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PDF - Leitura Gulbenkian - Fundação Calouste Gulbenkian

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XVI Encontro de Literatura para Crianças<br />

188<br />

para crianças e tendo sido a sua obra amplamente divulgada em Portugal,<br />

alguns escritores portugueses foram, naturalmente, por ele influenciados.<br />

Rui Marques Veloso destacou quatro. Sophia de Mello Breyner, Matilde<br />

Rosa Araújo, Ricardo Alberty e António Torrado. Entre eles e Andersen, o<br />

professor consegue estabelecer uma ponte, encontrar semelhanças... mas<br />

também consegue identificar diferenças. Entre elas, e comum aos quatro<br />

escritores, um aspecto importante. Ao contrário do escritor dinamarquês,<br />

os escritores lusos valorizam a esperança nas suas fábulas.<br />

No final da sessão uma pequena intervenção de Matilde Rosa Aráujo que<br />

comoveu grande parte, se não toda, a plateia e também um comentário de<br />

António Torrado, comissário do Encontro. O escritor contou que quando<br />

era miúdo leu as histórias de Hans Christian Andersen, entre elas a “A Sombra”.<br />

Um conto que o perturbou, mas que decerto, como todos os outros, o<br />

inspiraram e, quem sabe, foram determinantes para se tornar o fantástico<br />

escritor de literatura infantil que é. Eu acho que é!<br />

Da parte da tarde falou-se, então, dos MODERNOS NAUTAS. Dos viajantes<br />

de hoje. E, como referi há pouco, numa perspectiva mais positiva. Ao contrário<br />

do primeiro dia de trabalhos.<br />

Luísa Ducla Soares contou-nos como no seu dia-a-dia na Biblioteca Nacional<br />

já não dispensa o computador e a internet. E como através deles<br />

é possível escrever, aprender, dar entrevistas, pesquisar... Não há dúvida:<br />

rendeu-se completamente às novas tecnologias. Como Luísa disse (creio<br />

que foi mais ou menos assim): ‘é como viajar num tapete voador, tendo<br />

como companheiro um rato... e num abrir e fechar de olhos dá-se a volta ao<br />

mundo’. Muitos pais e educadores estão assustados com as novas tecnologias,<br />

mas para Luísa Ducla Soares elas podem dar bons exemplos desde<br />

que as crianças sejam bem acompanhadas e não sejam largadas a seu<br />

bel-prazer frente ao aparelho.<br />

Sugeriu até que fossem criadas, por adultos responsáveis, listas de sites<br />

adequados a cada faixa etária. Uma espécie de guias.<br />

Os mails, os jogos, os sites didácticos, os blogs, os chats podem ser instrumentos<br />

positivos de aprendizagem e conhecimento, assim como a internet<br />

pode estimular a leitura. Mas, ao contrário de outros países, como Inglaterra<br />

onde existe um sem número de sites de e com literatura infaltil, na língua<br />

portuguesa ainda há relativamente pouco ao dispôr. Mas já há qualquer<br />

coisa e deu como exemplo o site “História do dia” de António Torrado. Para<br />

Luísa é impossível voltar atrás. As novas tecnologias existem e são um su-

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