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Revista Newslab Edição 182

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novas possibilidades<br />

estão sendo estudadas,<br />

sendo os biomarcadores<br />

plasmáticos os mais promissores,<br />

pela facilidade<br />

de coleta do material<br />

(sangue), por ser menos<br />

invasivo e os valores dos<br />

biomarcadores se correlacionarem<br />

bem com os<br />

valores encontrados no<br />

LCR. Os biomarcadores<br />

em estudo para determinação<br />

da são vários, os<br />

escolhidos para análise<br />

nessa pesquisa foram:<br />

GFAP, proteína beta amilóide<br />

e proteína tau.<br />

GFAP (proteína ácida<br />

fibrilar glial) e os<br />

Astrócitos<br />

A GFAP é uma proteína<br />

citoestrutural exclusivamente<br />

expressa em<br />

astrócitos no sistema<br />

nervoso central (SNC)<br />

(ELAHI et al., 2020). Os<br />

astrócitos são células<br />

da glia que desempenham<br />

funções como<br />

isolar, sustentar e<br />

nutrir os neurônios,<br />

além disso, atuam na<br />

manutenção da barreira<br />

hemato-encefálica,<br />

por isso, são importantes<br />

agentes na modulação<br />

de respostas inflamatórias.<br />

Os astrócitos<br />

estão localizados em<br />

um local estratégico<br />

no cérebro, ao mesmo<br />

tempo que ligados<br />

aos neurônios também<br />

mantém contato<br />

com vasos sanguíneos<br />

(RODRIGUES, 2022).<br />

Esse contato com os<br />

vasos sanguíneos permite<br />

que as substâncias<br />

expressas nessas<br />

células sejam possíveis<br />

de serem detectadas e<br />

dosadas no plasma.<br />

O estudo de Jéssica<br />

Hauschild Taday (2020),<br />

relata que as células da<br />

glia, produzem enzimas<br />

capazes de degradar o<br />

peptídeo beta amilóide.<br />

Na DA os astrócitos<br />

vão diminuindo a produção<br />

dessas enzimas,<br />

levando à perda da<br />

neuroproteção e consequente<br />

progressão da<br />

doença. O acúmulo da<br />

beta amiloide induz os<br />

astrócitos a produzirem<br />

mediadores inflamatórios<br />

(RODRIGUES, 2022),<br />

os quais causam a neuroinflamação<br />

e levam<br />

ao aparecimento dessas<br />

citocinas na corrente<br />

sanguínea. Essa proteína<br />

foi considerada significativamente<br />

maior<br />

em indivíduos com<br />

DA pré-clínica quando<br />

comparada a indivíduos<br />

saudáveis, nos indicando<br />

que são biomarcadores<br />

sensíveis ao<br />

processo inflamatório<br />

observado no desdobramento<br />

incorreto e<br />

agregação da beta amiloide<br />

que está ocorrendo.<br />

A GFAP também se<br />

mantém elevada post<br />

mortem em cérebros<br />

de indivíduos com DA<br />

e no LCR desses pacientes.<br />

Esse biomarcador<br />

mostra-se associado<br />

ao aumento do risco<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>182</strong> | Março 2024<br />

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