26.04.2013 Views

Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

favorável não apenas para realizar um trabalho competente, mas também<br />

para fazer algo importante, usando suas possibilidades e habilidades.<br />

Elas criam suas próprias oportunidades, em vez de deixar que<br />

estas sejam limitadas pelas circunstâncias em que se encontram<br />

(STERNBERG, 2000a). Mesmo que não seja uma regra geral, muitos<br />

reduzem sua participação se não houver um meio favorável e estimulador<br />

para que seu talento se desenvolva e se ressentem por não<br />

receberem o reconhecimento social de suas produções, atividades realizadas<br />

ou propostas oferecidas.<br />

Estudos de Torrance (1965), um clássico do tema, ressaltaram com<br />

veemência que é necessário desenvolver alguns aspectos específicos,<br />

como tornar-se sensível a falhas ou deficiências na informação,<br />

identificar dificuldades ou elementos que faltam, formular hipóteses<br />

e comunicar os resultados encontrados, para que se realizem todas as<br />

fases da criatividade propriamente dita. Trazendo essa reflexão para<br />

a perspectiva laboral, vemos que esses aspectos, necessários e vitais,<br />

nem sempre recebem encorajamento nos espaços tanto empresariais<br />

quanto educacionais. Ainda assim, há pessoas que apresentam variados<br />

talentos nos campos do saber ou do fazer e que se tornam muito<br />

férteis, apesar de não terem tido oportunidade de escolarização,<br />

isto é, oportunidade de aprendizagem sistematizada e institucional<br />

(METTRAU, 2000). Temos, então, quando não nos preocupamos com<br />

o desperdício do talento e da criatividade, dois tipos de perdas: a<br />

referente à pessoa propriamente dita e a referente ao grupo social,<br />

ou seja, a perda relacionada a uma coletividade, a perda da própria<br />

criatividade enquanto campo de estudos, de produção e de avanços<br />

conceituais.<br />

A imaginação criadora é uma capacidade de combinação e reelaboração<br />

de elementos essencial ao ser humano. Vygotsky (1982),<br />

Ostrower (1989) e outros estudiosos caracterizam a imaginação criadora<br />

como uma função vital ao ser humano e ao desenvolvimento<br />

social global e, portanto, temos justa razão para cultivá-la em todo<br />

o nosso percurso de vida.<br />

Sem criatividade nosso mundo não caminharia. Estaríamos ainda<br />

sem fogo, sem roda, sem eletricidade, telefone e avião, entre outras<br />

criações, o que hoje é impensável. Obviamente cada nova criação faz<br />

emergir novos usos e novas dependências desses usos, pois nos acos-<br />

SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 86-107 | MAIO > AGOSTO 2011<br />

97

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!