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a organização da câmara municipal da curitiba setecenyista

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ou em imóveis alugados. Os pertences do concelho consistiam em: bancos, mesas toscas, o<br />

precioso baú onde guar<strong>da</strong>va-se os pelouros. To<strong>da</strong> <strong>câmara</strong> tinha o dever de possuir um sino,<br />

que era utilizado para anunciar as sessões. As ordenações deveriam estar presentes em to<strong>da</strong>s<br />

as <strong>câmara</strong>s, o que nem sempre acontecia. A falta deste documento era reclama<strong>da</strong> pelos<br />

oficiais. A <strong>câmara</strong> possuía ain<strong>da</strong> símbolos que atestavam sua importância: o pelourinho “uma<br />

coluna de pedra ou mesmo um poste de madeira, virilmente levantado na praça principal.” 10 ,<br />

simbolizava a digni<strong>da</strong>de <strong>municipal</strong>, erguê-lo equivalia receber o estatus de Vila. Em algumas<br />

vilas fazia-se uso de um brasão de armas para representá-las. Para as procissões religiosas,<br />

que aconteciam em ca<strong>da</strong> vila nos dias santos, a corporação <strong>municipal</strong>, apresentava-se com um<br />

estan<strong>da</strong>rte, para distinguir os oficiais que eram obrigados a participar.<br />

Ain<strong>da</strong> entre as posses <strong>da</strong> <strong>câmara</strong>, estavam os livros de vereação “por onde perpassam<br />

não só os dias felizes e os dias nefastos como os dias iguais”, 11 e os livros que completavam<br />

os registros camarários: Livros de notas, Livros de Registros, Livros de Correição, Livro de<br />

Receita e Despesas do senado. Nesses livros, o escrivão registrava o cotidiano <strong>da</strong> <strong>câmara</strong>.<br />

Esses registros são muito peculiares, devido à maneira de que ca<strong>da</strong> escrivão se valia.<br />

Superando a alfabetização deficitária do período, os escrivães procuram relatar com riqueza<br />

de detalhes tudo o que se passava nas sessões <strong>da</strong>s <strong>câmara</strong>s.<br />

Eram as pobres <strong>câmara</strong>s espalha<strong>da</strong>s pelo Brasil a instituição administrativa que melhor<br />

funcionava, no início <strong>da</strong> colônia, isso porque eram forma<strong>da</strong>s pelos próprios moradores e sua<br />

ação era limita<strong>da</strong> ao seu termo. Sendo conheci<strong>da</strong> a população e o território as determinações<br />

eram realiza<strong>da</strong>s, na sua maioria. As decisões vin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> metrópole ou de seus representantes <strong>da</strong><br />

9<br />

ZENHA, Edmundo. O Município no Brasil 1532-1700. São Paulo. Ipê, 1948. Pg.8<br />

10<br />

ZENHA, Idem. Pg.50<br />

11<br />

COELHO, Virgínia Aníbal. Autonomias e despotismo: A Câmara e a Vila de Santarém no Reinado de D. José.<br />

Cadernos Culturais n.º4 - março de 1993. Santarém: Câmara Municipal de Santarém.<br />

14

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