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Legenda Perusina - Editorial Franciscana

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<strong>Legenda</strong> <strong>Perusina</strong> 59<br />

Aceso o lume, foi ter com o Santo à cela onde costumava orar e<br />

repousar, para lhe ler, como de costume, o evangelho da missa do<br />

dia; 2 porque, quando não podia assistir à missa, queria que lhe<br />

lessem o evangelho do dia, antes da refeição. 3 Quando iam para<br />

comer, na cela onde tinha sido aceso o lume, as chamas subiam até<br />

ao tecto, que começava já a arder. O companheiro tentou apagar o<br />

fogo, mas em vão, porque estava só. 4 O bem-aventurado Francisco<br />

não o queria ajudar; pegou na pele com que se cobria de noite e<br />

afastou-se para o bosque. 5 Os Irmãos do convento, que ficava um<br />

tanto afastado do lugar em que se encontrava a cela, quando viram<br />

as chamas, acudiram apressados e conseguiram apagar o fogo. 6 O<br />

Santo voltou depois para comer; e depois de comer, disse ao companheiro:<br />

7 «Não voltarei a cobrir-me com esta pele, porque pequei<br />

por avareza, não querendo que o irmão fogo a queimasse».<br />

Como mostrava o seu amor para com todas as criaturas<br />

51. 1 Quando lavava as mãos, escolhia um lugar onde a água<br />

das abluções não viesse a ser calcada aos pés. 2 Quando caminhava<br />

sobre pedras, fazia-o com temor e respeito, por amor d' Aquele que<br />

é chamado a Pedra angular. 3 Quando recitava esta passagem do<br />

Salmo: «exaltaste-me sobre a rocha», modificava-a assim: «exaltaste-me<br />

sob os pés da Pedra». 4 Ao Irmão que ia cortar a lenha<br />

para o lume, recomendava que não cortasse a árvore toda, mas que<br />

deixasse alguns ramos. 5 A um Irmão do convento onde se hospedou,<br />

deixou a mesma ordem. 6 Ao Irmão hortelão dizia que não<br />

ocupasse todo o terreno com plantas comestíveis, mas deixasse<br />

parte para produzir plantas que, a seu tempo, dessem as irmãs<br />

flores. 7 Mais ainda dizia que o Irmão hortelão devia em qualquer<br />

parte da horta fazer um canteiro e plantar todo o género de plantas<br />

de cheiro e flores, para que na estação própria convidassem os<br />

homens ao louvor de Deus, 8 porque toda a criatura diz e clama:<br />

«Foi Deus que me criou por causa de ti, ó homem!»<br />

9 Nós, que vivemos com ele, víamos que todas as criaturas<br />

eram para ele motivo de alegria interior e exterior; acariciava-as e<br />

contemplava-as com delícia, parecendo que sua alma vivia no Céu<br />

e não na terra. 10 É isto tão certo que, para agradecer tantas consolações<br />

que das criaturas recebia, perto da morte, compôs os Louvo-

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