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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
a partícula viral é liberada<br />
por brotamento na<br />
membrana plasmática da<br />
célula hospedeira, em seguida<br />
a enzima NA cliva<br />
receptores AS presentes<br />
na célula e impede a ligação<br />
da HA com AS e ainda<br />
impede a reinfecção celular<br />
das partículas virais<br />
o que permite a liberação<br />
dos virions (FERNANDA;<br />
ANDRADE, 2020).<br />
Já a contaminação por<br />
SARS-COV-2 acontece de<br />
forma semelhante também<br />
pela via respiratória<br />
através de gotículas do<br />
espirro, tosse, ao falar ou<br />
objetos que estejam contaminados<br />
(GIRÃO et al.,<br />
2020). No entanto, estudos<br />
sugerem a possibilidade<br />
de transmissão do<br />
vírus pela via fecal-oral,<br />
pois o RNA viral do SARS-<br />
Cov-2 estava presente nas<br />
amostras fecais de 55%<br />
dos pacientes estudados.<br />
O período de incubação<br />
varia entre 5 a 12 dias<br />
após o contato com o<br />
SARS- CoV- 2 ainda assim,<br />
a propagação pode acontecer<br />
até depois de 7 dias<br />
do aparecimento dos sintomas<br />
(NOGUEIRA, 2020).<br />
Para estabelecer a infecção<br />
em um indivíduo, o vírus<br />
promove a infecção a<br />
partir da ligação direta da<br />
proteína S com o receptor<br />
de enzima conversora de<br />
angiotensina 2 (ACE2). A<br />
entrada do vírus nas células<br />
é facilitada por uma<br />
enzima denominada serino<br />
protease transmembrana<br />
tipo II (TMPRSS2),<br />
que promove a fusão do<br />
virion a membrana da célula<br />
hospedeira, permitindo<br />
a entrada da partícula e<br />
estabelecendo a infecção<br />
propriamente dita, em<br />
um processo chamado de<br />
adsorção (LOPES, 2022).<br />
As células- alvo para SAR-<br />
S-CoV-2 são as do epitélio<br />
do trato respiratório superior<br />
e inferior, além de<br />
pneumócitos (CHASQUEI-<br />
RA; SILVA, 2021).<br />
Após esse processo inicial<br />
de entrada do vírus<br />
nas células do hospedeiro,<br />
diversos processos seguem-se<br />
no citoplasma<br />
da célula hospedeira levando<br />
a replicação viral<br />
e propagando a infecção<br />
no organismo pela contaminação<br />
de células adjacentes,<br />
principalmente<br />
no trato respiratório.<br />
Esse agente etiológico é<br />
altamente transmissível,<br />
provocando infecção respiratória<br />
de quadro clínico<br />
variável, podendo ser<br />
assintomático ou sintomático<br />
(ALVES, 2021).<br />
Conclusão<br />
Diferenciar infeções virais<br />
respiratórias nem sempre<br />
é tarefa fácil, haja vista<br />
que muitas delas estão<br />
associadas a manifestações<br />
clínicas semelhantes<br />
que incluem sintomas<br />
como faringite, tosse,<br />
mal-estar e febre; que<br />
costumam ser classificadas<br />
como resfriados ou<br />
gripes. Todavia, é a partir<br />
do correto entendimento<br />
sobre os diferentes<br />
vírus capazes de causas<br />
estas infecções, é o que<br />
permite o diagnóstico,<br />
tratamento, prevenção e<br />
monitoramento de populações<br />
inteiras em relação<br />
às infecções que as<br />
acometem.<br />
54 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023