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Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

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deu origem à disputa espacial com os EUA, e foi, de certo modo, outro<br />

detonador de interesse no assunto, pois acelerou a pesquisa científica<br />

no campo. Foram iniciados novos programas de estudo dedicados ao<br />

tema da criatividade, destinando-se grandes quantias de dinheiro para<br />

o financiamento de pesquisas na área, além da organização de simpósios<br />

interdisciplinares impulsionados pela Michigan State University.<br />

Desses estudos resultaram, entre outros, os ensaios reunidos por<br />

Anderson e publicados em 1995 sob o título Creativity and its Cultivation.<br />

Seguiram-se novas publicações e textos coletivos envolvendo de<br />

Anderson a Erich Fromn, de Guilford a Hilgard, de Maslow a Margareth<br />

Mead e de Roger a Sennet. A criatividade tornou-se um objeto de estudo<br />

científico, específico e interdisciplinar, e a sociedade pós-industrial<br />

se nos apresenta como um sistema programado e criativo, tendo<br />

como centro a invenção, a cientificidade, os valores, os símbolos e a<br />

estética (DE MASI, 2003).<br />

As consequências e repercussões dos estudos voltados mais especificamente<br />

para a criatividade têm sido intensas e temos uma expressão<br />

de Einstein que bem o demonstra: “Quando observo a mim mesmo e<br />

os meus métodos de pensamento, chego à conclusão de que o dom<br />

da imaginação foi mais importante para mim do que a minha capacidade<br />

de assimilar conhecimentos”. Ainda nessa perspectiva, temos<br />

Niemeyer: “Na arquitetura, a intuição desempenha um papel tão importante<br />

quanto o conhecimento... A imaginação e a espontaneidade<br />

são para mim as fontes da arquitetura” (DE MASI, 2003, p. 567).<br />

1 PROCESSO CRIATIVO E CRIATIVIDADE<br />

Já em 1953, Osborn descreveu o processo criativo como um processo<br />

que envolve sete etapas: orientação, preparação, análise, criação,<br />

incubação, nova síntese e avaliação. Anziem descreveu outras características<br />

do processo criativo no século XX: a saisissement (surpresa),<br />

como a tomada de consciência do problema a resolver; a estruturação<br />

do código que rege o tipo de conhecimento implícito em um determinado<br />

processo criativo; a composição e a realização da ideia; o<br />

licenciamento e o dissabor (sensação causada pela frustração de uma<br />

expectativa). Finalmente, é De Masi quem resume: a criatividade foi<br />

SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 86-107 | MAIO > AGOSTO 2011<br />

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