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Tratamento de Minérios.pdf

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600 Reologia no <strong>Tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Minérios</strong> CETEM<br />

Newton concluiu que a força <strong>de</strong> resistência exercida pelo fluido ao movimento <strong>de</strong><br />

uma partícula varia com o quadrado da sua velocida<strong>de</strong>. Essa teoria não é completa, uma<br />

vez que leva em consi<strong>de</strong>ração apenas o aspecto dinâmico da força <strong>de</strong> resistência do<br />

fluido à partícula, não consi<strong>de</strong>rando os aspectos <strong>de</strong> turbulência e da viscosida<strong>de</strong>. Por<br />

isso, é muito difícil ocorrer uma concordância entre a Lei <strong>de</strong> Newton e os dados<br />

experimentais, razão pela qual foi inserido um coeficiente <strong>de</strong> correção na equação,<br />

<strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> coeficiente <strong>de</strong> resistência ou arraste, Cd, para a <strong>de</strong>terminação da força<br />

<strong>de</strong> resistência, Fd.<br />

A equação geral para a força <strong>de</strong> resistência, Fd, é dada por<br />

F d<br />

1<br />

2<br />

= Cd<br />

A ρL<br />

v<br />

2<br />

[3]<br />

on<strong>de</strong>:<br />

Fd força <strong>de</strong> resistência ou arraste (kgm/s 2 );<br />

Cd coeficiente <strong>de</strong> resistência ou <strong>de</strong> arraste, função da forma da partícula e do<br />

tipo <strong>de</strong> regime do fluxo (adimensional);<br />

A área projetada da partícula, normal ao seu movimento (m 2 ).<br />

A força <strong>de</strong> resistência ao movimento é constituída por duas componentes: a<br />

resistência <strong>de</strong> forma que é uma força do tipo inercial e a resistência <strong>de</strong> fricção, do tipo<br />

viscoso.<br />

A resistência <strong>de</strong> forma tem origem na assimetria da distribuição <strong>de</strong> pressão do<br />

fluido sobre a partícula nas suas duas faces opostas, criando uma componente na<br />

direção do fluxo, com sentido contrário ao movimento da partícula.<br />

A resistência <strong>de</strong> fricção é consequência da viscosida<strong>de</strong> do fluido. No<br />

<strong>de</strong>slocamento (movimento relativo) entre a partícula e o fluido é gerada uma força <strong>de</strong><br />

cisalhamento na superfície da partícula, resultando também numa componente na<br />

direção do fluxo, com sentido contrário ao movimento <strong>de</strong>sta.<br />

No regime turbulento, a viscosida<strong>de</strong> não apresenta um papel importante na<br />

magnitu<strong>de</strong> da força <strong>de</strong> resistência, predominando portanto a componente <strong>de</strong><br />

resistência <strong>de</strong> forma. Por outro lado, no regime laminar a força <strong>de</strong> resistência passa a<br />

ser influenciada pela viscosida<strong>de</strong> do fluido e neste caso, predomina a componente <strong>de</strong><br />

resistência <strong>de</strong> fricção.<br />

No regime intermediário, à medida que aumenta o número <strong>de</strong> Reynolds da<br />

partícula, começa a diminuir gradativamente a participação da resistência <strong>de</strong> fricção e a<br />

aumentar a da resistência <strong>de</strong> forma.<br />

Na sedimentação, o balanço das forças atuantes na partícula envolverá a força<br />

peso no sentido da sedimentação e no sentido contrário, o empuxo e a força <strong>de</strong> arraste.

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