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e impressão do jornal. Era uma publicação quinzenal, com quatro páginas por edição,
vendida apenas por meio de assinaturas. Seu subtítulo “Órgão dos direitos da mulher.
Litterario e noticioso” deixava explicito o seu objetivo: reivindicar os direitos da mulher.
Embora seu público principal fosse as mulheres, o jornal não se limitou a elas, pois
entre seus leitores havia também homens. Os assuntos apresentados não eram
exclusivamente femininos. Discutia-se em suas páginas assuntos ligados à política
internacional (Guerra dos Boers), problemas nacionais (como os longos períodos de
seca e suas conseqüências). Publicavam contos, poemas, notícias sociais, receitas e
artigos direcionados à questão feminista. Este jornal entendia por emancipação
feminina a necessidade de se conceder a igualdade de direitos entre mulheres e
homens principalmente no que dizia respeito à educação e ao sufrágio. Conscientes
que vivenciavam um momento de grandes transformações políticas, econômicas e
sociais e atentas às conquistas femininas em outros países entendiam que a
consolidação de uma sociedade moderna e democrática de fato, só seria possível se as
mulheres fossem emancipadas.
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Estamos em uma d´essas epochas de transição em que as idéia tendem-se a
renovar. Constitui hoje uma questão séria no mundo social – a mulher.
Questiona-se, pensa-se, medita-se se ella deve ser emancipada, se deve ter os
mesmos direitos que os homens. Lucta do sim e do não! Lutemos pelo
primeiro 186 .
Esta publicação embora editada quase três décadas após o lançamento
de O Sexo Feminino, apresentava características bem semelhantes ao mesmo. Ambos
reivindicavam por direitos, mas sem no entanto propor uma mudança mais ampla na
condição feminina. Defendia os deveres domésticos como primordiais na vida da