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Revista Newslab Edição 178

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GESTÃO LABORATORIAL<br />

Abreu (1993) pondera que<br />

em laboratórios clínicos<br />

a melhoria da qualidade<br />

pode ser confirmada pela<br />

diminuição da repetição<br />

de exames o que gera<br />

agilidade na entrega dos<br />

resultados e maior confiabilidade<br />

dos analistas e<br />

dos clientes.<br />

Outros tipos de perdas<br />

se referem às calibrações<br />

de equipamentos. Para a<br />

ANVISA, na RDC 302/2005,<br />

calibração é o conjunto de<br />

operações que estabelece,<br />

sob condições especificas,<br />

a correspondência entre<br />

valores indicados por um<br />

instrumento, sistema de<br />

medição ou material de<br />

referencia, e os valores<br />

correspondentes estabelecidos<br />

por padrões.<br />

Façanha e Prestes (2012)<br />

abordam as seguintes<br />

causas para perdas em<br />

exames: por parada de<br />

equipamento, repetições<br />

para confirmações de<br />

resultados, repetições por<br />

obrigações legais, desestabilização<br />

de reagentes e<br />

realização de calibrações<br />

e controles. Estas perdas<br />

têm custo na produção<br />

dos exames. Elas devem<br />

ser registradas e gerenciadas,<br />

a fim de aperfeiçoar<br />

o processo de produção,<br />

reduzindo o gasto com<br />

elas. Os autores utilizam<br />

o método de custeio marginal<br />

para calcular o custo<br />

dos exames, onde cada<br />

produto absorve somente<br />

os custos que incidem<br />

diretamente sobre si próprios,<br />

e os custos fixos<br />

(mão de obra, água, luz<br />

telefone...) não são associados<br />

diretamente aos<br />

exames, evitando, com<br />

isso, as distorções dos<br />

critérios de rateio. Para<br />

eles, os custos de produção<br />

são: custo nominal<br />

(reagentes, descartáveis<br />

específicos e remuneração<br />

de equipamentos),<br />

consumíveis, calibradores,<br />

controles, perdas, material<br />

de escritório, material<br />

descartável e manutenções<br />

de equipamentos da<br />

produção. O resultado da<br />

soma destes itens é o custo<br />

de produção do exame.<br />

Logo, gerenciar as perdas<br />

em laboratórios clínicos é<br />

uma importante estratégia<br />

de redução no custo<br />

final dos exames. Façanha<br />

e Prestes (2008) discorrem<br />

que é preciso maximizar a<br />

capacidade produtiva, evitando<br />

a ociosidade e desperdícios<br />

operacionais.<br />

Mugnol e Ferraz (2006)<br />

afirmam que o cálculo do<br />

custo real de um exame é<br />

muito complexo e que é<br />

preciso considerar o nível<br />

de repetições necessárias<br />

a liberação de um resultado,<br />

os testes consumidos<br />

com a calibração do equipamento,<br />

e para o controle<br />

do analito, as perdas<br />

inerentes à própria metodologia<br />

empregada e às<br />

possíveis falhas dos instrumentos<br />

utilizados. Os<br />

autores ainda comentam<br />

a existência das perdas<br />

inerentes a pouca estabilidade<br />

ou curta validade<br />

de alguns reagentes que<br />

são descartados sem que<br />

sejam utilizados em sua<br />

totalidade. Para estes autores,<br />

conhecer o real custo<br />

do exame e saber quantidade<br />

de testes perdidos<br />

são informações capazes<br />

de fundamentar a tomada<br />

62 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023

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