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Revista Newslab Edição 178

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quando a contagem de<br />

células TCD4+ é inferior<br />

a 50 células/mm3. Nesses<br />

casos, essa micose pode<br />

ser grave e, sem tratamento<br />

adequado, pode<br />

levar o paciente ao óbito<br />

(GON A.S et al., 1992;<br />

GBD, 2019).<br />

Se considerarmos que<br />

esta doença tem apresentação<br />

clínica semelhante<br />

à tuberculose e que<br />

ambas são comumente<br />

confundidas, é possível<br />

que em pessoas com<br />

HIV, mesmo sem graus<br />

avançados de imunossupressão,<br />

tenhamos uma<br />

presença significativa<br />

desta doença. Por isso,<br />

o recomendado é que<br />

aja uma investigação<br />

de Histoplasmose em<br />

PVHIV sobre os quais<br />

existem a suspeita de<br />

tuberculose (Siqueira,<br />

2017; Mendes, 2018).<br />

O diagnóstico laboratorial<br />

é o padrão ouro,<br />

e deverá ser realizado<br />

por meio de cultura de<br />

amostras biológicas, nas<br />

quais, serão observadas<br />

três diferentes formas de<br />

cultivo, conforme ilustraremos<br />

na figura abaixo:<br />

(A) Fase leveduriforme,<br />

(B) Fase de transição, (C)<br />

Fase filamentosa. Outras<br />

alternativas de diagnóstico<br />

são as reações<br />

sorológicas empregadas<br />

para a determinação de<br />

anticorpos específicos,<br />

como a imunodifusão<br />

em gel, a contraimunoeletroforese<br />

e a fixação<br />

de complemento. A<br />

detecção do antígeno<br />

polissacarídeo do agente<br />

na urina ou no soro<br />

por radioimunoensaio é<br />

um método rápido e sensível<br />

para o diagnóstico.<br />

A escolha do regime terapêutico<br />

deve ser orientada<br />

pela gravidade clínica.<br />

Assim, para fins de escolha<br />

do tratamento, classificam-se<br />

as formas clínicas<br />

em leve a moderada<br />

ou moderada a grave. A<br />

forma moderada a grave,<br />

caracteriza por presença<br />

de sinais indicativos<br />

de doença disseminada,<br />

tais como pancitopenia e<br />

instabilidade clínica, bem<br />

como comprometimento<br />

do SNC, disfunções orgânicas,<br />

incluindo insuficiência<br />

respiratória (Brasil,<br />

2013). Conforme recomendações<br />

o tratamento<br />

deverá ser realizado da<br />

seguinte maneira:<br />

Forma moderada a<br />

grave<br />

1. Tratamento inicial<br />

(pelo menos duas semanas):<br />

anfotericina B desoxicolato<br />

0,7 a 1 mg/kg/<br />

dia (totalizando cerca de<br />

35 mg/kg de peso).<br />

2. Consolidação (por pelo<br />

menos 12 meses): itraconazol<br />

200 mg duas vezes<br />

ao dia. Após 12 meses de<br />

consolidação, deve-se<br />

considerar mudança para<br />

a fase de manutenção<br />

(profilaxia secundária)<br />

em pacientes com cura<br />

clínica e sem sinais radiológicos<br />

e sorológicos de<br />

doença ativa.

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