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mais segura de decisões<br />
simples, como, por exemplo,<br />
a modificação de rotinas<br />
de trabalho e a terceirização<br />
de exames. Nesse<br />
viés, estão até decisões de<br />
maior grau de complexidade,<br />
como a aquisição<br />
de novos equipamentos<br />
e até a mudança do perfil<br />
da empresa. A gestão das<br />
perdas permite ao laboratório<br />
clínico a oportunidade<br />
de promover de forma<br />
eficiente e efetiva a utilização<br />
dos recursos disponíveis.<br />
É preciso avaliar de<br />
forma simultânea a produtividade,<br />
a qualidade e<br />
os custos, não sendo mais<br />
aceitável priorizar os dois<br />
primeiros sem considerar<br />
o terceiro.<br />
Alves e Ogushi (2006)<br />
asseguram que, em um<br />
mercado cada vez mais<br />
exigente e competitivo,<br />
onde há necessidade<br />
de produzir exames e<br />
o comprador do serviço<br />
determina o preço<br />
é preciso diminuir as<br />
perdas e racionalizar os<br />
custos e manter a qualidade<br />
do produto.<br />
Rust, Zahorik e Keiningham<br />
(1994) destacam<br />
que, apesar da qualidade<br />
ser necessária em muitas<br />
empresas, a qualidade, nos<br />
dias de hoje, não é garantia<br />
de lucros, haja vista que os<br />
principais efeitos da qualidade<br />
sobre os lucros se dão<br />
através da obtenção de<br />
menores custos devido a<br />
um aumento da eficiência,<br />
retenção maior de clientes,<br />
atração de novos clientes<br />
e do potencial para cobrar<br />
preços mais altos.<br />
Estes relatos destacam a<br />
importância de se conhecer<br />
valores razoáveis de<br />
perdas aceitáveis no setor<br />
de bioquímica, uma vez<br />
que estes exames representam<br />
em média 50,26%<br />
do total de exames produzidos<br />
(pequeno porte<br />
= 50,05%; médio porte =<br />
46,52% e grande porte =<br />
54,23%), impactando, sem<br />
dúvidas, na rentabilidade<br />
do parque produtivo<br />
do laboratório clínico. A<br />
apuração do percentual<br />
de perdas do setor de<br />
bioquímica, ou dos custos<br />
com as perdas neste setor,<br />
é muito importante, pois<br />
poderá alertar aos gestores<br />
quais os exames estão<br />
tendo perdas em excesso<br />
e, a partir daí, ter uma<br />
chance de aumentarem<br />
seus resultados diminuindo<br />
os custos de produção.<br />
Para Maher (2001), a baixa<br />
qualidade de produtos<br />
implica não somente custos<br />
de perder clientes, também<br />
custos de materiais perdidos<br />
no processo de produção<br />
– as chamadas perdas<br />
de produção. Aperfeiçoando<br />
o processo de produção<br />
em seu início, a qualidade<br />
melhora e seus custos<br />
caem, como resultado da<br />
eliminação ou redução de<br />
produtos defeituosos, em<br />
estágios posteriores. Os<br />
clientes então recebem<br />
produtos de melhor qualidade,<br />
com menor preço.<br />
Berlitz e Haussen (2005)<br />
discorrem que a perfeita<br />
adequação entre qualidade<br />
e custos é meta permanente<br />
no gerenciamento<br />
de processos, técnicos ou<br />
administrativos em laboratórios<br />
clínicos.<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
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