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Legenda Perusina - Editorial Franciscana

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<strong>Legenda</strong> <strong>Perusina</strong> 57<br />

instâncias do Senhor Bispo de Óstia e do Ministro Geral, sem deixar<br />

de mostrar viva repugnância por tantos cuidados para consigo.<br />

7 Por isso, queria que a última decisão viesse do seu Ministro.<br />

47. 1 Uma noite, em que as dores não o deixavam dormir,<br />

sentiu compaixão para consigo mesmo e disse aos companheiros:<br />

2 «Irmãos caríssimos e meus filhinhos, suportai sem enfado o desconforto<br />

e a fadiga que vos dá a minha doença. O Senhor, por<br />

mim, seu pobre servo, vos recompensará neste mundo e no outro,<br />

das boas obras que tivestes de abandonar para cuidar de mim; 3 vós<br />

tereis maior recompensa do que aqueles que estão em seus serviços<br />

em toda a Ordem. 4 Haveis de dizer-me assim: ―É contigo<br />

que fazemos os gastos, mas é o Senhor que nos há-de pagar as<br />

dívidas‖».<br />

5 Falava assim o santo Pai, para animar a fraqueza deles e<br />

afastar a tentação de pensarem: «Não podemos rezar; e este acréscimo<br />

de fadiga está acima das nossas forças». Queria preveni-los<br />

contra a tristeza e falta de coragem, para que não perdessem o<br />

mérito das suas canseiras.<br />

48. 1 Finalmente chegou o médico com o seu cautério para o<br />

tratamento dos olhos. Manda acender o lume, e mete nele o ferro.<br />

2 O bem-aventurado Francisco, para confortar o seu espírito e para<br />

acalmar a emoção, dirigiu ao fogo estas palavras: «Meu irmão<br />

fogo, o Senhor criou-te nobre e útil entre todas as criaturas; sê<br />

delicado para comigo nesta hora, porque te amei sempre, e continuarei<br />

a amar pelo Senhor que te criou. 3 Peço ao nosso comum<br />

Criador que tempere a tua ardência, de maneira que eu te possa<br />

suportar». Ditas estas palavras, fez o sinal da cruz sobre o fogo.<br />

4 Nós, que estávamos com ele, fugimos todos, devido ao amor<br />

que lhe tínhamos; e deixámo-lo a sós com o médico. 5 Terminada a<br />

operação, recebeu-nos com estas palavras: «Cobardes! Homens de<br />

pouca Fé! Porque fugistes vós? 6 Na verdade vos digo, não senti<br />

dor alguma, nem sequer o calor do fogo. Se não estiver bem queimado,<br />

queimem ainda melhor».<br />

7 O médico, notando que quase não dera o menor sinal de dor,<br />

achava que só podia ter sido por milagre; e dizia aos Irmãos: 8 «E<br />

tão enfraquecido como ele está! Mesmo num homem robusto e

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