Revista Newslab Edição 182
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Introdução<br />
A doença de Alzheimer<br />
(DA) é caracterizada<br />
pela agregação de placas<br />
amiloides, devido<br />
ao acúmulo da proteína<br />
beta amiloide e da disposição<br />
de emaranhados<br />
neurofibrilares, sendo<br />
consequência da hiperfosforilação<br />
da proteína<br />
tau no cérebro, causando<br />
danos irreversíveis no<br />
sistema nervoso central<br />
pela perda de neurônios<br />
e sinapses. Dentre os sintomas<br />
produzidos por<br />
essa patologia, o mais<br />
importante é o declínio<br />
dos domínios cognitivos,<br />
como a memória e<br />
mudanças de comportamento.<br />
A DA é a doença<br />
neurodegenerativa que<br />
atinge mais pessoas em<br />
todo o mundo e a propensão<br />
é atingir ainda<br />
mais pessoas ao longo<br />
dos anos, já que com o<br />
aumento da expectativa<br />
de vida também é<br />
esperado um aumento<br />
da ocorrência de patologias<br />
relacionadas à idade<br />
(TADAY, 2020). O aumento<br />
exponencial da população<br />
com demência nas<br />
próximas décadas vem<br />
sendo acompanhado<br />
pelo estabelecimento<br />
de novos métodos de<br />
detecção, que poderão<br />
oferecer a determinação<br />
acurada da doença<br />
nos estágios iniciais. A<br />
doença de Alzheimer<br />
aparece como a causa<br />
mais comum de demência<br />
e quando é finalmente<br />
diagnosticada, pois já<br />
ocasionou o processo de<br />
perda neuronal significativa<br />
para o paciente,<br />
as lesões neuropatológicas<br />
podem danificar<br />
várias regiões do cérebro<br />
(MANTZAVINOS e ALE-<br />
XIOU, 2017).<br />
Os biomarcadores para<br />
a doença de Alzheimer<br />
são validados principalmente,<br />
se baseando<br />
na diferença observada<br />
entre idosos saudáveis<br />
e pacientes com DA. A<br />
dosagem de biomarcadores<br />
em indivíduos com<br />
DA pré-clínica, comparada<br />
aos valores de indivíduos<br />
que se revelam cognitivamente<br />
saudáveis,<br />
é importante à medida<br />
que os ensaios clínicos<br />
de novas medicações<br />
mudam o foco para a<br />
prevenção em pessoas<br />
ainda cognitivamente<br />
normais. Os biomarcadores<br />
podem apresentar<br />
alteração até vinte anos<br />
antes do início da doença,<br />
sendo muito importante<br />
a intervenção precoce<br />
(PRINS et al., 2022).<br />
Entende-se, portanto, que<br />
é possível indicar a possibilidade<br />
do desenvolvimento<br />
dessa doença anos<br />
antes de ela começar a<br />
se manifestar, através da<br />
investigação da presença<br />
das proteínas tau, beta<br />
amiloide e proteína ácida<br />
fibrilar glial (GFAP). As<br />
quantificações destas,<br />
revelaram resultados mais<br />
significativos em estudos,<br />
quando comparando os<br />
valores de pacientes saudáveis<br />
e daqueles com a<br />
DA (PRINS et al., 2022).<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>182</strong> | Março 2024<br />
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