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Tratamento de Minérios.pdf

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86 Caracterização Tecnológica <strong>de</strong> <strong>Minérios</strong> – Parte II CETEM<br />

A i<strong>de</strong>ntificação das fases, segundo estágio, é facilitada na medida que um ou mais<br />

minerais são concentrados no fracionamento, <strong>de</strong> maneira que seu sinal, por exemplo<br />

num difratograma <strong>de</strong> raios X, é mais claro e a interpretação mais fácil e segura.<br />

O mineralogista dispõe <strong>de</strong> um variada gama <strong>de</strong> técnicas analíticas para a i<strong>de</strong>ntificação<br />

dos minerais, e as mais difundidas são as microscopias óptica e eletrônica <strong>de</strong> varredura e<br />

a difração <strong>de</strong> raios X. Esta etapa é imprescindível <strong>de</strong>ntro da caracterização tecnológica.<br />

O terceiro estágio da caracterização, a quantificação dos minerais, é mais fácil<br />

numa fração mais concentrada, e o recálculo consi<strong>de</strong>rando a massa da fração reduz<br />

sobremaneira o erro. Novamente, diversas técnicas po<strong>de</strong>m ser utilizadas para<br />

quantificar os minerais, e em amostras <strong>de</strong> mineralogia mais complexa esta etapa po<strong>de</strong><br />

ser muito complicada. Na <strong>de</strong>pendência dos objetivos do trabalho, alguma simplificação é<br />

possível, agrupando-se minerais em função <strong>de</strong> sua resposta num eventual processo ou<br />

da especificação do produto (por exemplo, minerais <strong>de</strong> ferro, englobando hematita,<br />

magnetita, goethita e limonitas).<br />

O quarto estágio numa caracterização tecnológica é verificar a liberação do<br />

mineral <strong>de</strong> interesse (ou dos minerais <strong>de</strong> interesse) em relação aos <strong>de</strong> ganga.<br />

A eficiência da separação das fases <strong>de</strong> interesse em relação às <strong>de</strong> ganga, calculada a<br />

partir dos dados das três etapas anteriores, e verificada em diversas faixas <strong>de</strong> tamanho<br />

<strong>de</strong> partículas, é um dos métodos clássicos <strong>de</strong> se obter o grau <strong>de</strong> liberação <strong>de</strong> um<br />

minério, assim como a estimativa <strong>de</strong> liberação por faixa <strong>de</strong> tamanho em microscópio<br />

óptico (“método <strong>de</strong> Gaudin”). Métodos mais mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> cálculos do espectro <strong>de</strong><br />

liberação, baseados em análise <strong>de</strong> imagens, fornecem resultados muito mais precisos e<br />

completos. A liberação é uma das informações mais importantes na caracterização.<br />

Neste capítulo, serão abordados, <strong>de</strong> maneira prática, os principais métodos <strong>de</strong><br />

fracionamento <strong>de</strong> amostras, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> minerais e <strong>de</strong> quantificação das fases.<br />

A <strong>de</strong>terminação do espectro <strong>de</strong> liberação será tratada em <strong>de</strong>talhe. A caracterização <strong>de</strong><br />

minérios <strong>de</strong> ouro e alguns outros tópicos especiais serão tratados à parte, dados a sua<br />

especicida<strong>de</strong>.<br />

Entre os diversos livros que são muito interessantes como referências gerais em<br />

mineralogia, po<strong>de</strong>mos recomendar Betejtin (1977), o clássico Manual <strong>de</strong> Mineralogia <strong>de</strong><br />

Dana (Klein & Hurlbut 1999), e em mineralogia aplicada, bem mais raros, os <strong>de</strong> Jones<br />

(1987) e Petruk (2000).

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