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entrevista<br />
SARAH bucHwitz<br />
VP <strong>de</strong> marketing e comunicação da Mastercard Brasil<br />
‘Somos a marca do que não tem preço’<br />
Um dos slogans mais po<strong>de</strong>rosos da propaganda<br />
mundial, “Priceless” completa 25<br />
anos e traz uma evolução do posicionamento<br />
da Mastercard para os dias atuais.<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> marketing e comunicação,<br />
Sarah Buchwitz conta que agora o<br />
objetivo da marca é enten<strong>de</strong>r o que não<br />
tem preço para as pessoas. “O nosso olhar<br />
<strong>de</strong> marca é enten<strong>de</strong>r as diferenças. Hoje o<br />
nosso posicionamento tem como objetivo<br />
olhar o indivíduo. E isso reflete em <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a forma como a marca se comunica até a<br />
forma como trabalhamos as experiências”,<br />
<strong>de</strong>staca ela. Nesta entrevista, entre outros<br />
assuntos, a executiva fala sobre cibersegurança,<br />
pagamento por aproximação e sobre<br />
o uso <strong>de</strong> inteligência artificial no marketing,<br />
inclusive para compra <strong>de</strong> mídia. “Temos<br />
uma engenharia própria para ler os dados<br />
e as principais tendências e, com isso, mandar<br />
a mensagem mais personalizada.”<br />
Kelly Dores<br />
Quais são as expectativas da Mastercard para o segundo semestre?<br />
Temos expectativas bem positivas. A gente vem <strong>de</strong>ssa “ressaca da pan<strong>de</strong>mia”, <strong>de</strong> anos<br />
que foram difíceis para o dia a dia, mas o negócio da Mastercard continuou crescendo<br />
na pan<strong>de</strong>mia, principalmente com a digitalização dos meios <strong>de</strong> pagamento e o aumento<br />
da penetração <strong>de</strong> pagamentos por aproximação. No ano passado, a guerra da Rússia<br />
teve um impacto altíssimo na nossa receita global e a gente teve esse ano para recuperar.<br />
E agora, <strong>2023</strong> é um ano <strong>de</strong> colher alguns frutos da digitalização com a pan<strong>de</strong>mia.<br />
O cenário global é supercomplicado, com inflação, mas existe um bom crescimento no<br />
nosso core business. E também a Mastercard está investindo em outras empresas <strong>de</strong><br />
serviços que vão além do negócio do cartão. Isso faz também com que a gente garanta<br />
uma receita extra.<br />
Que empresas são essas?<br />
A Mastercard tem uma estratégia chamada “Beyond card’” que é “Além <strong>de</strong> cartão”. Nos<br />
últimos cinco anos, a Mastercard investiu US$ 5 bilhões comprando empresas que vão<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> cibersegurança, <strong>de</strong> AI, soluções <strong>de</strong> loyalty a data analytics. A gente<br />
pensou em todo o ecossistema <strong>de</strong> meio <strong>de</strong> pagamento e quais são os pontos do ecossistema<br />
on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ríamos agregar mais valor. Cibersegurança é um dos pontos em que<br />
investimos bastante. Hoje a gente já tem esses serviços disponíveis no Brasil para os<br />
nossos clientes. Serviços é uma parte importante da nossa receita.<br />
Divulgação<br />
Você citou a questão do pagamento por aproximação, como está<br />
esse movimento no Brasil?<br />
Parece uma coisa tão antiga, mas a Mastercard lançou efetivamente com escala o pagamento<br />
por aproximação em 2018. A pan<strong>de</strong>mia acelerou isso. Os números são <strong>de</strong> mais<br />
<strong>de</strong> 300% <strong>de</strong> crescimento da penetração <strong>de</strong> pagamento por aproximação e hoje é uma<br />
realida<strong>de</strong>. Já virou hábito das pessoas. Quem tem, tanto no celular, como nas carteiras<br />
digitais ou mesmo no plástico, no cartão, usa o pagamento por aproximação. Esse foi<br />
um gran<strong>de</strong> acelerador. A gente teve outras inovações, como o WhatsApp Pay, que foi<br />
lançado no ano passado e agora está disponível para pequenos empreen<strong>de</strong>dores, com<br />
pagamento via WhatsApp.<br />
E vocês tem números sobre o uso <strong>de</strong> pagamento por aproximação?<br />
Passamos números da Abecs (Associação Brasileira das Empresas <strong>de</strong> Cartões <strong>de</strong> Crédito<br />
e Serviços). No 1º trimestre <strong>de</strong> <strong>2023</strong>, foram 3,6 bilhões <strong>de</strong> transações em cartões por<br />
aproximação, um crescimento <strong>de</strong> 77,7% no comparativo do 1º trimestre <strong>de</strong> 2022. Mais <strong>de</strong><br />
44% das compras presenciais com cartões já são por aproximação. Em março <strong>de</strong> <strong>2023</strong>,<br />
a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compras com cartões e outros dispositivos por aproximação passou a<br />
representar 44,3% do total <strong>de</strong> pagamentos presencialmente. Em março <strong>de</strong> 2021, há dois<br />
anos, essa participação era <strong>de</strong> 8%, o que <strong>de</strong>monstra a rápida popularização da modalida<strong>de</strong>,<br />
dados os benefícios gerados a usuários e comerciantes (agilida<strong>de</strong>, conveniência<br />
e segurança, entre outros). Hoje, a Mastercard é lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mercado, tem mais <strong>de</strong> 53% <strong>de</strong><br />
market share. Então, os dados do mercado refletem muito os dados da empresa.<br />
20 <strong>10</strong> <strong>de</strong> <strong>julho</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark