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Legenda Perusina - Editorial Franciscana

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<strong>Legenda</strong> <strong>Perusina</strong> 71<br />

edifica ver a alegria que procuras cultivar, para ti e para teus companheiros,<br />

em semelhante aflição e doença. 6 Sem dúvida que os<br />

homens desta cidade te veneram como Santo, na vida e na morte,<br />

mas estando eles certos que a tua grave e incurável doença em<br />

breve te vai levar às portas da morte, poderiam pensar e dizer:<br />

7 Como se explica tanta alegria, quando se aproxima o trespasse?<br />

Não seria melhor pensares na morte?» 8 O bem-aventurado Francisco<br />

respondeu-lhe:<br />

9 «Lembras-te da visão que tiveste em Folinho, na qual, segundo<br />

me disseste, uma voz te advertiu que eu não viveria mais de<br />

dois anos? 10 Já antes da tua visão, graças ao Espírito Santo que<br />

inspira toda a boa obra ao coração e toda a boa palavra aos lábios<br />

dos fiéis, muitas vezes, de dia e de noite, pensava eu na morte.<br />

11 Depois da tua visão, mais cuidado tive eu em pensar nela». 12 Em<br />

seguida, com grande fervor de espírito, acrescentou: «Irmão,<br />

deixa-me rejubilar no Senhor e cantar os seus louvores no meio<br />

das minhas enfermidades: 13 pela graça do Espírito Santo, estou tão<br />

unido ao meu Senhor que, por sua bondade, posso na verdade<br />

regozijar-me no Altíssimo».<br />

«Bem-vinda seja a minha irmã morte»<br />

65. 1 Outra vez, por aqueles dias, um médico de Arezzo, chamado<br />

Bomjoão, amigo e frequentador do bem-aventurado Francisco,<br />

veio ao palácio do Bispo para o ver. 2 Francisco indagou do<br />

médico acerca da sua doença, perguntando: «Que pensas tu, Finiatu,<br />

da minha hidropisia?» 3 O Santo não tratava pelo nome aos que<br />

tinham o apelido de «Bom», por respeito para com o Senhor, que<br />

disse: «Ninguém é bom, senão Deus unicamente». 4 Também, a<br />

ninguém chamava «Pai» ou «Mestre», nem o escrevia nas suas<br />

cartas, por respeito para com o Senhor, que disse: «A ninguém<br />

chameis pai, e não permitais que vos tratem por mestre, etc.».<br />

5 O médico respondeu-lhe: «Irmão, com a graça de Deus, tudo<br />

caminhará bem». 6 Com efeito, não queria dizer-lhe que a morte<br />

estava próxima.<br />

7 O bem-aventurado Francisco retorquiu:<br />

– «Irmão, diz-me a verdade. Qual é o teu prognóstico? Não tenhas<br />

medo, porque, graças a Deus, não sou um cobarde que tema a

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