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Revista Newslab Edição 182

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Autores: Giovanna das Graças Batista Pereira, Maria Clara Toledo Eduardo, Naiara Chaves<br />

Silva, Catherine Bueno Domingueti.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Quanto ao diagnóstico,<br />

a DA só é diagnosticada<br />

de fato através da biópsia<br />

do tecido cerebral<br />

(na autópsia) (KHAN,<br />

BARVE e KUMAR, 2020)<br />

ou da detecção da presença<br />

das proteínas tau<br />

e beta amiloide no líquido<br />

cefalorraquidiano.<br />

Além disso, muito progresso<br />

tem sido feito na<br />

identificação por PET-<br />

-CT, porém, por conta<br />

de limitações pelos altos<br />

custos (PET e também<br />

da análise do LCR) e pela<br />

punção lombar ser muito<br />

invasiva, a atenção<br />

da comunidade científica<br />

está empenhada em<br />

desenvolver biomarcadores<br />

baseados no<br />

sangue (HAMPEL et al.,<br />

2018). Por isso, a importância<br />

de estabelecer<br />

essa maneira menos<br />

invasiva para definir<br />

esse tipo de demência,<br />

sendo então, os biomarcadores<br />

presentes no<br />

plasma sanguíneo uma<br />

opção que tem apresentado<br />

resultados muito<br />

positivos em relação<br />

a essa proposição. Os<br />

biomarcadores devem<br />

ser associados a características<br />

específicas da<br />

doença e apresentar<br />

altos níveis de sensibilidade<br />

e especificidade<br />

para a DA. Os testes<br />

devem ser passíveis de<br />

repetição, não invasivos,<br />

simples e de custo mais<br />

acessível. Tendo em vista<br />

estas considerações,<br />

biomarcadores plasmáticos<br />

podem identificar<br />

pacientes com risco de<br />

desenvolver a DA, progressão<br />

de comprometimento<br />

cognitivo para<br />

a patologia de Alzheimer<br />

e progressão da DA<br />

já estabelecida clinicamente<br />

(ALTUNA-AZKAR-<br />

GORTA e MENDIOROZ-I-<br />

RIARTE, 2021).<br />

Uma das dificuldades na<br />

identificação dos biomarcadores<br />

baseados no<br />

sangue, reside no fato de<br />

que a DA é uma doença<br />

de progressão lenta, e o<br />

grau de perda da integridade<br />

da barreira hematoencefálica<br />

não é bem<br />

estabelecido. Outra limitação<br />

é que o sangue é<br />

um fluido complexo com<br />

múltiplas substâncias<br />

presentes e consequentemente<br />

muitas variáveis<br />

que podem confundir.<br />

Portanto, protocolos<br />

padronizados são necessários<br />

para preparar as<br />

amostras e analisá-las.<br />

Até agora, as diferenças<br />

reportadas em concentrações<br />

dos analitos<br />

podem ser motivo da<br />

falta de padronização<br />

de métodos de calibração,<br />

diferentes diluições<br />

das amostras biológicas<br />

e discrepâncias na<br />

sensibilidade e confiabilidade<br />

dos instrumentos<br />

usados nas análises<br />

(ALTUNA-AZKARGORTA<br />

e MENDIOROZ-IRIARTE,<br />

2021). Dessa maneira,<br />

esse estudo tem como<br />

objetivo definir biomarcadores<br />

capazes de elu-<br />

44 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>182</strong> | Março 2024

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