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Revista Newslab Edição 178

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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

a partícula viral é liberada<br />

por brotamento na<br />

membrana plasmática da<br />

célula hospedeira, em seguida<br />

a enzima NA cliva<br />

receptores AS presentes<br />

na célula e impede a ligação<br />

da HA com AS e ainda<br />

impede a reinfecção celular<br />

das partículas virais<br />

o que permite a liberação<br />

dos virions (FERNANDA;<br />

ANDRADE, 2020).<br />

Já a contaminação por<br />

SARS-COV-2 acontece de<br />

forma semelhante também<br />

pela via respiratória<br />

através de gotículas do<br />

espirro, tosse, ao falar ou<br />

objetos que estejam contaminados<br />

(GIRÃO et al.,<br />

2020). No entanto, estudos<br />

sugerem a possibilidade<br />

de transmissão do<br />

vírus pela via fecal-oral,<br />

pois o RNA viral do SARS-<br />

Cov-2 estava presente nas<br />

amostras fecais de 55%<br />

dos pacientes estudados.<br />

O período de incubação<br />

varia entre 5 a 12 dias<br />

após o contato com o<br />

SARS- CoV- 2 ainda assim,<br />

a propagação pode acontecer<br />

até depois de 7 dias<br />

do aparecimento dos sintomas<br />

(NOGUEIRA, 2020).<br />

Para estabelecer a infecção<br />

em um indivíduo, o vírus<br />

promove a infecção a<br />

partir da ligação direta da<br />

proteína S com o receptor<br />

de enzima conversora de<br />

angiotensina 2 (ACE2). A<br />

entrada do vírus nas células<br />

é facilitada por uma<br />

enzima denominada serino<br />

protease transmembrana<br />

tipo II (TMPRSS2),<br />

que promove a fusão do<br />

virion a membrana da célula<br />

hospedeira, permitindo<br />

a entrada da partícula e<br />

estabelecendo a infecção<br />

propriamente dita, em<br />

um processo chamado de<br />

adsorção (LOPES, 2022).<br />

As células- alvo para SAR-<br />

S-CoV-2 são as do epitélio<br />

do trato respiratório superior<br />

e inferior, além de<br />

pneumócitos (CHASQUEI-<br />

RA; SILVA, 2021).<br />

Após esse processo inicial<br />

de entrada do vírus<br />

nas células do hospedeiro,<br />

diversos processos seguem-se<br />

no citoplasma<br />

da célula hospedeira levando<br />

a replicação viral<br />

e propagando a infecção<br />

no organismo pela contaminação<br />

de células adjacentes,<br />

principalmente<br />

no trato respiratório.<br />

Esse agente etiológico é<br />

altamente transmissível,<br />

provocando infecção respiratória<br />

de quadro clínico<br />

variável, podendo ser<br />

assintomático ou sintomático<br />

(ALVES, 2021).<br />

Conclusão<br />

Diferenciar infeções virais<br />

respiratórias nem sempre<br />

é tarefa fácil, haja vista<br />

que muitas delas estão<br />

associadas a manifestações<br />

clínicas semelhantes<br />

que incluem sintomas<br />

como faringite, tosse,<br />

mal-estar e febre; que<br />

costumam ser classificadas<br />

como resfriados ou<br />

gripes. Todavia, é a partir<br />

do correto entendimento<br />

sobre os diferentes<br />

vírus capazes de causas<br />

estas infecções, é o que<br />

permite o diagnóstico,<br />

tratamento, prevenção e<br />

monitoramento de populações<br />

inteiras em relação<br />

às infecções que as<br />

acometem.<br />

54 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023

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