</strong> meio <strong>de</strong> pagamento. Nesse mundo com tanta<br />

coisa acontecendo, tantos estímulos, como se manter relevante? A forma como nós<br />

acreditamos é usar a tecnologia, todas as ferramentas disponíveis e nunca esquecer da<br />

parte emocional, que é o que nos conecta e nos diferencia. E a conexão com a socieda<strong>de</strong>,<br />

sempre trabalhando em alguma causa, com propósito. O tripé propósito, posicionamento<br />

claro e uso das tecnologias é o que faz com que a Mastercard continue relevante<br />

para o consumidor.<br />

Como é a relevância do Brasil para a operação global?<br />

O Brasil é muito relevante para a Mastercard, está entre os três primeiros ou maiores<br />

países <strong>de</strong> toda a operação.<br />

A cibersegurança é consi<strong>de</strong>rada uma questão crítica para os cartões<br />

e bancos?<br />

Essa é a essência da nossa tecnologia. A Mastercard não emite, não ven<strong>de</strong> cartões,<br />

quem ven<strong>de</strong> é o banco. O nosso serviço é garantir que esse sistema funcione<br />

<strong>de</strong> uma forma simples, segura e rápida. Nossa expertise é garantir que isso aconteça.<br />

O nosso investimento em soluções antifrau<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> cibersegurança, é altíssimo.<br />

Cibersegurança é uma preocupação diária, tanto que a companhia ven<strong>de</strong><br />

soluções <strong>de</strong> cibersegurança que vão além dos nossos parceiros. As frau<strong>de</strong>s hoje,<br />

principalmente nos cartões, no core business, não são altas. O que acontece é a engenharia<br />

social, o fator do humano na tecnologia. Os golpes continuam os mesmos,<br />

eles só evoluíram com a tecnologia. Hoje os golpistas ‘pe<strong>de</strong>m’ dinheiro via Whats-<br />

App, por exemplo. O nosso trabalho é evoluir no mesmo passo que a engenharia social<br />

evolui, tentar ser o mais preditivo possível e usar a nossa inteligência, porque o ser<br />

humano é muito previsível. A gente faz o mesmo tipo <strong>de</strong> compra. Hoje, os nossos sistemas<br />

antifrau<strong>de</strong>s contam muito com essa inteligência <strong>de</strong> previsibilida<strong>de</strong> para i<strong>de</strong>ntificar<br />

quando algo está acontecendo que não faz sentido. O cartão, tanto o <strong>de</strong> débito quanto o<br />

<strong>de</strong> crédito, tem uma vantagem em relação à frau<strong>de</strong>, que é o que chamamos <strong>de</strong> chargeback,<br />

que os pagamentos instantâneos como o Pix não têm. Se você faz uma transação<br />

que não reconhece, po<strong>de</strong> pedir a <strong>de</strong>volução <strong>de</strong>ssa transação. Tem <strong>de</strong> provar, claro, mas<br />

é um benefício que existe.<br />

E como é a aplicação da inteligência artificial no segmento?<br />

Usamos muito mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> IA, principalmente nos nossos sistemas antifrau<strong>de</strong>. É uma<br />

ferramenta para que a gente evolua diariamente nos nossos mo<strong>de</strong>los. O outro ponto<br />

é também trazer essa expertise para os nosso clientes. A outra coisa é como usar a IA<br />

no marketing. No ano passado, lançamos um filme com Messi que foi totalmente construído<br />

com inteligência artificial. A gente traz o Messi menino, construído com fotos e<br />

ví<strong>de</strong>os <strong>de</strong>le e, com isso, conseguimos construir um avatar. Mas a gente também tem<br />

usado IA cada vez mais para a compra <strong>de</strong> mídia. Temos uma engenharia própria para<br />

ler os dados e as principais tendências e, com isso, consegue mandar a mensagem <strong>de</strong><br />

forma mais customizada e personalizada.<br />

Como você vê a tendência do uso cada vez maior do cartão em<br />

substituição ao dinheiro?<br />

Sem dúvida, existe uma diminuição alta do fluxo <strong>de</strong> dinheiro, do papel moeda. Se vai<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> existir? Acho que não. A nossa visão é <strong>de</strong> opções, o consumidor po<strong>de</strong> pagar<br />

com cartão, ainda tem a opção <strong>de</strong> dinheiro ou fazer transferências. Tem também uma<br />

questão <strong>de</strong> hábito. O que vejo como tendência são os pagamentos por biometria facial,<br />

já temos um piloto no Brasil, e os wearables, relógio, anel, óculos, além dos carros autônomos.<br />

Tudo isso vai fazer com que o pagamento seja cada vez mais fluido. A visão da<br />

Mastercard é: on<strong>de</strong> tiver um pagamento, a marca quer estar.<br />

“A Mastercard é mais do que<br />

cartão. Hoje, se posiciona como<br />

uma empresa <strong>de</strong> tecnologia”<br />

jornal propmark - <strong>10</strong> <strong>de</strong> <strong>julho</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 21

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