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Tratamento de Minérios.pdf

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CETEM <strong>Tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Minérios</strong> – 5ª Edição 655<br />

Espessador com Alimentação Submersa<br />

Nesse tipo <strong>de</strong> espessador, a alimentação da suspensão é feita <strong>de</strong>ntro da região <strong>de</strong><br />

compactação, por isso é consi<strong>de</strong>rada submersa. Isso elimina a necessida<strong>de</strong> da<br />

sedimentação livre das partículas sólidas, pois essas são alimentadas <strong>de</strong>ntro do leito <strong>de</strong><br />

lama já existente, que aprisiona as partículas sólidas, enquanto o líquido percola o leito em<br />

movimento ascen<strong>de</strong>nte, em direção à região <strong>de</strong> líquido clarificado. Essa configuração é <strong>de</strong><br />

fabricação da Dorr Oliver-EIMCO. A simples modificação <strong>de</strong> projeto promove um aumento<br />

na capacida<strong>de</strong> do equipamento em cerca <strong>de</strong> 30% para suspensões <strong>de</strong> partículas (França,<br />

1996) e <strong>de</strong> até uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za para suspensões floculadas (Concha et al., 1994).<br />

Outro tipo <strong>de</strong> espessador também conhecido como <strong>de</strong> alta capacida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

fabricação da Dorr-Oliver, difere do primeiro por possuir uma câmara <strong>de</strong> mistura e<br />

floculação antes da alimentação da suspensão, que é feita na parte superior do<br />

equipamento, como no sedimentador convencional. A literatura também cita aumentos <strong>de</strong><br />

capacida<strong>de</strong> na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 50% para essa configuração (Dorr-Oliver, 1991).<br />

Projeto do Espessador Convencional Contínuo<br />

O dimensionamento <strong>de</strong> um espessador convencional contínuo consta do cálculo da<br />

sua altura e área transversal e é baseado em dados operacionais <strong>de</strong> sedimentação em<br />

batelada. A curva <strong>de</strong> sedimentação, que representa a variação da altura da interface <strong>de</strong><br />

sólidos com o tempo, fornece dados <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> sedimentação, razão <strong>de</strong> concentração entre<br />

a alimentação e o espessado formado, concentração máxima do espessado, <strong>de</strong>ntre outros,<br />

necessários ao projeto da unida<strong>de</strong> contínua. É importante ressaltar que esses dados<br />

fornecem informações sobre a natureza da suspensão, porém o comportamento da<br />

suspensão tem alguma variação <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> sedimentação para o outro.<br />

Na realida<strong>de</strong> o projeto é uma extrapolação da operação em batelada para a contínua e,<br />

com isso, há a necessida<strong>de</strong> da inclusão <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong> correção ao projeto.<br />

Embora tenham efetiva participação na melhoria da eficiência <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />

separação sólido-líquido, a utilização dos agentes aglomerantes <strong>de</strong>ve ser fortemente<br />

consi<strong>de</strong>rada na concepção dos espessadores, para evitar os erros <strong>de</strong> escalonamento,<br />

quando se utilizam os resultados <strong>de</strong> laboratório para a simulação e projeto <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

industriais. Usher et al., (2009) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m em seu trabalho que as discrepâncias <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za, observadas entre os valores <strong>de</strong> vazão preditos e obtidos para o<br />

projeto <strong>de</strong> espessadores, po<strong>de</strong>m estar embutidas na variação das características dos<br />

flocos, <strong>de</strong>vido aos processos <strong>de</strong> cisalhamento aos quais são submetidos enquanto<br />

ocorre a sedimentação, antes <strong>de</strong> entrarem na região <strong>de</strong> compactação para formar o<br />

sedimento propriamente dito (un<strong>de</strong>rflow).<br />

Os programas computacionais utilizados para a mo<strong>de</strong>lagem e projeto <strong>de</strong><br />

equipamentos <strong>de</strong> separação sólido-líquido não levam em consi<strong>de</strong>ração as modificações<br />

sofridas pelo material. Dessa forma, Usher e colaboradores (2009) propõem que um dos

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