apostila de comunicação técnica - português - Wiki do IF-SC
apostila de comunicação técnica - português - Wiki do IF-SC
apostila de comunicação técnica - português - Wiki do IF-SC
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
5 Assinam esta carta os que <strong>de</strong>sejam mudar a terra, querem <strong>de</strong>mocratizar a<br />
terra, querem <strong>de</strong>mocracia na terra. Mas ainda neste século. Já se esperou<br />
<strong>de</strong>mais. A <strong>de</strong>mocracia na terra é condição <strong>de</strong> cidadania. Esta é uma tarefa<br />
fundamental da Ação da Cidadania.<br />
6 Que o novo presi<strong>de</strong>nte execute essa reforma. Que os novos governa<strong>do</strong>res<br />
participem <strong>de</strong>ssa mudança. E que a socieda<strong>de</strong> seja o verda<strong>de</strong>iro ator <strong>de</strong>ssa<br />
nova peça para mudar a face da terra. A partir daí a vida na terra será melhor.<br />
7 A vida foi crescen<strong>do</strong> e a terra fican<strong>do</strong> menor, não pequena. Cercada, a terra<br />
virou coisa <strong>de</strong> alguém, não <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, não comum. Virou a sorte <strong>de</strong> alguns e a<br />
<strong>de</strong>sgraça <strong>de</strong> tantos. Na história foi tema <strong>de</strong> revoltas, revoluções,<br />
transformações. A terra e a cerca. A terra e o gran<strong>de</strong> proprietário. A terra e o<br />
sem-terra. E a morte. (Herbert <strong>de</strong> Souza. Articula<strong>do</strong>r Nacional da Ação da<br />
Cidadania)<br />
(Fonte: ALLAIN, Olivier. Comunicação Técnica. Araranguá, 2008. Apostila – Curso <strong>de</strong><br />
Malharia e Confecção, Centro Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação Tecnológica <strong>de</strong> Santa Catarina)<br />
5) Leia o texto a seguir, que foi escrito por um candidato no exame vestibular da<br />
Unicamp, e responda as questões:<br />
Mudança constante, progresso apenas relutante<br />
Algumas correntes da filosofia grega pregavam que a realida<strong>de</strong> podia ser encarada<br />
como um rio em movimento – o constante fluxo da água o tornava sempre um lugar em<br />
incessante mudança, jamais haven<strong>do</strong> <strong>do</strong>is rios iguais em diferentes intervalos <strong>de</strong> tempo.<br />
Tal i<strong>de</strong>ia ainda é a<strong>de</strong>quada para explicar o nosso mun<strong>do</strong> atual, em que os crescentes<br />
avanços <strong>do</strong> conhecimento científico contribuem para acentuar exponencialmente o fluxo<br />
das mudanças, amplian<strong>do</strong> o rio da realida<strong>de</strong> para uma cachoeira em plena queda. Dentro<br />
<strong>de</strong>sse novo contexto, cabe discutirmos, ante a velocida<strong>de</strong> e inevitabilida<strong>de</strong> das<br />
mudanças, se elas são positivas para a socieda<strong>de</strong> em sua atual forma e <strong>de</strong> que mo<strong>do</strong> se<br />
<strong>de</strong>senvolverá o contínuo progresso científico.<br />
Primeiramente, associan<strong>do</strong> os <strong>do</strong>is objetivos cita<strong>do</strong>s, vale compararmos as i<strong>de</strong>ias<br />
<strong>de</strong> progresso científico com a <strong>de</strong> evolução social. A teoria da evolução, como se sabe, foi<br />
<strong>de</strong>senvolvida por Charles Darwin e sua aplicação na compreensão da socieda<strong>de</strong> humana<br />
encontra duas interpretações distintas. A primeira é oriunda da corrente racionalista, <strong>do</strong><br />
século XIX, e encara toda a evolução como um processo linear que resultaria, ao seu<br />
término, em uma socieda<strong>de</strong> plena por meio <strong>de</strong> “fases evolutivas”. As mudanças<br />
efetuadas pelo homem, nesse caso, seriam necessariamente positivas, pois, por serem<br />
frutos da acumulação <strong>de</strong> conhecimentos técnicos e científicos, levariam à plenitu<strong>de</strong><br />
social. Mas é baseada justamente na ineficiência <strong>de</strong> tais avanços técnicos em solucionar<br />
as tensões sociais que surge uma segunda interpretação evolucionista: a <strong>de</strong> que o<br />
sucesso das mudanças não se relaciona com sua capacida<strong>de</strong> em trazer progresso social,<br />
mas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores como as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong> exploração, verda<strong>de</strong>iros<br />
mecanismo <strong>de</strong> seleção natural das mudanças.<br />
41