14.06.2013 Views

professor-leitor: uma história de vida - Programa de Pós-Graduação ...

professor-leitor: uma história de vida - Programa de Pós-Graduação ...

professor-leitor: uma história de vida - Programa de Pós-Graduação ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ótica, não importa que o salário do <strong>professor</strong> seja o mais “frugal” possível, pois só “os<br />

pobres herdarão os reinos dos céus”!<br />

E o sujeito inicia sua carreira escolar, lecionando aulas <strong>de</strong> português para <strong>uma</strong><br />

5 a série <strong>de</strong> um estabelecimento <strong>de</strong> ensino particular. Essa prática das escolas<br />

contratarem recém formados para trabalharem com séries iniciais <strong>de</strong> ciclos<br />

educacionais, que merecem maior atenção do profissional - conseqüentemente <strong>de</strong>veria-<br />

se exigir maior experiência e formação dos <strong>professor</strong>es que a elas se <strong>de</strong>dicam - é bem<br />

comum, pois para tais empresas educacionais, leva-se muito em consi<strong>de</strong>ração que o<br />

<strong>professor</strong> “domine a turma” e dê conta do recado., ou seja, cumpra com o programa<br />

<strong>de</strong>terminado e seja “aprovado” pelos alunos/clientes. Por dois anos, Joaquim leciona<br />

para o 1 o . grau, percorrendo todas as séries. A partir <strong>de</strong> 1992, passa a lecionar somente<br />

para o 2 o . grau e cursinhos e <strong>de</strong>sta experiência resulta, em 1994, a <strong>de</strong> ser sócio <strong>de</strong> <strong>uma</strong><br />

escola na sua cida<strong>de</strong> natal.<br />

Apesar <strong>de</strong> ter atingido um certo posto em sua “carreira”, como o <strong>de</strong> ser<br />

<strong>professor</strong> em sua própria escola, encontramos, hoje, o sujeito vivenciando <strong>uma</strong> crise<br />

mais agônica do que aquela do seu début na 5 a . série, em 1989, pois já se passaram 11<br />

anos e, conforme estudos empíricos (HUBERMAM, 1995), o <strong>professor</strong> está na fase do<br />

questionamento, do pôr-se em questão 25 .<br />

E a “voz” <strong>de</strong>ste sujeito em crise, tanto pessoal como profissional, po<strong>de</strong> ser<br />

lida e refletida no texto O QUE O PROFESSOR TEM A VER COM GUARDA DE<br />

TRÂNSITO? DIFÍCIL É BOTAR SENTIDO NISSO? (A-2)<br />

Este texto foi produzido oito meses <strong>de</strong>pois do início <strong>de</strong> nossas “conversas”. Já<br />

havia um certo caminho trilhado quanto a pesquisa empreendida. Muitas das dú<strong>vida</strong>s e<br />

25 “Por outras palavras, pôr-se em questão correspon<strong>de</strong>ria a <strong>uma</strong> fase – ou várias fases - “arquetípica(s)”<br />

da <strong>vida</strong>, durante a(s) qual(quais) as pessoas examinam o que terão feito da sua <strong>vida</strong>, face aos objetivos e<br />

i<strong>de</strong>ais dos primeiros tempos, e em que encaram tanto a perspectiva <strong>de</strong> continuar o mesmo percurso como<br />

a <strong>de</strong> se embrenharem na incerteza e, sobretudo, na insegurança <strong>de</strong> um outro percurso.” (i<strong>de</strong>m, p.43)<br />

68

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!