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apostila de comunicação técnica - português - Wiki do IF-SC

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água que escorria da altura <strong>de</strong> uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres<br />

precisavam já pren<strong>de</strong>r as saias entre as coxas para não as molhar via-se-lhes a tostada<br />

nu<strong>de</strong>z <strong>do</strong>s braços e <strong>do</strong> pescoço, que elas <strong>de</strong>spiam, suspen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o cabelo to<strong>do</strong> para o<br />

alto <strong>do</strong> casco; os homens esses não se preocupavam em não molhar o pêlo, ao contrário<br />

metiam a cabeça bem <strong>de</strong>baixo da água e esfregavam com força a ventas e as barbas,<br />

fossan<strong>do</strong> e fungan<strong>do</strong> contra as palmas da mãos. As portas das latrinas não <strong>de</strong>scansavam,<br />

era um abrir e fechar <strong>de</strong> cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se <strong>de</strong>moravam<br />

lá <strong>de</strong>ntro e vinham ainda amarran<strong>do</strong> as calças ou as saias: as crianças não se davam ao<br />

trabalho <strong>de</strong> lá ir, <strong>de</strong>spachavam-se ali mesmo, no capinzal <strong>do</strong>s fun<strong>do</strong>s, por <strong>de</strong>trás da<br />

estalagem ou no recanto das hortas.” (AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 13. ed. São Paulo:<br />

Martins Fontes, 1957. p. 42)<br />

1. Entre os enuncia<strong>do</strong>s que ocorrem no fragmento acima, po<strong>de</strong>-se dizer que há uma<br />

progressão temporal <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que um possa ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> anterior ao outro?<br />

2. Com base na resposta anterior, po<strong>de</strong>-se dizer que o texto é <strong>de</strong>scritivo ou narrativo?<br />

Explique sua resposta.<br />

3. Esse fragmento refere-se às atitu<strong>de</strong>s que praticam os habitantes <strong>do</strong> cortiço logo <strong>de</strong><br />

manhã, ao levantar. Pelos relatos que o enuncia<strong>do</strong>r seleciona, que imagem ele transmite<br />

<strong>do</strong> ambiente e das pessoas que aí vivem?<br />

(Fonte: ALLAIN, Olivier. Comunicação Técnica. Araranguá, 2008. Apostila – Curso <strong>de</strong><br />

Malharia e Confecção, Centro Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação Tecnológica <strong>de</strong> Santa Catarina.)<br />

3) Leia os textos abaixo e i<strong>de</strong>ntifique o que está sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>scrito:<br />

a) É quadra<strong>do</strong>, bem pesa<strong>do</strong>, parece frio e quan<strong>do</strong> encosto minha mão nele percebo que<br />

é gela<strong>do</strong>. Na sua frente, há uma roda que dá a impressão <strong>de</strong> ser um solda<strong>do</strong> guardan<strong>do</strong><br />

um castelo. Não emite sons, não tem cheiro. Parece morto, ou melhor, parece um<br />

caixão <strong>de</strong> <strong>de</strong>funto. Não tem um habitat fixo, mas po<strong>de</strong> ficar em qualquer lugar on<strong>de</strong> a<br />

ambição po<strong>de</strong> chegar. Alguns tem pés próprios, outros estão suporta<strong>do</strong>s atrás <strong>de</strong> figuras,<br />

as mais diversas possíveis. Não se movimenta, é totalmente estático. Apenas seus braços<br />

em roda se movimentam e quan<strong>do</strong> o fazem é para abrir seu próprio corpo. Dentro <strong>de</strong>le,<br />

há um sangue ver<strong>de</strong> coagula<strong>do</strong>, mistura<strong>do</strong> com pedra e segre<strong>do</strong>s.<br />

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