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Tecnologia de Alimentos v1 - Ambiente Virtual de Aprendizagem

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quando os agentes competitivos possam ser <strong>de</strong>struídos para que o alimento seja, posteriormente,<br />

submetido a um processo <strong>de</strong> fermentação (por exemplo, na elaboração <strong>de</strong> queijos). Usualmente o<br />

processo <strong>de</strong> pasteurização é complementado com outro método, como por exemplo: adição <strong>de</strong> altas<br />

concentrações <strong>de</strong> açúcar (no caso do leite con<strong>de</strong>nsado), refrigeração (leite), ou com a criação <strong>de</strong><br />

anaerobiose (fechamento dos recipientes a vácuo), entre outros. Porém, qualquer que seja o método<br />

posterior, a pasteurização confere curto espaço <strong>de</strong> tempo para a manifestação da perecibilida<strong>de</strong> dos<br />

alimentos, como por exemplo até 60 dias no caso dos sucos e até 16 dias no caso do leite (GAVA,<br />

2008).<br />

1.2.1 – Tipos<br />

Os tipos <strong>de</strong> pasteurização <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do método e do produto a ser tratado.<br />

Pasteurização lenta - LTLT (Low Temperature Long Time) que emprega a temperatura<br />

relativamente baixa, em relação à pasteurização rápida, por um prazo <strong>de</strong> tempo maior <strong>de</strong> 63°C<br />

por 30 min, no caso do leite;<br />

Pasteurização Rápida - HTST (High Temperature Short Time) que emprega a temperatura<br />

relativamente alta num curto espaço <strong>de</strong> tempo, cerca <strong>de</strong> 72° C a 75º C por 15 a 20 segundos.<br />

Na indústria <strong>de</strong> laticínios po<strong>de</strong> ocorrer ainda outros processos complementares: a<br />

termização (on<strong>de</strong> o leite é aquecido por 15 segundos entre 63ºC e 65ºC, já na etapa <strong>de</strong> recepção para a<br />

estocagem por horas ou dias, e imediatamente estocado a, no máximo, 4ºC) e a ultrapasteurização<br />

(que aumenta o tempo <strong>de</strong> vida útil em 30 a 40 dias, reduzindo as principais fontes <strong>de</strong> recontaminação,<br />

já que utiliza-se temperaturas entre 125ºC e 130 ºC por 2 a 4 segundos, resfriando-se abaixo <strong>de</strong> 7ºC,<br />

durante a comercialização). Esses processos não inativam a fosfatase (POLLONIO, 1993).<br />

Na pasteurização a <strong>de</strong>finição da relação tempo X temperatura ocorre em função (72ºC<br />

por 15 segundos) ocorre em função da sua eficácia contra microorganismos patogênicos, como a<br />

tuberculose e a brucelose, em alimentos com pH superior 4,5, como o leite (reduz 99,99% das células<br />

patogênicas existentes), além <strong>de</strong> aumentar sua vida útil por alguns dias (GAVA, 2008). Já nos produtos<br />

com pH inferior a 4,5 (sucos <strong>de</strong> frutas) a pasteurização tem por objetivo reduzir os microorganismos<br />

<strong>de</strong>teriorantes (fungos e bactérias), e a pasteurização da cerveja (60ºC por 20 minutos) para <strong>de</strong>struir<br />

microorganismos <strong>de</strong>teriorantes (leveduras e bactérias láticas).<br />

1.2.2 – Processamento<br />

Os alimentos líquidos po<strong>de</strong>m ser pasteurizados a granel (ovos, leites, sucos <strong>de</strong> frutas,<br />

etc.) ou embalados (sucos <strong>de</strong> furtas e cervejas, entre outros). Usualmente os equipamentos mais<br />

comuns são os trocadores <strong>de</strong> calor <strong>de</strong> placas, tubulares, <strong>de</strong> vasos encamisados ou <strong>de</strong> superfície raspada,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da viscosida<strong>de</strong> e do tamanho das partículas do alimento, nos quais existem áreas distintas<br />

<strong>de</strong> aquecimento e resfriamento, localizadas estrategicamente ao longo do percurso efetuado pelo<br />

alimento, visando o estabelecimento da relação tempo X temperatura pré-<strong>de</strong>terminada, segundo as<br />

características do produto a ser processado.<br />

1.3 – Esterilização e produtos apertizados (enlatados)<br />

É o processo que visa à <strong>de</strong>struição completa <strong>de</strong> microrganismos patogênicos e<br />

<strong>de</strong>teriorantes presentes no produto. Emprega processos enérgicos que influenciarão na qualida<strong>de</strong> do<br />

alimento. No caso dos produtos apertizados (enlatados) nunca será obtida uma esterilida<strong>de</strong> absoluta,<br />

por isso são empregados os termos “comercialmente estéril” ou “estéril”.<br />

Por esse motivo BENDER (1982) <strong>de</strong>fine a apertização como o “termo aplicado pelos<br />

franceses ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> microorganismos <strong>de</strong> significado alimentar”, <strong>de</strong>senvolvido por<br />

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