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professor-leitor: uma história de vida - Programa de Pós-Graduação ...

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E lembrando-me do recurso <strong>de</strong> perguntas e respostas usados por Jauss na<br />

confecção <strong>de</strong> seus textos, em nível mais prosaico, comunicativo, reflexivo, lanço tal<br />

recurso: O homem consigo, afina? O homem com o outro, <strong>de</strong>safina?<br />

O homem e si próprio; o homem e o outro; o homem e o meio - afinam e<br />

<strong>de</strong>safinam. "Verda<strong>de</strong> maior".<br />

Po<strong>de</strong>ríamos dizer que o interesse pelo h<strong>uma</strong>no é característico do homem, o que<br />

é <strong>uma</strong> obvieda<strong>de</strong>, pois refere-se a ele. E esse homem tenta se <strong>de</strong>svendar não só pelos<br />

caminhos da ciência, mas pelas estrelas ou por intermédio <strong>de</strong> qualquer divinda<strong>de</strong> que o<br />

revele. Ainda mais no mundo caótico em que vivemos, no qual as relações h<strong>uma</strong>nas<br />

transformam-se <strong>de</strong>vido às mudanças ocorridas em socieda<strong>de</strong>.<br />

Estudar o homem é tão absorvente quanto estudar os movimentos das estrelas ou<br />

ler um romance <strong>de</strong>sejado. E nesse estudo, não nos interessamos apenas como<br />

espectadores curiosos, ou meramente um <strong>leitor</strong> passivo; quando procuramos conhecer as<br />

características da h<strong>uma</strong>nida<strong>de</strong>, apresentamos questões sobre a nossa natureza mais<br />

íntima, sobre forças que agem <strong>de</strong>ntro e através <strong>de</strong> nós.<br />

"Quem sou eu? Nasci do jeito que sou ou me tornei assim? O que me torna<br />

diferente das <strong>de</strong>mais pessoas? Por que me comporto assim? De que modo minha<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> molda meu <strong>de</strong>stino?" são perguntas feitas por Gallagher (1998), que explora<br />

o papel da hereditarieda<strong>de</strong> e ambiente na construção <strong>de</strong> nossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, com base nas<br />

mais mo<strong>de</strong>rnas pesquisas genéticas e comportamentais, através da análise <strong>de</strong> <strong>uma</strong><br />

<strong>história</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>de</strong> Mônica, nascida com um <strong>de</strong>feito congênito no estômago, que<br />

impedia-lhe <strong>de</strong> comer, mas sobrevive assim mesmo, chegando a se casar e a ter netos.<br />

História que, segundo a autora, ilustra, <strong>de</strong> um modo como poucas po<strong>de</strong>riam ilustrar<br />

como nos tornamos fruto <strong>de</strong> nossa <strong>história</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> tanto quanto <strong>de</strong> nossa <strong>história</strong><br />

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