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GESTÃO LABORATORIAL<br />
Abreu (1993) pondera que<br />
em laboratórios clínicos<br />
a melhoria da qualidade<br />
pode ser confirmada pela<br />
diminuição da repetição<br />
de exames o que gera<br />
agilidade na entrega dos<br />
resultados e maior confiabilidade<br />
dos analistas e<br />
dos clientes.<br />
Outros tipos de perdas<br />
se referem às calibrações<br />
de equipamentos. Para a<br />
ANVISA, na RDC 302/2005,<br />
calibração é o conjunto de<br />
operações que estabelece,<br />
sob condições especificas,<br />
a correspondência entre<br />
valores indicados por um<br />
instrumento, sistema de<br />
medição ou material de<br />
referencia, e os valores<br />
correspondentes estabelecidos<br />
por padrões.<br />
Façanha e Prestes (2012)<br />
abordam as seguintes<br />
causas para perdas em<br />
exames: por parada de<br />
equipamento, repetições<br />
para confirmações de<br />
resultados, repetições por<br />
obrigações legais, desestabilização<br />
de reagentes e<br />
realização de calibrações<br />
e controles. Estas perdas<br />
têm custo na produção<br />
dos exames. Elas devem<br />
ser registradas e gerenciadas,<br />
a fim de aperfeiçoar<br />
o processo de produção,<br />
reduzindo o gasto com<br />
elas. Os autores utilizam<br />
o método de custeio marginal<br />
para calcular o custo<br />
dos exames, onde cada<br />
produto absorve somente<br />
os custos que incidem<br />
diretamente sobre si próprios,<br />
e os custos fixos<br />
(mão de obra, água, luz<br />
telefone...) não são associados<br />
diretamente aos<br />
exames, evitando, com<br />
isso, as distorções dos<br />
critérios de rateio. Para<br />
eles, os custos de produção<br />
são: custo nominal<br />
(reagentes, descartáveis<br />
específicos e remuneração<br />
de equipamentos),<br />
consumíveis, calibradores,<br />
controles, perdas, material<br />
de escritório, material<br />
descartável e manutenções<br />
de equipamentos da<br />
produção. O resultado da<br />
soma destes itens é o custo<br />
de produção do exame.<br />
Logo, gerenciar as perdas<br />
em laboratórios clínicos é<br />
uma importante estratégia<br />
de redução no custo<br />
final dos exames. Façanha<br />
e Prestes (2008) discorrem<br />
que é preciso maximizar a<br />
capacidade produtiva, evitando<br />
a ociosidade e desperdícios<br />
operacionais.<br />
Mugnol e Ferraz (2006)<br />
afirmam que o cálculo do<br />
custo real de um exame é<br />
muito complexo e que é<br />
preciso considerar o nível<br />
de repetições necessárias<br />
a liberação de um resultado,<br />
os testes consumidos<br />
com a calibração do equipamento,<br />
e para o controle<br />
do analito, as perdas<br />
inerentes à própria metodologia<br />
empregada e às<br />
possíveis falhas dos instrumentos<br />
utilizados. Os<br />
autores ainda comentam<br />
a existência das perdas<br />
inerentes a pouca estabilidade<br />
ou curta validade<br />
de alguns reagentes que<br />
são descartados sem que<br />
sejam utilizados em sua<br />
totalidade. Para estes autores,<br />
conhecer o real custo<br />
do exame e saber quantidade<br />
de testes perdidos<br />
são informações capazes<br />
de fundamentar a tomada<br />
62 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023