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quando a contagem de<br />
células TCD4+ é inferior<br />
a 50 células/mm3. Nesses<br />
casos, essa micose pode<br />
ser grave e, sem tratamento<br />
adequado, pode<br />
levar o paciente ao óbito<br />
(GON A.S et al., 1992;<br />
GBD, 2019).<br />
Se considerarmos que<br />
esta doença tem apresentação<br />
clínica semelhante<br />
à tuberculose e que<br />
ambas são comumente<br />
confundidas, é possível<br />
que em pessoas com<br />
HIV, mesmo sem graus<br />
avançados de imunossupressão,<br />
tenhamos uma<br />
presença significativa<br />
desta doença. Por isso,<br />
o recomendado é que<br />
aja uma investigação<br />
de Histoplasmose em<br />
PVHIV sobre os quais<br />
existem a suspeita de<br />
tuberculose (Siqueira,<br />
2017; Mendes, 2018).<br />
O diagnóstico laboratorial<br />
é o padrão ouro,<br />
e deverá ser realizado<br />
por meio de cultura de<br />
amostras biológicas, nas<br />
quais, serão observadas<br />
três diferentes formas de<br />
cultivo, conforme ilustraremos<br />
na figura abaixo:<br />
(A) Fase leveduriforme,<br />
(B) Fase de transição, (C)<br />
Fase filamentosa. Outras<br />
alternativas de diagnóstico<br />
são as reações<br />
sorológicas empregadas<br />
para a determinação de<br />
anticorpos específicos,<br />
como a imunodifusão<br />
em gel, a contraimunoeletroforese<br />
e a fixação<br />
de complemento. A<br />
detecção do antígeno<br />
polissacarídeo do agente<br />
na urina ou no soro<br />
por radioimunoensaio é<br />
um método rápido e sensível<br />
para o diagnóstico.<br />
A escolha do regime terapêutico<br />
deve ser orientada<br />
pela gravidade clínica.<br />
Assim, para fins de escolha<br />
do tratamento, classificam-se<br />
as formas clínicas<br />
em leve a moderada<br />
ou moderada a grave. A<br />
forma moderada a grave,<br />
caracteriza por presença<br />
de sinais indicativos<br />
de doença disseminada,<br />
tais como pancitopenia e<br />
instabilidade clínica, bem<br />
como comprometimento<br />
do SNC, disfunções orgânicas,<br />
incluindo insuficiência<br />
respiratória (Brasil,<br />
2013). Conforme recomendações<br />
o tratamento<br />
deverá ser realizado da<br />
seguinte maneira:<br />
Forma moderada a<br />
grave<br />
1. Tratamento inicial<br />
(pelo menos duas semanas):<br />
anfotericina B desoxicolato<br />
0,7 a 1 mg/kg/<br />
dia (totalizando cerca de<br />
35 mg/kg de peso).<br />
2. Consolidação (por pelo<br />
menos 12 meses): itraconazol<br />
200 mg duas vezes<br />
ao dia. Após 12 meses de<br />
consolidação, deve-se<br />
considerar mudança para<br />
a fase de manutenção<br />
(profilaxia secundária)<br />
em pacientes com cura<br />
clínica e sem sinais radiológicos<br />
e sorológicos de<br />
doença ativa.