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Tratamento de Minérios.pdf

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96 Caracterização Tecnológica <strong>de</strong> <strong>Minérios</strong> – Parte II CETEM<br />

As análises exigem preparação especial das amostras, em secções <strong>de</strong>lgadas (luz<br />

transmitida), polidas (luz refletida), ou <strong>de</strong>lgadas polidas (ambas). É possível analisar<br />

fragmentos <strong>de</strong> rochas ou montagens <strong>de</strong> material particulado, embutido em resinas<br />

(geralmente epóxi, acrílica ou poliéster).<br />

Não é objetivo <strong>de</strong>ste trabalho entrar em <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> petrografia em lâminas<br />

<strong>de</strong>lgadas ou metalografia em secções polidas, e existem diversos livros-texto clássicos<br />

sobre o assunto (Tröger, 1979; P.F. Kerr, 1977; Wahlstrom, 1969; Bloss, 1961; Winchell,<br />

1951; Deer, et al., 1975; Galopin & Henry, 1972; Uytenbogaard & Burke, 1971; Criddle &<br />

Stanley, 1993; Craig & Vaughan, 1994).<br />

A petrografia em secções <strong>de</strong>lgadas é a melhor maneira <strong>de</strong> se i<strong>de</strong>ntificar silicatos,<br />

como os dos grupos dos feldspatos, piroxênios, anfibólios e micas, que apresentam<br />

gran<strong>de</strong> similarida<strong>de</strong> composicional ou estrutural, e portanto dificulda<strong>de</strong>s para sua<br />

i<strong>de</strong>ntificação por MEV/EDS ou DRX, mas que são perfeitamente i<strong>de</strong>ntificáveis ao<br />

microscópio óptico. A quantificação das fases, por outro lado, é mais restrita; a clássica<br />

análise modal, contagem manual <strong>de</strong> pontos com i<strong>de</strong>ntificação da fase que se apresenta<br />

no centro do campo <strong>de</strong> visão com incremento fixo da platina, é uma análise <strong>de</strong>morada,<br />

que exige operador especializado, e, sendo uma análise em dimensão 0 (ponto), não<br />

fornece mais informações do que a composição extrapolada para área, e mesmo isto<br />

apenas se houver coerência estatística. Uma vez que as proprieda<strong>de</strong>s ópticas<br />

diagnósticas da maioria dos minerais transparentes <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da geometria da<br />

intersecção do cristal e do ângulo <strong>de</strong> incidência da luz, as cores variam com o<br />

movimento rotatório da platina, <strong>de</strong> maneira que o reconhecimento automático dos<br />

minerais, por análise <strong>de</strong> imagens, é impraticável até o momento, com raras exceções.<br />

A metalografia em secções polidas, por outro lado, é excelente para i<strong>de</strong>ntificar<br />

minerais opacos, mas os minerais transparentes em geral aparecem em cinza. Se na<br />

amostra a ser analisada coexistirem minerais transparentes e opacos, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

complementação da análise, e as secções <strong>de</strong>lgadas e polidas <strong>de</strong> certa forma facilitam o<br />

processo, permitindo análise sequencial em luz transmitida e refletida.<br />

Apesar <strong>de</strong> diversos minerais exibirem pleocroísmo, em geral este é fraco, e não se<br />

constitui num aspecto diagnóstico primordial. Desta forma, em luz refletida já é possível<br />

automatização, e pelo processamento digital <strong>de</strong> um número a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> imagens é<br />

possível quantificação <strong>de</strong> fases e medidas <strong>de</strong> liberação, como será discutido adiante.<br />

Difração <strong>de</strong> Raios X<br />

A difração <strong>de</strong> raios X é outra das ferramentas básicas para caracterização<br />

mineralógica <strong>de</strong> minérios. O método baseia-se na interação <strong>de</strong> ondas na frequência <strong>de</strong><br />

raios X (geralmente entre 0,70 e 2,30 Å) com os planos <strong>de</strong> repetição sistemática do<br />

retículo cristalino, como po<strong>de</strong> ser visualizado esquematicamente na Figura 10. Pela<br />

própria <strong>de</strong>finição, portanto, aplica-se apenas a materiais cristalinos, e não a amorfos.

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